Você tem todo direito de não gostar dele, mas, você não pode negar que o tetracampeão Max Verstappen é hoje o melhor piloto do grid. Ele simplesmente com carro melhor ou pior é, indiscutivelmente o gênio desta nova geração de pilotos da F1.
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Max! Uma vespa na sopa da McLaren

Você tem todo direito de não gostar dele, mas, você não pode negar que o tetracampeão Max Verstappen é hoje o melhor piloto do grid. Ele simplesmente com carro melhor ou pior é, indiscutivelmente o gênio desta nova geração de pilotos da F1.
Super Max não sabe brincar. O cara chega para os treinos livres reclamando um montão do carro. Que os freios não estão bons, que o carro está sem rendimento de reta, enfim, quando chega na hora que tá valendo o cara quebra tudo e faz barba, cabelo e bigode. Para ele que é obcecado com performance e velocidade, para conseguir bater as McLaren que são literalmente mais rápidas, tem sempre que tirar um coelho da cartola. Resumo da opera: Max deu uma verdadeira aula de pilotagem aos “moleques” da McLaren, mostrando porque aos 27 anos, tem 4 títulos mundiais consecutivos e, mesmo não tendo o melhor carro do grid ele com seu talento sempre tira um “canguru”, digo, coelho da cartola.
Em Ímola, Max Verstappen deu mais uma demonstração de que possui talento para terminar a carreira como o melhor da história da F1. Após a largada, ultrapassou por fora Russell e Piastri logo na primeira curva do circuito. Piastri foi ingênuo, a curva era dele. Bastava deixar o carro mais reto para fechar Verstappen e o holandês não teria tanto espaço para atacar. Piastri não teve a malícia de abrir um pouco e fechar o lado de fora, acho que ele nem se tocou disso, a frenagem seria menos agressivo e poderia manter o seu primeiro lugar, mas era Max no seu retrovisor, não dá pra vacilar, enfim não dá pra negar a genialidade e o talento do super Max.
Vespa venceu o GP da Emilia Romagna em Ímola e, mais uma vez, deu uma demonstração que mesmo não tendo o melhor carro do grid, ele não está morto e nem jogou a toalha. O holandês chegou à sua 65ª vitória na F1, segunda nesta temporada e quarta seguida na pista italiana, que voltou ao calendário em 2020. Ele ganhou em 2021, 2022 e 2024 ( em 2023 a prova foi cancelada por causa das enchentes na região italiana).
Max não estava na primeira posição do grid, mas fez o que deve ser feito em Ímola para tentar vencer: largar bem. E sua largada foi nada menos que excepcional. Chegou a cair para terceiro antes da freada para a Tamburello, mas enquanto Piastri e Russell se preocupavam um com o outro o holandês “malandramente” mergulhou na primeira perna da chicane e saiu da segunda em primeiro. Imediatamente abriu mais de 1s para o australiano (que não conseguiu o pulo do canguru ) e se livrou da ameaça do DRS.
O roteiro prévio da corrida mudou. Até a décima volta, o habitual trenzinho de Ímola não mudou muito, com a locomotiva Verstappen puxando os vagões Piastri, Russell, Norris, Alonso, Sainz, Albon, Stroll, Leclerc e Hadjar nas dez primeiras posições. O primeiro ataque mais incisivo foi de “Landinho” sobre “Jorginho” pelo terceiro lugar. O inglês da McLaren tentava recuperar o que havia perdido na classificação, com uma decepcionante quarta posição de largada.
A ultrapassagem, muito bonita, aconteceu na 11ª volta na chicane da curva Villeneuve. Lando assumiu a terceira posição e tinha cerca de 7s para Piastri, o segundo, e quase 10s para Verstappen. Nesse momento começaram os pit stops. 15 pilotos largaram com pneus médios e cinco ( Antonelli, Hamilton, Hülkenberg, Bearman e Tsunoda ) com os duros. A Pirelli previa, para quem tinha médios, a abertura da janela de paradas a partir da 19ª volta. Mas a borracha de alguns começou a abrir o bico antes. Piastri, por exemplo, entrou no rádio e fez um verdadeiro pronunciamento para seus padrões discursivos: “Acho que o plano A é meio ambicioso”, disse. Parou na volta 14 e o pessoal da McLaren olhou olhou para o menino de gelo, e perceberam a merda de parar tão cedo.
O pódio no histórico autódromo Enzo & Dino Ferrari teve Lando Norris em segundo e Oscar Piastri em terceiro. Os dois pilotos da McLaren, não é exagero dizer, foram humilhados pelo tetracampeão. Têm os melhores carros da temporada, um deles – o australiano, líder do campeonato, estava na pole, foram favorecidos por um safety car que juntou todos no final, mas, mesmo assim não conseguiram fazer frente à estrela da Red Bull. O resultado mantém Max na briga pelo título em terceiro no Mundial com 124 pontos. Piastri tem 146 e Norris, 133. A diferença de Oscar para Max caiu de 32 pontos depois de Miami para 22 agora, com sete etapas das 24 deste ano já realizadas.
Bortoleto faz vestibular na F1
Sei que até agora não falei do nosso querido jovem talento Gabriel Bortoleto, mas não há muito a dizer. Pilotando literalmente uma “carroça” chegou a ficar em décimo quando muitos à sua frente pararam, mas o brasileiro não esticou seu stint porque largou de médios e teve de parar logo, também. Voltou às últimas posições e na volta 45 estava em 18º. Foi onde terminou, em último, considerando os dois abandonos da corrida. Hülkenberg foi melhor, lutou pelos pontos, mas acabou zerado em 12º. Outro que nada fez foi Franco Colapinto em sua estreia pela Alpine. Assustado com o acidente do sábado, se arrastou no fundão do grid e foi o 16º.
No próximo domingo tem o badalado GP de rua na cidade de Monte Carlo, no Principado de Mônaco. Circuito charmoso e recheado de celebridades, mas com poucas emoções de ultrapassagens.
Texto By: Roberto Vieira
Jornalista e Comentarista Esportivo
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