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Publicado em 10/09/2024 as 6:00am

Coluna Saude: Assédio Contra Mulher - Quando o Silêncio Enfraquece as Vítimas

Quando os limites são desrespeitados, os direitos ignorados e o medo impede as vítimas à...


Quando os limites são desrespeitados, os direitos ignorados e o medo impede as vítimas à liberdade. O assédio contra mulheres é uma realidade, mas é preciso estar atenta para que o direito à proteção possa ser garantido.

A violência contra mulher ocorre em todas as esferas e em quase todos os ambientes. Apesar de tantas conquistas aparentes, ainda encontramos mulheres que têm o direito  violado. A pergunta é o que impede de vencer esses desafios e como se fortalecer para que essa guerra se torne algo do passado.

O que acontece para que mulheres continuem sofrendo caladas enquanto quem deveria defendê-las falham de forma irresponsável. É possível no entanto entender melhor a reação de muitas vítimas e como se defender em casos que infelizmente.

Entendendo o assédio contra mulher

Entre os brasileiros ainda é muito difícil compreender quando o homem ultrapassa o limite e abusa não só do corpo mas também invade a alma da mulher chegando a destruir a autoestima e levando-a a se aprisionar na vergonha e no medo tanto da exposição quanto do julgamento de outras pessoas.

Sempre que ouvimos a notícia de mais um caso de abuso sexual contra mulher, surge a pergunta de muitas pessoas que questionando os motivos do silêncio. Claro que é muito difícil compreender os motivos que levam uma mulher a não denunciar seus abusadores quando nem mesmo as que sofrem na pele conseguem. A violência, como o próprio nome já diz, não escolhe suas vítimas e nem tão pouco manda avisar quando vai se tornar uma realidade.

O assédio sexual geralmente é sutil, chegando a ser muito discreto, pois o abusador esolhe usar o charme levando o uso do poder contra a vítima. Geralmente acontece em ambiente de trabalho onde a pessoa que ocupa um cargo de chefia se coloca em posição de abuso de poder para obter o que “deseja”.

O assédio sexual então é o uso indevido da autoridade contra a mulher para diminuir, coagir, e violar o direito, usando de ações que levam as vítimas a se calar devido ao medo de perder o emprego, a posição ou até mesmo o prestígio e reconhecimento no local de trabalho ou na carreira profissional.

Importunação sexual

Diferentemente do assédio sexual, a importunação sexual não se estabelece a realação hierarquica, como entre o patrão e a funcionária. Nesse caso, todo contato, seja físico direto ou indireto, sem o consentimento da mulher é considerado importunação e não assédio devido a relação da vítima com o abusador.

No Brasil, segundo a Lei 13.718/18 os atos de passar a mão, apalpar, beijar à força, ejacular em público, entre outras ações, que acontecem sem a permissão da vítima e através da ausência de violência física ou até mesmo de grave ameaça são considerados crimes.

Nos Estados Unidos existem medidas que levam a exposições públicas dos que foram condenados por crimes sexuais. Cada cidade divulga em todas as plataformas a foto com as informações do abusador. Além disso, é possível identificar o endereço ou localização de abusadores registrados pela polícia local. Sem contar que fica limitado à região permitida para que essa pessoa resida próximo a locais junto a outras crianças, por exemplo.

Como agir e o que fazer para apoiar as vítimas de assédio ou importunação sexual

Algo extremamente importante é compreender que esse assunto é muito delicado para a grande maioria das mulheres. Não devemos criticar ou duvidar de uma acusação, mas também devemos ter cautela para evitar possíveis injustiças. Nem tudo que parece é e antes de colocar a mão no fogo ou pior, de atirar a primeira pedra é preciso ouvir ambos os lados e oferecer ajuda para o lado mais afetado, nesse caso, o da vítima.

Independente da idade, seja uma criança, que se catariza estupro de vulnerável, quando ocorre o ato contra o menor de 14 anos, deficientes físicos ou mental, todos estão sujeitos a se tornarem vítimas em qualquer momento da vida. Geralmente, no entanto, assim como na maioria dos casos, o abuso sexual ocorre por parte de alguém do convívio da vítima. Porém a importunação sexual pode ocorrer em um local público, como dentro de um ônibus, por exemplo.

Outro passo importante é ouvir atenciosamente a vítima de forma a criar um ambiente seguro e protegido de julgamento ou ameaças. Muitas mulheres se queixam que mesmo depois de passarem muito tempo caladas após o abuso, foram recebidas com rispidez e até desconfiança ao compartilharem a violência.

Toda violência deve ser combatida, de forma a garantir o direito e a dignidade de suas vítimas. É por isso que toda a sociedade tem que reconhecer a responsabilidade de cobrar tanto dos líderes quanto do governo local as medidas cabíveis e o direito à proteção até mesmo do estado quando for necessário.

Por outro lado, quando houver omissão seja por parte das autoridades quanto familiar é necessário haver uma denúncia aos órgãos responsáveis de forma a combater qualquer tipo de injustiça.

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