Para onde vai a seleção brasileira? Faltando pouco mais de um ano para a abertura da Copa do Mundo de 2026, de 11 de junho a 19 de julho do ano que vem, no Canadá, EUA e México, a seleção brasileira parece à deriva. A única equipe pentacampeã mundial não tem atualmente um técnico que possa dirigi-la nas Eliminatórias da América do Sul, rumo à classificação para o próximo Mundial.

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A POUCO MAIS DE UM ANO DA COPA, SELEÇÃO ESTÁ À DERIVA

Depois da demissão do técnico Dorival Júnior, a diretoria da CBF não conseguiu acertar a contratação do italiano Carlo Ancelotti, técnico do Real Madrid, antigo sonho do presidente da confederação, Ednaldo Rodrigues. Nem mesmo a proposta de um salário de R$ 50 milhões anuais – cerca de R$ 5 milhões mensais – foi capaz de seduzir Ancelotti, que deverá sair do Real Madrid, mas com destino à Arábia Saudita, onde deverá receber valores muito superiores.
As informações que circulam são as de que no futebol saudita o treinador irá receber R$ 225 milhões por ano, ou cerca de R$ 18,75 milhões mensais. Diante de tal diferença de valores, a CBF encerrou as negociações. Agora, Ednaldo Rodrigues e sua diretoria necessitam fechar com outro profissional ainda em maio, para que a seleção tenha um comandante para as próximas partidas das Eliminatórias, a 5 de junho, contra o Equador, na casa do adversário, e a 10 de junho, em São Paulo, na Arena Corinthians, contra o Paraguai. A equipe Canarinho atualmente está em quarto lugar nas Eliminatórias, com 21 pontos, atrás da Argentina, com 31, já classificada, Equador, com 23, Uruguai, também com 21. Em quinto, também com 21, está o Paraguai, e em sexto, com 20, a Colômbia. Pelo regulamento, as seis primeiras irão se classificar para a Copa de 2026.
Sem Ancelotti, a direção da CBF se volta agora para dois possíveis nomes: o português Jorge Jesus, que fez sucesso e deu vários títulos ao Flamengo, no começo da atual década, e atualmente se encontra no Al Hilal, da Arábia Saudita; e o também português Abel Ferreira, que há quatro anos e meio vem colecionando títulos à frente do Palmeiras.
Não bastasse a indefinição quanto ao principal cargo do lado de fora das quatro linhas, o do treinador, a CBF e a Nike – sua fornecedora de material esportivo – se meteram em uma enorme polêmica, a do suposto lançamento, em março de 2026, de um segundo uniforme na Copa do Mundo, na cor vermelha, que não consta da bandeira brasileira. Tradicionalmente, desde a final da Copa do Mundo de 1958, conquistada na Suécia, o segundo uniforme brasileiro é azul. A notícia de um uniforme vermelho vem causando enorme discussão entre torcedores, imprensa e políticos no Brasil.
A adoção dessa cor estaria sendo visto como uma forma de aproximação com o governo federal, cujo partido, o PT, ostenta a cor rubra em suas bandeiras. Já a camisa amarela vem sendo usada como símbolo da Oposição, que se autoproclama patriótica e acusa o PT de ser pró-comunista e de por isso, usar o vermelho.
A CBF tentou acalmar a situação ao divulgar uma nota sobre o assunto. O documento, porém, não garante que o vermelho estará excluído do uniforme 2. Com isso, já se fala na possibilidade de a fornecedora criar um uniforme “Frankenstein”, do qual constariam as cores da bandeira nacional – verde, amarelo, azul e branco – além do vermelho. Não se pode esquecer que em seu estatuto a própria entidade do futebol estabelece que em competições oficiais a seleção só pode usar uniformes nas cores de sua bandeira, as mesmas da bandeira nacional.
A inconclusiva nota da CBF, divulgada no último dia 30 de abril, é a seguinte: “A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) esclarece que as imagens divulgadas recentemente de supostos uniformes da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 2026 não são oficiais. Nem a CBF e nem a Nike divulgaram formalmente detalhes sobre a nova linha da Seleção. A entidade reafirma o compromisso com seu estatuto (os padrões nas cores amarelo tradicional e azul serão mantidos) e informa que a nova coleção de uniformes para o Mundial ainda será definida em conjunto com a Nike.”
LIMA SERÁ SEDE DA FINAL DA LIBERTADORES
A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) anunciou na última segunda-feira, 28 de abril, uma decisão que certamente agitará o continente: a final da Copa Libertadores da América de 2025 terá como sede a cidade de Lima, no Peru. A disputa pelo cobiçado troféu será a 29 de novembro.
