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Publicado em 3/12/2022 as 11:30am

Coluna Arleandra: A idealização da maternidade

Nós dizemos que um tema é sensível quando nos remetem as experiencias sensoriais,...

Nós dizemos que um tema é sensível quando nos remetem as experiencias sensoriais, emocionais e individuais, mas também quando é absurdamente amplo.

Podemos passar uma vida tentando abstrair razoáveis reflexões e mesmo assim não seria possível esgotar sua extensão.

Então, desde já esclareço que darei apenas os contornos de fundo de uma tela e convido os leitores a buscarem mais informações ou a interagirem amistosamente com a colunista!

A maternidade é idealizada como sendo um príncipe encantado, montado em um lindo cavalo branco, aguardada por várias mulheres, não desejada por outras, e muito necessária para a humanidade.

Mas o que acontece quando a maternidade chega sem avisar e nos pega de surpresa?

Hoje vou escrever a história de uma amiga, a Fernanda Paredes Batista, 39 anos. Seu primeiro filho foi aos 23 anos. Quando a conheci ela estava feliz com seu único filho, dizia que não queria outro. Tempos depois, já com seus 34 anos, ele decidiu gestar mais um bebê para fazer companhia para o outro.

Ela gestou uma guria – a gata – como chama carinhosamente, apreciou sua gravidez, viu o corpo mudando, a rotina e sonhos também. Como empreendedora, vendeu seu negócio, investiu em uma casa na praia para o lazer em família.

Quando estava certa em retomar atividades profissionais, iniciou os exercícios numa academia de ginástica, seu marido operou para não terem mais filhos, ela fez procedimentos estéticos por todo corpo, retomou seus contornos, sua vaidade e de repente!

Ela engravidou novamente, aos 39 anos, outro garotinho, a cirurgia do marido se desfez e ela foi pega de surpresa numa nova gestação, quando tudo que mais queria era recuperar o tempo, carreira e investimentos paralisados.

Ela que é vaidosa, cuidadosa e amorosa, de repente, se viu tomada de temores, terrores, incertezas, conflitos internos, mudanças de hormônios, lentidão de pensamentos, falta de equilíbrio físico e psicológico.

Então nos perguntamos, por que tanto medo de uma nova gestação, se ela já está no terceiro filho?

A questão pode ser espinhosa, pode trazer desconforto com a resposta, pode não ter certos e nem errados, mas uma certeza que temos é com relação a pausa que precisamos fazer quando nos tornamos mães. Para algumas mulheres vem acompanhada de incertezas a respeito do futuro, de conflito de sentirmos, um misto de envelhecer nossos corpos e nossos sonhos. De repente nos perguntamos, o que vamos fazer agora?

Algumas mães se desdobram, não largam suas carreiras, fazem aquela curtíssima pausa de 6 meses e depois se sentem culpadas pelos próximos 60 anos! Sim, as mães se sentem culpadas por retomarem suas profissões, e se sentem frustradas quando pausam suas carreiras também.

E o que está por trás desta frustração? Creio que a resposta esteja associada a culpa. Sim, isso que foi introjetado e fixado em nossas mentes, antes mesmo de nascermos. 

Certa vez, enquanto gestei meus dois últimos filhos eu li que os primeiros neurônios, sinapses e pensamentos dos bebês são os nossos. Confesso que fiquei feliz e impactada, porque desde o ventre eles precisam de nós, de nossa saúde mental, do nosso corpo, das nossas energias, da nossa vibração e isso será assim para o resto de nossas vidas.

Essa dependência nos primeiros anos de vida pertence apenas aos humanos. De todos os mamíferos existentes do planeta, nós somos os únicos que não sobreviveríamos sem cuidados.
A história da maternidade nos certifica de que enquanto as mães não cuidassem dos seus filhos pessoalmente o índice de mortalidade não iria cair, e isso só aconteceu porque muitas mulheres deram o seu melhor.

Encontramos diversas histórias de ama de leite no Brasil Colônia. As mulheres não tinham vínculo com seus filhos, elas eram apenas reprodutoras. A mãe cuidadosa e zelosa que nos identificamos hoje em dia, nos foi dado através de uma construção social. Valorizaram o papel da mãe e do amor maternal. Foi um grande salto, criamos empatia, amor incondicional, mas também criamos o medo.

O medo e a culpa são dois inimigos que precisam ser reavaliados. Tudo bem se você chorar porque está cansada, porque acorda a cada 2 horas para amamentar e trocar o recém-nascido, tudo bem você precisar de ajuda, tudo bem deixar a organização da casa para depois, tudo bem envolver o marido, mãe, amigas, vizinhas no pós parto ou a vida inteira! Tudo bem colocar os filhos numa creche para dividir aquele tempo com você, tudo bem colocá-los na escola, tudo bem assisti-los de perto ou de longe.

Tudo bem!

Você já fez algo incrível pela humanidade, você que gestou ou adotou, saiba que as vezes vai se sentir esgotada, cansada e frustrada, mas isso vai passar. Vai ficar tudo bem. Você conseguiu! Você consegue!

 



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Fonte: Arleandra Ricardo

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