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Publicado em 1/04/2021 as 10:30pm

Quando a Chita vira arte nas mãos de um artista genial

Para os leigos, a chita é um tecido de planta barato, usado muito no interior do Brasil, mas de...

Para os leigos, a chita é um tecido de planta barato, usado muito no interior do Brasil, mas de uma beleza rara.

Geralmente as estampas de cores fortes num visual raro transforma-se numa festa de tons e tramas na mistura diversificada de elementos encantadores.

Despertando atualmente a atenção de certos setores, principalmente a decoração, a chita é encontrada em festas populares, como as festas juninas, mas vem sendo valorizado principalmente como referência estética.

De tempos em tempos, ganha espaço em passarelas, galerias de arte, vitrines e palcos, quando estilistas, artistas plásticos, designers e outros criadores redescobrem estas estampas e as incorporam a suas produções.

O que mostra uma certa intimidade e conhecimento com um produto tão valioso. 

Nos anos 50 a estilista Zuzu Angel introduziu a chita no mundo fashion iniciando assim um caminho fora desse estereótipo de “tecido simples”, e nos anos 60 também fez parte do movimento hippie e do tropicalismo. A partir daí, começou a fazer parte da televisão brasileira, e foi usada por nosso velho guerreiro Chacrinha em seus programas de auditório e até em forma de frescos vestidos que vestiam Sonia Braga em “Gabriela Cravo e Canela”.

Como o brasileiro é um povo de criatividade além dos limites, lá no interior das Minas um artista nascido em Joaíma, no Baixo Jequitinhonha descobriu na chita uma forma universal de como expressar a sua arte.

O artista plástico Gildásio Jardim já na infância demonstrava nos seus primeiros traços uma aptidão muito forte para o desenho, que foi desenvolvendo de maneira autodidata. Tinha nas estradas de terra, sua forte inspiração onde depois das chuvas eram riscadas pelo menino cheio de imaginação. 

Cresceu na zona rural ao lado de seus pais, camponeses e vivia cercado pelo homem do campo: agricultores, vaqueiros e peões que permearam o seu universo imaginário. 

Curioso e inquieto desde muito jovem, começa a observar a sua volta uma riqueza de personagens e fatos que hoje estão estampados em suas telas numa variedade rara.

A cada dia seus traços no desenho se fortalecem e o artista começa a fazer experimentações com pintura.

A artista parte para outras experiências e transforma o tecido em suas telas e a partir dai cria um estilo próprio, muito apurado e único, uma arte enriquecida e poética com as mais belas cores das estampas dos tecidos. 

De cada estampa, tento tirar um personagem ou vivencia da cultura popular, conta com entusiasmo. 

Desde que começou teve a preocupação de retratar seus personagens com suas vestimentas que sempre foram as como referencia de infância, e as saudáveis lembranças daqueles tempos.

Na verdade, este panorama lembra a pobreza a simplicidade.

A arte de Gildásio Jardim é muito mais que uma arte comum.

É algo que conta historias, fala de seu povo simples, enaltece a alegria e a simplicidade de sua gente, que tem como principal característica a afetividade em de atitudes corriqueiras, do dia adia, tudo de um bom gosto além dos limites, uma coisa muito bonita de se ver.

Gildásio Jardim vai além dos limites. Inventa seus personagens, seus sonhos e suas historias em cima do belo.

Algo que consegue maravilhar os nossos sentidos.

 

Fonte: Edilberto Mendes – Brasil, Minas Gerais

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