Coluna Cataldi: Desvendando o Bitcoin

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Apesar de todos já termos ouvido essa palavra e sabermos que se trata de uma moeda digital, pergunto: você realmente sabe o que é, como se cria, quem o inventou, como funciona?

A maioria não sabe, até porque as explicações disponíveis não são claras, nem dispostas em um só lugar, ou seja, o desconhecimento impera.

Para isso há a nossa coluna, que sempre ligada em você querido leitor, busca explicar de forma simples, os assuntos de maior complexidade.

Em 2008, alguém insatisfeito com o sistema, resolveu criar um dinheiro digital impossível de ser falsificado que pudesse ser enviado diretamente de uma pessoa para outra sem nenhum banco ou governo estar envolvido. Digo alguém, porque atribui-se a genialidade do feito a um tal de Satoshi Nakamoto, pseudônimo cujo dono jamais foi identificado, fazendo aumentar a já vasta lista de curiosidades sobre o assunto. 

Assim, seguindo a teoria econômica, quando há farta oferta de uma moeda no mercado, ela tende a se desvalorizar. 

Por isso, essa nova modalidade de moeda teve já em sua idealização, uma quantidade total pré definida, ou seja, só poderão ser criados em todo o mundo, 21 milhões de Bitcoins até o ano de 2140, a serem comercializados. 

A ideia da escassez, faz frente a todas as moedas existentes, dólar, euro, real, etc. que poderm ser impressas em suas respectivas Casas da Moeda a pedido de seus governos, infinitamente, tornando-as abundantes.

Já nossa moeda digital, não depende de toda essa estrutura para sua criação. Ela é fruto da resolução, acredite, de um problema matemático! Sim é isso mesmo que você está lendo... cada unidade é criada a partir de muito esforço de um computador em um processo chamado de mineração. Dito assim, pode parecer algo simples e fácil de se fazer. Acontece que para minerar em uma residência do Brasil, seriam necessários em média, 266 megawatts/hora de eletricidade por cada um! Traduzindo para valores no seu boleto de energia, algo em torno de 60 mil dólares. Entende porque é uma atividade para poucos?

Tudo isso sem contar que para que a mineração aconteça, há a necessidade de um computador específico, caríssimo, capaz de após criar o BTC, tendo vencido a criptografia de seu próprio sistema, adicioná-lo a um estoque e depositá-lo em um registro público chamado blockchain, que funciona como um quebra cabeças onde cada BTC apresenta uma forma exclusiva, tornando sua falsificação impossível. Viu porque esse dinheiro é tão seguro contra criminosos e à prova de inflação?

E se quiser saber mais, me escreve. Quem sabe você não será o próximo minerador?

Claudia Cataldi é Especialista em Governança e Compliance e Mestre em Ciência Política e Relações Internacionais

 

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