Coluna Zimmer

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Numa terra onde o dinheiro flui como água e os cartões de crédito são varinhas mágicas, a jornada financeira de muitos se transformou em um conto repleto de desafios e ilusões.

Em uma discussão entre pais de jovens imigrantes na América, em que falavam sobre o fenômeno do endividamento, um dos participantes destacou a sedução das promessas de facilidade financeira, comparando-a à atuação de uma fada madrinha. "Basta querer, apertar um botão e pronto!", exemplificou ele, ressaltando como é difícil resistir a essa tentação, mesmo para aqueles que estão atentos ao cenário.

Outro pai fez uma reflexão sobre a mudança no panorama das propagandas, comparando com os tempos em que as promessas milagrosas eram veiculadas apenas nos intervalos das novelas. "Hoje em dia, tudo pipoca repentinamente e massivamente na sua frente até sem ter sido solicitado", comentou ele, apontando para a falta de discernimento entre o real e o fantasioso, o que afeta diretamente as questões psicológicas relacionadas ao dinheiro.

A discussão prosseguiu com outro participante abordando a falta de esforço associada ao acesso fácil ao crédito.

 "Não há uma contra partida do 'esforço' da aquisição do dinheiro", ponderou ele, enfatizando o imediatismo doentio para os objetos, que pode se estender para as relações humanas e gerar conflitos adicionais.Mas o verdadeiro destaque da conversa foi a percepção de que os instrumentos de pagamento não são neutros.

 "O dinheiro físico nos influencia de uma maneira diferente do cartão de crédito",  as cedulas de dinheiro criam conexões únicas, existe o contato físico e a reflexao de estar entregando algo importante vai direto ao cérebro desencadeando emoções diversas "E em um mundo onde o dinheiro é cada vez mais virtual, é preciso estar muito atento a isso."

E assim, enquanto os bancos aprimoram suas estratégias e conhecem bem o impacto que um cartão de crédito pode ter sobre nós, a jornada em direção à autonomia financeira requer mais do que simplesmente apertar um botão.

 Exige compreensão sobre como nossas mentes e emoções interagem com o dinheiro, além de medidas regulatórias que visem ao bem-estar do consumidor, não apenas ao lucro.

Desejo muita prosperidade!

 

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