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Publicado em 4/05/2024 as 5:00am

Coluna Jaocles: Futuros - Arte e Tecnologia e Polifônica apresentam espetáculo inédito “DESERTO”, inspirado em fragmentos da obra e da vida de Roberto Bolaño

A primeira encenação nacional baseada em fragmentos da vida e de obras do premiado escritor...

Coluna Jaocles: Futuros - Arte e Tecnologia e Polifônica apresentam espetáculo inédito “DESERTO”, inspirado em fragmentos da obra e da vida de Roberto Bolaño  DESERTO prévia © Renato Mangolin

A primeira encenação nacional baseada em fragmentos da vida e de obras do premiado escritor chileno Roberto Bolaño (1953-2003), considerado um dos maiores autores latino-americanos da virada do século 21. Este é o espetáculo DESERTO, que estreia em 2 de maio no Teatro do centro cultural Futuros - Arte e Tecnologia, no Flamengo. Com direção e dramaturgia original de Luiz Felipe Reis e atuação de Renato Livera, a peça, em cartaz de quinta à domingo, às 20h, pretende instaurar uma experiência multilinguagem, articulando dispositivos teatrais com a literatura, a poesia e a música, além de instalações de luz, som e vídeo.    

Em cena, o espetáculo aborda os últimos anos de vida do escritor, diagnosticado com uma doença degenerativa, e apresenta a impressionante jornada do autor chileno que atravessa o continente rumo ao México e depois fixa-se na Espanha. DESERTO é a recomposição de rastros dessa aventura, recriando em cenas fragmentos de sua vida e obras: a travessia de um espírito inquieto marcado pela inconformidade com as normas, pelo desejo de ruptura, fuga, viagem, e então seu encontro com o desterro, o exílio, o deserto do real e, enfim, com a criação artística.

“DESERTO é a recomposição de rastros dessa aventura. A travessia de um espírito inquieto marcado pela inconformidade com as normas, pelo desejo de ruptura, e que, então, se relaciona de modo muito particular com o exílio, com o desamparo e com o “deserto do real” de um mundo globalmente colonizado e dominando pelo imperativo do lucro, da utilidade e da eficácia a serviço do capital – como resposta ao horror e a aridez do real, Bolaño reafirma continuamente uma relação inseparável com a criação artística. Sua obra e sua vida são afirmações de uma ética de existência: a aventura poética como uma forma de vida, como uma forma de escapar e de se contrapor ao nomos e ao ethos – conjunto de normas e hábitos – impostos pelo regime totalitário do capital em sua forma contemporânea, neoliberal, marcada pela financeirização de tudo", comenta o diretor Luiz Felipe Reis.

“O teatro do Futuros - Arte e Tecnologia é um espaço que proporciona grandes oportunidades de reflexão, aprendizado, entretenimento e contato com novas ideias e autores. As obras de Roberto Bolaño atravessam temas relevantes e muito presentes em discussões contemporâneas, como o autoritarismo e o feminicídio, e o fato da primeira apresentação de um espetáculo nacional inspirado em suas histórias acontecer no Futuros se encaixa absolutamente em nossa proposta de incentivar a inovação artística. Estamos entusiasmados para apresentar esta inédita história ao público”, afirma Victor D’Almeida, gerente de cultura do Instituto Oi Futuro.

DESERTO conta com patrocínio do Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa e Oi, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura. O espetáculo integra a programação do Vem, Futuro!, projeto realizado pela Zucca Produções, com correalização de Futuros - Arte e Tecnologia e gestão cultural do Oi Futuro, que oferece uma agenda cultural diversificada no centro cultural Futuros - Arte e Tecnologia. Os patrocinadores do Vem, Futuro! são a Prefeitura do Rio de Janeiro, a Secretaria Municipal de Cultura, Serede, Universidade Veiga de Almeida, Eletromidia, SANDECH Engenharia e Windsor Hoteis, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura do Rio de Janeiro.

Montagem inédita

Em cena, Renato Livera se aproxima e se abre aos influxos do inconsciente, dos sonhos, da obra e da vida do escritor chileno Roberto Bolaño. É uma travessia no imaginário de um dos maiores escritores do nosso tempo, e também a primeira dramaturgia original criada a partir da sua vida-obra. Bolaño surge para o mundo literário em meados dos anos 1990, celebra seu primeiro grande sucesso em 1998, com “Os detetives selvagens”, mas cinco anos depois morre e não vê sua obra-prima “2666” ser publicada. A temporada do espetáculo DESERTO no Futuros - Arte e Tecnologia é também uma celebração dos 20 anos do lançamento da obra-prima “2666” e dos 10 anos de formação da companhia Polifônica.

Resultado de uma extensa pesquisa na obra do poeta e escritor Roberto Bolaño, DESERTO  acompanha um poeta diante da morte afirmando a vida em criação.

“Toda sua trajetória, e sobretudo seus últimos anos de vida representam, de certa forma, nossa batalha poética-cotidiana no mundo contemporâneo, uma luta contínua contra as forças de morte, de desertificação das subjetividades e de desvitalização do imaginário a que estamos sendo submetidos pelo mundo neoliberal e digital. Sua obra, assim como nossa peça, ao menos esperamos, são contra-cenas que se opõem ao estado desértico a que o mundo ruma, à disseminação irrestrita do horror e das forças de destruição que se alastram e englobam a Terra: violência neoliberal, necropolítica, ecocídio, feminicídios, fascismos e autoritarismos que vicejam em todos os tempos nas Américas e além”, comenta o diretor Luiz Felipe Reis.

