Publicidade

Publicidade

edição ma

Edição MA 4227

Última Edição #4227

Outras Edições

BT MAGAZINE

Revista#74

Última Edição #Revista#74

Outras Edições

Mais do que um técnico estrangeiro

Ainda assim, há motivos para otimismo. Ancelotti tem a cabeça, o elenco tem talento, e o país tem sede. O resto — como sempre — vai depender da bola. E talvez de um pouco de sorte.


A Seleção Brasileira chega em 2025 com uma missão clara: encerrar um jejum que já dura 24 anos. Desde 2002, o Brasil não conquista uma Copa do Mundo — e isso, para uma nação tão obcecada por futebol, é simplesmente inaceitável. Com a confiança abalada por eliminações seguidas nas quartas de final, a CBF decidiu romper uma tradição de mais de um século. Trouxe Carlo Ancelotti. E no meio dessa aposta ousada, a expectativa cresce até entre apostadores que buscam o próximo código de indicação bet365 em sites especializados.

Ancelotti não é apenas uma novidade. Ele é um símbolo de mudança. Nenhum estrangeiro havia assumido a Seleção antes dele. E nenhum havia sido tão bem recebido. Quando chegou ao Rio, em maio de 2025, foi saudado como um craque: boné do Brasil na cabeça, acenos no aeroporto e um clima quase de apresentação de jogador.

A decisão da CBF tem um peso histórico. O técnico carrega não só o currículo, mas também o desafio de dar identidade e unidade a um grupo que só se reúne algumas vezes por ano. O tempo é curto — e o Brasil, impaciente.

Currículo que fala por si

Se currículo ganhasse Copa, o Brasil já podia encomendar a faixa. Ancelotti venceu tudo no futebol de clubes. Quatro Champions Leagues — duas com o Milan, duas com o Real Madrid. Cinco ligas nacionais, em cinco países diferentes. Um feito que ninguém mais conseguiu.

Mais do que títulos, o italiano ficou famoso por sua habilidade de lidar com egos. Zidane, Ibrahimović, Cristiano Ronaldo, Kaká, todos passaram por suas mãos. E elogiaram. Ganhou o apelido de “Galáctico-whisperer” — o sussurrador de galácticos.

Com brasileiros, a conexão é longa. Ronaldo Fenômeno e Kaká no Milan. Casemiro, Militão, Vinícius Jr. e Rodrygo no Real. Todos falaram abertamente a favor da sua contratação. Para muitos, ele já entende o DNA da Seleção — mesmo antes de vesti-la.

Em jogos grandes, é frio. Calculado. Raramente se desespera à beira do campo. É esse tipo de liderança serena que o Brasil sentiu falta nas últimas Copas, especialmente em 2014 e 2022.

Um elenco entre gerações e pressões

A Seleção de 2026 será uma mistura delicada: juventude em alta e veteranos tentando um último ato. Vinícius Jr. e Rodrygo devem ser o centro do ataque. Endrick pode ser a surpresa. Militão, recuperado, será peça-chave na defesa. Mas e os mais velhos?

Casemiro, Alisson, Neymar… todos acima dos 33. Ainda têm espaço? Ancelotti conhece bem esse tipo de dilema. Sabe dosar experiência com frescor — e tende a manter líderes experientes por perto. É o estilo dele.

A dúvida é como lidar com Neymar. O atacante, que estará com 34 anos, convive com lesões e incertezas. Mas tem peso. Carlo já teria conversado com ele sobre motivação e físico. Se estiver bem, pode voltar a ser referência. Se não, o técnico tem capital para colocá-lo no banco sem trauma.

Outro desafio é mental. O Brasil dos últimos anos mostrou fragilidade emocional em momentos decisivos. Ancelotti terá que resgatar a confiança coletiva. Não só treinar taticamente, mas reconstruir a alma da equipe.

Hexa é sonho ou obrigação?

Com Ancelotti, o Brasil faz sua maior aposta desde 2002. Não por acaso, a comparação com Felipão é inevitável: um técnico experiente, estrangeiro de estilo europeu, mas com toque emocional. A diferença? Nunca um técnico de fora venceu a Copa. Nunca.

O fator psicológico pesa. A torcida quer o hexa. A imprensa cobra. E o mundo observa. O técnico italiano chega com bônus prometido em caso de título — e, mais do que dinheiro, tem em jogo sua própria lenda. Ganhar com a Seleção colocaria seu nome entre os maiores da história.

Mas o caminho é apertado. Adversários como França, Inglaterra, Alemanha e a Argentina de Messi prometem competição dura. E uma Copa não é uma maratona — é um mata-mata cruel. Um erro e tudo vai embora.

Ainda assim, há motivos para otimismo. Ancelotti tem a cabeça, o elenco tem talento, e o país tem sede. O resto — como sempre — vai depender da bola. E talvez de um pouco de sorte.

Compartilhar

Publicidade

Deixe um comentário

×