Caiu como uma bomba e causou uma polêmica que atravessou as quatro linhas, chegou à imprensa e poderá desembarcar no Congresso Nacional, a notícia da última segunda-feira, dia 28 de abril, de que a CBF já havia acertado com a Nike, fornecedora de seu material esportivo, a adoção de uma camisa vermelha como seu uniforme 2 (alternativo), na Copa do Mundo-2026, a ser disputada no Canadá, EUA e México. A informação havia sido dada em caráter de exclusividade pelo site inglês especializado Footy Headlines. Ainda de acordo com o site, o lançamento oficial do uniforme rubro se daria em março do ano que vem. Tradicionalmente, desde a Copa do Mundo de 1958, o uniforme 1 (principal) do Brasil é a camisa amarela com calções azuis, e o segundo uniforme inclui camisa azul com calções brancos. A camisa azul ficou imortalizada a partir da final de 1958, e de maneira casual. Como a outra finalista era a Suécia, organizadora daquele Mundial e que usava camisas amarelas, coube ao Brasil buscar outra cor. O chefe da delegação, Paulo Machado de Carvalho, encontrou em lojas de Estocolmo um jogo de camisas azuis. Quando os jogadores ficaram temerosos por terem de trocar de uniformes, o dirigente lhes garantiu que o Brasil venceria porque o azul era o do manto de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. Na decisão, os brasileiros golearam por 5 a 2, levantando a taça do Mundial pela primeira vez. Agora, a notícia de que o vermelho substituiria o azul no uniforme opcional despertou até mesmo uma fúria entre torcedores e jornalistas, pelo simples motivo de que a bandeira brasileira tem o verde, amarelo, …

SELEÇÃO BRASILEIRA: UNIFORME VERMELHO NA COPA?

Caiu como uma bomba e causou uma polêmica que atravessou as quatro linhas, chegou à imprensa e poderá desembarcar no Congresso Nacional, a notícia da última segunda-feira, dia 28 de abril, de que a CBF já havia acertado com a Nike, fornecedora de seu material esportivo, a adoção de uma camisa vermelha como seu uniforme 2 (alternativo), na Copa do Mundo-2026, a ser disputada no Canadá, EUA e México. A informação havia sido dada em caráter de exclusividade pelo site inglês especializado Footy Headlines. Ainda de acordo com o site, o lançamento oficial do uniforme rubro se daria em março do ano que vem.
Tradicionalmente, desde a Copa do Mundo de 1958, o uniforme 1 (principal) do Brasil é a camisa amarela com calções azuis, e o segundo uniforme inclui camisa azul com calções brancos. A camisa azul ficou imortalizada a partir da final de 1958, e de maneira casual. Como a outra finalista era a Suécia, organizadora daquele Mundial e que usava camisas amarelas, coube ao Brasil buscar outra cor. O chefe da delegação, Paulo Machado de Carvalho, encontrou em lojas de Estocolmo um jogo de camisas azuis. Quando os jogadores ficaram temerosos por terem de trocar de uniformes, o dirigente lhes garantiu que o Brasil venceria porque o azul era o do manto de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. Na decisão, os brasileiros golearam por 5 a 2, levantando a taça do Mundial pela primeira vez.
Agora, a notícia de que o vermelho substituiria o azul no uniforme opcional despertou até mesmo uma fúria entre torcedores e jornalistas, pelo simples motivo de que a bandeira brasileira tem o verde, amarelo, azul e branco, sem incluir o vermelho. Locutor esportivo mais famoso do Brasil, que se orgulha de ter narrado 53 partidas da seleção em Copas do Mundo – fora outras competições e amistosos – Galvão Bueno, atualmente na Rede Bandeirantes, não poupou críticas:
“Apareceu alguém para cometer aquilo que eu considero ser um crime. Pra Copa do Mundo de 2026, a camisa azul vai deixar de existir e vai ser vermelha. O que tem isso a ver com a seleção brasileira? É uma ofensa sem tamanho! O que tem isso a ver com a história do futebol brasileiro? Eu tô muitíssimo na bronca”.
Ao longo da segunda-feira, no país, foi comentado que a adoção do vermelho serviria para aproximar a equipe nacional de pessoas de esquerda. Para esses setores, pessoas com ideologia mais à direita teriam se apropriado do amarelo e do azul da seleção como símbolo de suas ideias. Por isso, congressistas de oposição ao governo federal enfatizaram ao longo do dia de que a camisa da seleção “jamais será vermelha”. Vale lembrar que a cor rubra é a do PT, o partido no poder.
Além da cor, causou polêmica entre os fãs do futebol o fato de que ao invés do símbolo da Nike a camisa vermelha teria o logotipo da Jordan, marca alternativa da Nike, usada, por exemplo, na camisa do Paris Saint-Germain, do futebol francês. Entretanto, sobre o vermelho, ocorre que se a CBF desejar utilizar uma cor diferentes numa Copa do Mundo, terá de alterar seu próprio estatuto.
No capítulo 3 do documento, referente aos símbolos, o inciso 3 do artigo 13 estabelece as cores a serem usadas, e o vermelho não é uma delas. Há uma ressalva de que em jogos amistosos outros tons possam ser utilizados. Foi o que ocorreu em 2023, em amistoso contra a seleção africana da Guiné. Como parte de uma ação contra o racismo, os brasileiros usaram camisas e calções pretos.