Revelando o motivo da escolha do nome do espetáculo, Luiz Felipe Reis chama atenção para duas obras de Bolaño em que os protagonistas são poetas ou escritores desaparecidos. Em “Os detetives selvagens”, dois poetas vão em busca da mãe da poesia, uma mexicana que desapareceu no Deserto de Sonora, no noroeste do México. Já em “2666” um escritor alemão desaparece no mesmo Deserto.

“O Bolaño vai então escrever em diálogo e em fricção constante com esse ‘lugar’, com o deserto enquanto realidade e metáfora, lugar em que desaparecem, sofrem violências e morrem as vítimas deste mundo machista-capitalista-neoliberal em que vivemos, ou seja, mulheres, poetas, artistas, trabalhadores, etc. O deserto enquanto metáfora do estado atual do mundo, assim como a nossa peça, têm a ver com esse processo, em que a poesia ou a possibilidade de uma vida criativa, lúdica, sofre inúmeras formas de violência num mundo cada vez mais orientado por uma lógica quantitativa, numérica, regida pela maximização infinita do lucro e das finanças”, conclui Luiz Felipe Reis.

Atualmente, pode-se dizer que Bolaño já é reconhecido como um “clássico contemporâneo”, mas ainda hoje sua obra é muito mais conhecida do que efetivamente lida. Ao recriar em cena fragmentos da vida e da obra do autor, DESERTO pretende contribuir para a difusão de sua obra, atuar como porta de entrada ao seu fascinante universo literário e iluminar seu legado artístico. Após sua morte, em 2003, e a publicação de “2666”, em 2004, Bolaño se tornou um dos maiores fenômenos literários da virada do último século – considerado por muitos o maior expoente das letras latinas desde Gabriel García Márquez.

Renato Livera - É ator brasileiro, dramaturgo e diretor. Natural de Goiânia. Artista profissional desde 1998, graduou-se em Artes Dramáticas em 2007 e trabalhou com importantes diretores de Teatro, Tv e cinema, transitando por diferentes linguagens. Em 2015 foi indicado a “Ator Revelação da Tv” no prêmio “Troféu imprensa”. No mesmo ano foi eleito melhor ator cômico pelo prêmio “Notícias da TV", repetindo a conquista em 2016. Recebeu ainda a indicação de melhor ator coadjuvante no teatro através do prêmio “Ítalo Rossi”, em 2014. Atualmente está no elenco da nova novela da Globoplay “Guerreiros do Sol”, prevista para 2025, mas pode ser visto em séries premiadas e de sucesso mundial como: “DOM” (Prime Vídeo), “Um Contra Todos” (FOX Premium), “A Magia de Aruna (Disney Channel) e “Matches” (Warner Channel). Na Televisão trabalhou na TV Globo, nas novelas “Malhação”, “Paraíso”, “Tempos Modernos”, “Araguaia” e “Quanto mais vida melhor”. Na Rede Record atuou nas novelas “Máscaras”, “Pecado Mortal”, “Apocalipse e “Os Dez Mandamentos”, onde deu vida ao personagem de grande sucesso “Simut”. Como diretor de cinema dirigiu o curta ficção “Acordes”, o curta documentário “Território” e o longa documentário “Vozes da Alvorada”. Atuou em longas metragens como “Divina” de Alvarina Souza e “O Tronco” de João Batista de Andrade, além de curtas metragens premiados, entre eles o curta metragem "Arroba" que ganhou o prêmio Júri popular do Festival Claro Curtas e “Guia Prático para escolher o sofá dos seus sonhos”. No Teatro, atualmente circula com o monólogo, também de sua idealização, “Colônia”, indicado ao prêmio APCA e sucesso de crítica em festivais nacionais e internacionais, no Brasil, Portugal e Chile. Integrou o quadro de atores propositores do coletivo cênico Ateliê Usina, coordenado por Alexandre Mello e o Grupo Alice 118, coord. pela diretora Ana Kfouri. Em 2007 fundou a Cia. Físico de Teatro, assinando a direção do espetáculo Felizes para Sempre e idealizando o premiado espetáculo “Savana Glacial”. Ainda pela Cia. Físico de Teatro assinou a direção do espetáculo “FÃ-CLUBE” em 2012 e “Temporada de Verão” em 2014. Ainda como diretor teatral foi convidado a dirigir pequenas peças cômicas no projeto Clube da Cena nos anos 2009 e 2010, além de dirigir também os trabalhos das turmas onde atuava como diretor e professor pesquisador, no Centro de Estudo Artístico Experimental do Sesc Tijuca, de 2004 a 2008. Dirigiu também projetos audiovisuais para o teatro e música. Como escritor escreveu crônicas para os sites “CAIS.ato.br” e a “A Bigorna”, além de peças para teatro como: "Passional", “Náu-Zé”, “Noite de Núpcias” e o infantil “Na Ilha do Senhor Brum”.

 



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