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Publicado em 19/08/2021 as 8:30am

Coluna Arilda Costa

Entrevista com a escritora Elizabeth Steagal Elizabeth Steagall, paulistana, economista, mãe...

Entrevista com a escritora Elizabeth Steagal

Elizabeth Steagall, paulistana, economista, mãe de dois filhos, Mario e Pedro, desde 2007 reside com a família em NYC.

Tia Betinha, embora tenha uma destacada carreira profissional, sempre gostou de contar histórias aos filhos e sobrinhos, muitas crianças se juntavam para ouvir as incríveis aventuras que ela pacientemente dividia em capítulos para suscitar mais interesse dos pequenos a cada dia das férias de verão na praia. Com os filhos criados e formados resolveu escrever suas histórias cheias de aventuras, porém com  conteúdo de profundos ensinamentos que promovem a formação do ser humano.

Há quanto tempo você se dedica a escrever livros?

Este é um fato novo e bem intrigante para mim! Sempre gostei de contar e inventar histórias para crianças. Em setembro do ano passado, eu resolvi escrever alguns desses contos e fui muito incentivada pelos meus filhos e também minha irmã Wilma Tommaso que é escritora e me encorajou a publicá-los. Então posso dizer que há quase um ano adquiri este hobby de escrever livros infanto-juvenis.

Qual best seller você gostaria de chamar de seu?

Admiro muito e gostaria de ter a grandeza de C.S Lewis autor de “As Crônicas de Narnia”, obra com uma simbologia rica e ensinamentos profundos. Como todo clássico é atemporal e espetacular tanto para o público juvenil como para os adultos. E também toda a coleção de Monteiro Lobato. Peço desculpas pois sou muito ambiciosa, nesse sentido.

 

Qual sua opinião de uma obra para conquistar seus leitores?

Existem muitos apelos hoje em dia para conquistar leitores e não quero entrar na discussão se esses apelos são certos ou errados, principalmente para as crianças. Cada um deve escolher o livro de acordo com a sua capacidade de entendimento e discernimento. Atualmente, me atrevo a dizer que o livro “ Os 50 tons de cinzas“ vende mais que “A República” de Platão, no entanto Platão continuará a ser lido daqui 100, 500 ou mais anos, porque instiga o ser humano olhar para dentro de si mesmo, traz conhecimento e autoconhecimento.

 

O seu tema favorito, o que te inspira?

O que me inspira é a filosofia clássica. Filósofos como Thales de Mileto, Pitágoras, Sócrates, Platão, Seneca e tantos outros. 

 

Qual o seu ritual no processo de criação dos seus textos?

Não tenho nenhum ritual. Eu penso em um tema e começo a descrever o personagem e o restante da história vem como um filme na minha mente. Eu leio e releio várias vezes para que a história não seja vazia, que sobretudo contenha conteúdos edificantes para formação da criança e do jovem. As crianças precisam sonhar, imaginar, pois isso ajuda a criatividade e desenvolve sentimentos nobres como respeito, amor, solidariedade etc.

 

O que você escuta enquanto escreve, ou você prefere o silêncio?

Eu prefiro o silêncio ao barulho sempre, pois na minha mente inquieta há muitos sons, cores, odores, tudo muito concreto e muito belo...difícil explicar.

 

De onde vem sua inspiração?

Eu comecei a contar histórias para os meus filhos quando os colocava para dormir. Meus dois meninos queriam histórias novas, com muita ação e até um certo suspense. Aí eu comecei inventar histórias de última hora não tendo a mínima ideia de como elas terminariam. Essas histórias improvisadas eram longas e com o tempo, comecei dividi-las por capítulos, contando um capítulo por noite. Percebi que os meus filhos começaram a contar aos primos e amigos sobre as histórias que eu narrava, então a audiência começou a aumentar. Hoje meus filhos, Mario e Pedro, são adultos e aqueles momentos estão vivos na memória como agradável lembrança para todos nós. Penso que minha inspiração vem de uma força interna muito grande que ainda desconheço, um desejo de passar encanto, carinho, beleza e amor para todas as crianças.

 

Quanto tempo você leva para escrever um livro?

Os três contos No Reinos das Flores, No Reino dos Oceanos e No Reino dos Céus eu escrevi em um mês; O Curandeiro em pouco mais de uma semana. Agora estou escrevendo outro livro, no qual habitam muitos personagens e está tomando mais tempo, acho que o resultado será uma obra maior, vamos aguardar... Espero terminá-lo até o final de setembro.

 

Como seus defeitos interferem no que você escreve?

Às vezes, sinto que coloco meus defeitos em alguns personagens, na verdade é um bom exercício de autoanálise, tudo isso me enriquece muito.

 

Você aprendeu algo com alguma crítica? Se aprendeu, isso mudou seu jeito de escrever?

