(Liza Andrews) Dia Internacional da Mulher: Imigrantes Que Inspiram

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O Dia Internacional da Mulher— 8 de março—é uma celebração global das conquistas e contribuições das mulheres, ao longo da história, e em esferas diversas: política, negócios, ciência, artes e ativismo social.

Um aspecto importante da celebração é a ênfase no empoderamento e liderança femininos. É um momento para inspirar e encorajar mulheres a perseguirem seus sonhos, quebrarem barreiras e abraçarem seu pleno potencial. Diversas organizações e instituições promovem workshops de liderança e desenvolvimento de habilidades, programas de mentoria e eventos de networking para apoiar as mulheres em seu crescimento pessoal e profissional.

A data serve também como uma plataforma para discussões e conversas sobre os desafios enfrentados pelo sexo feminino, tanto no passado quanto no presente. É uma oportunidade para abordar questões como discriminação de gênero, salários desiguais, acesso limitado à educação e saúde, e violência. Também incentiva indivíduos e corporações a examinarem seus próprios preconceitos, desafiarem normas sociais e advogarem por políticas e práticas que promovam os direitos das mulheres. Um lembrete de que a igualdade de gênero não é uma luta apenas das mulheres, mas uma questão social que requer esforço coletivo.

O Dia Internacional da Mulher nos Estados Unidos tem ganhado visibilidade e importância por movimentos incluindo a luta contra o assédio e a violência sexual. A ocasião também tem contado com maior participação de mulheres de comunidades marginalizadas, destacando a interseccionalidade de gênero com raça, etnia e fatores socioeconômicos.

Este ano, tive o privilégio de entrevistar uma imigrante que nos inspira e orgulha. Atualmente, Raquel Miller faz parte do conselho da The New Executive Women in Hospitality (NEWH) como Diretora de Inclusão de Equidade e Diversidade, e anteriormente foi estagiária do Capitólio com um cargo no Comitê de Relações Internacionais da Câmara. Conhecida pelo seu lema pessoal, “Faça a Diferença, Agora!”, Raquel me contou sua história pessoal e como a filosofia de sua família a tornou uma filantropa.

“Era tarde da noite quando minha avó correu para o quarto onde eu dormia com meu irmão, nos enrolou em cobertores e juntamente com outros adultos, deixamos a casa,” disse Raquel. “Esta fuga à meia-noite para as montanhas iria moldar uma história mais ampla, que ajudaria a determinar o meu futuro e a fundação que criei.”

Neste novo local, Raquel se lembra da avó cuidando diariamente de um homem idoso, que vivia sozinho do outro lado da rua. Até o falecimento do indivíduo, Raquel acreditava que ele fosse seu tio. Na verdade o homem era apenas um estranho que precisava de ajuda. “Em gratidão, ele deixou sua casa, terras e bens para minha avó, e em outro ato de imensa generosidade, a vovó os repassou para um pessoa necessitada.” Raquel sorriu orgulhosa. “Estas foram minhas primeiras lições sobre a verdadeira essência da riqueza – não medida pelo que possuímos, mas pela nossa capacidade de dar.”

Raquel é uma palestrante inspiradora que tive o prazer de assistir. Falando em universidades, podcasts e fóruns de negócios, ela envolve seu público discutindo empreendedorismo combinado a um estilo de vida generoso. Ela é a fundadora e visionária da Bunchful Technologies, uma empresa que visa destacar indivíduos e empresas que ajudam à comunidade.

Ainda recordando suas origens, Raquel esclarece que as opiniões políticas de sua avó durante uma era repressiva, colocaram toda a sua família em perigo. “A noite em que fugimos para as montanhas marcou um momento crucial, ilustrando como as sementes de generosidade que minha avó semeou tornaram-se nosso escudo contra a perseguição. Este episódio ressaltou o poder transformador da bondade. A mesma comunidade que ela amou e cuidou nos protegeu e salvou nossas vidas.”

 Abraçando essas lições familiares, Raquel se aventurou para Nova Iorque, estabelecendo a Bunchful Foundation como um tributo ao poder duradouro da doação. A fundação tem como objetivo promover uma cultura onde a doação seja celebrada como uma virtude fundamental; e que cada um de nós compreenda o impacto que podemos ter no mundo com um simples gesto de generosidade. “Através dos nossos serviços e eventos tecnológicos, conectamos pessoas e marcas que se preocupam com o bem social,” finaliza Raquel.  “Ajudamos a alinhar a sua generosidade com a visão das Nações Unidas para um mundo melhor e mais sustentável.”

Tão inspirador que a própria UN (Nações Unidas) a convidaram para palestrar no dia 19 desses mês, em Nova Iorque.  Que nesse Dia Internacional da Mulher, a história da imigrante Raquel Miller o inspire a refletir sobre seu impacto para o bem global e a criação de um futuro melhor.

 

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