O anúncio oficial veio através das redes sociais do presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, que expressou a expectativa de viver mais uma edição memorável da “Glória Eterna” na capital peruana. A confirmação também foi feita pela presidente da República do Peru, Dina Boluarte, após uma reunião com o mandatário da entidade do futebol sul-americano.
Esta será a segunda vez que Lima terá a oportunidade de sediar a finalíssima desde a implementação do sistema de final única em 2019. Curiosamente, a cidade foi palco da primeira decisão neste novo formato, um duelo em que o Flamengo conquistou o bi ao vencer o River Plate por 2 a 1 em virada emocionante.
Desde então, a final única da Libertadores já passou por palcos icônicos como o Maracanã, no Rio de Janeiro (em 2020 e 2023), o Estádio Centenário, em Montevidéu (2021), e o Monumental de Guayaquil (2022). A edição de 2024 foi no lendário Monumental de Núñez, em Buenos Aires.
Apesar da confirmação da cidade, a Conmebol ainda não divulgou qual estádio específico receberá a grande final em 2025. Lima conta com duas grandes arenas: o imponente Estádio Monumental, com capacidade para cerca de 80 mil torcedores, que sediou a final de 2019, e o Estádio Nacional, com capacidade para 43 mil pessoas, palco dos jogos da seleção peruana.
SELEÇÃO FEMININA FARÁ AMISTOSOS COM O JAPÃO
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou no último dia 23 de abril um aperitivo de altíssimo nível para os fãs do futebol feminino. Em preparação para a Copa América, agendada para ser disputada no Equador entre julho e agosto, a seleção brasileira, sob o comando de Arthur Elias, terá pela frente um aguardado duelo duplo contra o Japão, em solo brasileiro.
Os embates contra as nipônicas, campeãs mundiais de 2011 e figurinhas carimbadas no top 5 do ranking da Fifa, estão marcados para a Data Fifa que se estende do final de maio ao início de junho. A primeira partida acontecerá a 30 de maio, na Arena do Corinthians, em São Paulo. Três dias depois, no dia 2 de junho, a adrenalina se transferirá para Bragança Paulista.
Antes da Copa América, a Seleção Brasileira terá outro desafio de peso, um amistoso com a França, no dia 27 de junho, em Grenoble, reeditando o emocionante duelo olímpico que classificou o Brasil para as semifinais. Na última Data Fifa, em abril, houve dois enfrentamentos com as americanas, nos EUA. Após um revés por 2 a 0 diante dos Estados Unidos em Los Angeles, a equipe demonstrou sua resiliência e poder de reação, conquistando uma vitória histórica por 2 a 1 no segundo encontro – o primeiro triunfo do Brasil em solo americano. Esse feito injetou uma dose extra de confiança no grupo para os desafios futuros.
Agora, podendo jogar diante de sua torcida contra o Japão, a seleção terá um palco adequado para exibir sua evolução tática e técnica, consolidar o trabalho de Arthur Elias e ganhar confiança para a Copa América e, mais adiante, a tão sonhada Copa do Mundo de 2027, que terá o Brasil como anfitrião.
“O Japão (é) uma grande seleção e que mudou de treinador recentemente. Vamos ter duas partidas aqui no Brasil, o que é sempre muito positivo. Os dois estádios têm ótimos campos para realizarmos dois grandes jogos contra uma seleção que nos testará de forma diferente dos Estados Unidos e no mais alto nível, que é o que acredito”, comentou Elias, antes de encerrar:
“É uma seleção japonesa que vem de ótimos resultados, venceu a (Copa) She Believes, os três jogos amistosos que teve, inclusive a seleção americana, e a Colômbia por um placar elástico na última partida. Com a troca do treinador, também é interessante jogar novamente contra a seleção japonesa, porque sempre traz elementos diferentes.”
LÁ EM MINAS
AMÉRICA – O clube anunciou na última terça, dia 29, a renovação do contrato do volante Kauã Diniz, até dezembro de 2027. Formado na base do clube, este ano ele já soma 13 jogos como titular pelo time principal, em vários torneios.
ATLÉTICO – Na última terça, pela Copa do Brasil, o Galo empatou em 2 a 2 com o Maringá. Os gols do Maringá foram de Maranhão e Fausto Vera (contra); e os do Galo, de Igor Rabello e Hulk, o brasileiro em atividade com mais gols: 443 .
CRUZEIRO – A diretoria e o staff do craque Dudu vêm negociando os termos para a saída do jogador. O impasse teve início quando Dudu foi cortado pelo técnico Leonardo Jardim do jogo contra o Vasco (1 a 0), no domingo, dia 27, depois de o atleta ter afirmado que estava incomodado com a condição de reserva.
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