Aprendi muito, a crítica pode ser destruidora ou nos ajuda a melhorar. Um livro bem escrito em qualquer idioma é muito importante.  Ouvir e acatar críticas requer maturidade e sobretudo humildade, isso tem me ajudado a melhorar meu trabalho sob muitos aspectos.

 

Você convive fraternalmente com alguém que, em público ou particular, declarou não gostar dos livros que você escreveu?

Ainda não tive essa experiência, porém minha família é numerosa e não tem papas na língua para crítica. Quando a crítica é construtiva, a gente acolhe.

 

Como você percebeu esta sua vontade e entendeu que seu destino era ser escritora?

Eu trabalho há muitos anos na área comercial de uma multinacional. Escrever histórias para o público infanto-juvenil nasceu como um hobby. Escrevo durante os finais de semanas, nas férias e nas horas de lazer. É muito gratificante! Pela forma como aconteceu, entendo como uma missão, faço com muito amor.

 

Quais eram seus passatempos que te levaram a querer contar histórias? 

Trabalhei na área financeira de empresas grandes em São Paulo e era extremamente difícil chegar em casa antes das 8h00 da noite. Com dois filhos pequenos, o único momento que nos restavam durante a semana, era quando eu os colocava para dormir. Como não tínhamos muito tempo, eu maximizava a qualidade daqueles minutos, contando histórias que criava com muito carinho.

 

De onde vêm os seus personagens? São inspirados em pessoas reais ou em fatos? 

Sim. Todos os meus livros são inspirados em algo que eu vivi, li ou presenciei, mas perceba que eu coloco de uma forma lúdica e com muitos símbolos. O livro O Curandeiro conta a história de um menino que conhece um duende. Eu nunca vi um duende, no entanto os diálogos, as lições foram todas inspiradas nos grandes homens, heróis e até na vida dos santos. O meu último livro “Herdeiros da Magia” a maioria dos personagens foram inspirados nas minhas irmãs, meu pai e minha mãe. Uma pequena homenagem para a minha família que tanto amo.

 

Qual será seu próximo livro?

Meu próximo livro ainda não tem nome, o enredo é totalmente novo e conta a história de um jovem sapateiro que tem a missão de transformar um grande reinado. É cheio de beleza, encantos e muito divertido também.

 

Três coisas que ainda estão na sua lista de desejos?

Ter tempo para estudar mais, morar perto do mar e contar histórias para muitas crianças.

 

Quem você diria que são seus antepassados literários - aqueles de quem você aprendeu mais?”

A vida é uma escola maravilhosa, aprendo com os filósofos, autores clássicos e sobretudo na vida diária, aprendo muito com pessoas comuns, no meu trabalho e muito com o convívio quase diário com os meus filhos.

 

Qual o melhor treino intelectual para quem quer ser escritor?

Ter um olhar mais profundo, ver no ordinário o extraordinário é uma sabedoria que a maturidade nos traz.

 

O que seus textos trazem como inspiração para outras pessoas?

As histórias infantis inspiram as crianças a sonhar e ativam a imaginação. Estudos mostram que histórias infantis geram mais atividade no cérebro além de melhorar a memória. Quando lemos ou escutamos uma história emocionante, o cérebro produz uma substância chamada oxitocina, que é conhecida por aumentar a nossa generosidade, compaixão e sensibilidade.

 

Quais foram seus livros publicados até agora?

São cinco em menos de um ano: os três contos já citados e dois livros o “Curandeiro” e o “Herdeiros da Magia”. O primeiro foi traduzido para o inglês como “The Healer”, o outro, na versão inglês “Heirs of Magic” será publicado até setembro.

 

Algum projeto na gaveta para um futuro próximo?

Sempre! Mas isso é segredo!

 

Qual é a parte mais fácil e a parte mais difícil de escrever um livro?

A mais fácil é a criação, a mais difícil é a correção e as dezenas de revisões necessárias até a publicação final, pois sou exigente.

 

Quando você cria um protagonista para o seu enredo, quais as características imprescindíveis?

Crio personagens comuns, mas com talentos escondidos para que as crianças possam se identificar e, estimulados, participem da história.

           

Você tem algum hábito de trabalho? Um horário específico do dia que te inspira mais?

Geralmente eu gosto de escrever a noite, após o trabalho. Nos finais de semana eu gosto de ler o que escrevi e fazer revisões.

 

Qual a importância da capa do livro para você?

A capa é a vitrine do livro, mas o que vale um belo pacote com um conteúdo pobre?  As duas coisas são importantes! Dou muito mais atenção ao conteúdo. 

 

Você tem uma dica para quem quer seguir o sonho de ser escritor?

Paixão, empenho e disciplina. Isso vale para qualquer projeto de vida.

 

Cita o melhor momento da sua carreira como escritora até agora?

Fico muito feliz cada vez que um livro é publicado. Minha carreira é muito recente, com certeza virão outros bons momentos, assim espero!

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