Coluna Debora: Transforme seus problemas em pérolas

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A pérola é uma joia elegante e discreta, tornando-a desejada por muitos. Seja como brinco, anel ou colar, a pérola tem o poder de elevar a sofisticação do visual. Elas podem variar de preço, custando entre US$ 500 e US$ 5 mil. As pérolas de Akoya, encontradas no mar da Ásia, têm preços que variam de US$ 50 a US$ 300. As pérolas de água doce são as mais acessíveis, custando entre US$ 10 e US$ 50, conforme dados do site Preço USA, que realiza levantamento de preços de diversos produtos.

O que muitos desconhecem é que a pérola é produzida no sofrimento da ostra. De acordo com a biologia, "as pérolas são produzidas nas chamadas ostras perlíferas em resposta a alguma irritação causada por agentes externos que penetram na concha, como um grão de areia. Em resposta a essa irritação, a ostra começa a produzir nácar, ou madrepérola, ao redor do corpo estranho, formando o que conhecemos como pérola."

É intrigante imaginar que, no momento da dor, a ostra não expulsa o agressor, mas o transforma em algo de excelência. Essa atitude nos convida à reflexão sobre convivência, pois em nossa jornada é comum nos depararmos com agressores da alma. A reação varia de acordo com a personalidade de cada pessoa, mas é comum testemunharmos a devolução da agressão por meio de desprezo, gritos coléricos, ruptura de relacionamentos, bloqueios nas redes sociais e outras atitudes que não servem como exemplo de vida.

Muitos acreditavam que após a pandemia, as pessoas retornariam à sociedade com mais compreensão ao próximo, mas, infelizmente, a intolerância continua sendo protagonista nas relações. O que podemos aprender com as ostras? Primeiro, estabelecer a paz no ambiente, vivendo sem criar atritos desnecessários. Segundo, ao receber uma afronta, responder com o que temos de mais precioso: o silêncio.
Observe que a ostra não altera o curso das águas quando a adversidade bate à porta; pelo contrário, a vida marinha continua enquanto ela trabalha silenciosamente para incorporar no agressor a sua própria essência. Como aplicar esses ensinamentos em nossas vidas:

• Na calúnia, não se vingue, envie flores.
• Na ofensa, não revide, ofereça abraços.
• Na ingratidão, não desanime, presenteie com uma canção.
• No desprezo, não se anule, faça novas amizades.
• Na solidão, não desista, entregue-se a um livro.
• Na ofensa, não grite, simplesmente vire as costas.
• Na guerra, não mate, faça uma oração.

A ostra devolve o agressor em forma de uma joia de grande valor, enquanto ela brilha, permanece viva. Não permita que seu opositor destrua seu interior; confunda-o. Enquanto ele acredita que a dor está te destruindo, você está, em silêncio, construindo algo novo, melhor e revolucionário. O agressor escolhe destruir, mas o agredido sempre terá a opção de resistir.
Na próxima ofensa, produza pérolas e aguarde a recompensa.

 

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