A seleção estreou pela primeira vez em 1914, numa vitória por 2 a 0 sobre o time inglês Exeter City, em amistoso no antigo Estádio do Fluminense, em Laranjeiras, no Rio. Até a Copa do Mundo de 1954, o uniforme brasileiro era todo branco. Porém, após a perda da Copa de 1950, em casa, para o Uruguai, houve uma campanha pela mudança nas cores dos uniformes. Em escolha popular, foi adotado na edição de 1954, na Suíça, o modelo da camisa amarela com calções azuis.
Vale lembrar que ocasionalmente – como não havia antigamente um uniforme 2, como atualmente – o Brasil chegou a usar cores nada convencionais. Em 1917, por exemplo, no Sul-Americano contra Uruguai e Chile, que também usavam camisas brancas como as do Brasil na época, os brasileiros usaram vermelho, devido a um sorteio. Em amistoso com a Argentina, em 1919, em homenagem ao jogador uruguaio Roberto Chery – que morrera um dia após a decisão do Sul-Americano daquele ano, vencido pelo Brasil, no Rio -, o Brasil foi a campo usando a camisa preta e amarela do Peñarol.
Já em 1937, num Sul-Americano na Argentina, a seleção usou emprestado o uniforme rubro do Independiente. Na Copa do Mundo de 1938, a seleção atuava de branco, mas quando jogou com a Polônia, que também privilegiava essa cor, os brasileiros vestiram uma camisa azul clara e superaram os rivais por 6 a 5. Em 2004, em amistoso na França, com a seleção da casa, em homenagem ao centenário da Fifa, o Brasil atuou com uniforme todo branco, à semelhança do que vestia em suas origens, em 1914.
Em paralelo a esta polêmica sobre o uniforme, a CBF já alinhou um pré-contrato com Carlo Ancelotti, para que o italiano seja o treinador da seleção brasileira na Copa do Mundo-2026. O acordo definitivo, porém, ainda depende da liberação do técnico por parte do Real Madrid. A entidade do futebol brasileiro necessita que Ancelotti assuma o comando antes da data Fifa de junho, mas para isso seria necessário que o italiano assinasse a rescisão com o clube madrilenho até o fim de maio. Os valores do pré-contrato giram em torno dos 8 milhões de euros por ano, ou cerca de R$ 50 milhões anuais, isto é, aproximadamente R$ 5 milhões mensais.
BRASILEIRAO: FLAMENGO ARRASA CORINTHIANS E LIDERA
Foi um fim de semana de emoções e reviravoltas na classificação do Campeonato Brasileiro. No domingo, dia 27, no Maracanã, no Rio, o Flamengo atropelou o Corinthians, com uma sonora goleada de 4 a 0, pela sexta rodada. Tal vitória, combinada com a surpreendente derrota do Palmeiras para o Bahia por 1 a 0, em casa, em São Paulo, elevou o rubro-negro à ponta da tabela, com 14 pontos.
No Maracanã, os gols foram marcados por Cebolinha, Arrascaeta e Pedro, este duas vezes, em sua primeira partida como titular depois de um longo período de lesão. Arrascaeta é o novo artilheiro do Brasileirão, com cinco gols.
Também no último domingo, o Palmeiras, até então líder do campeonato, ao lado do Flamengo, tropeçou em casa. Em um duelo considerado um dos mais equilibrados da competição até o momento, o Bahia venceu o Verdão por 1 a 0, em pleno no Allianz Parque. O confronto foi marcado por um interessante duelo tático entre os treinadores alviverde Abel Ferreira e Rogério Ceni, do tricolor de aço. Quando parecia que o confronto terminaria igual e sem gols, o Bahia chegou ao triunfo com um gol de Kayky, já nos acréscimos.
Outros resultados: Mirassol 2 x 2 Atlético-MG; Botafogo 2 x 0 Fluminense; Inter 3 x 1 Juventude; Ceará 1 x 1 São Paulo; Sport 0 x 0 Fortaleza; Vitória 1 x 1 Grêmio; Cruzeiro 1 x 0 Vasco; Santos 1 x 2 Bragantino. Classificação: 1. Flamengo, 14; 2. Palmeiras, 13; 3. Bragantino, 13; 4. Cruzeiro, 10; 5. Fluminense, 10.
Foto: Adriano Fontes / CRF
BRASIL DOMINA PAN-AMERICANO DE JUDÔ
Sem participar de competições internacionais desde o ouro na classe dos pesados, nas Olimpíadas de Paris-2024, em agosto, a judoca brasileira Beatriz Sousa continua no topo do pódio. Ela foi a campeã de sua categoria no último fim de semana, em Santiago, do Chile, na disputa do Campeonato Pan-Americano e da Oceania. Bia liderou a equipe verde-amarela vitoriosa na maioria das categorias e campeã também na disputa por equipes.
Segunda do ranking mundial, Bia superou nas quartas-de-final Karra Hanna, de Bahamas; na semifinal, a colombiana Brigitte Carabali; e na final, a neozelandesa Sydnee Andrews. Foi o sexto título continental de Bia na classe sênior, sendo o quinto consecutivo.
“Eu fico extremamente feliz em voltar de uma forma tão grandiosa, com a medalha de ouro. Isso é muito importante, mostra que já voltei com tudo para esse novo ciclo”, analisou a judoca. “Estou muito focada e confiante, e agora é começar tudo de novo para conquistar a vaga olímpica, com mais competições e mais treinamentos em busca de Los Angeles”.
A seleção brasileira de judô encerrou a disputa com 16 medalhas, fechando as disputas individuais da competição com um total de nove ouros, três pratas e quatro bronzes. O resultado garantiu ao Brasil o título de campeão geral, além da melhor campanha em Campeonatos Pan-Americanos na história do país. Além de Bia, foram campeões individuais pelo Brasil foram: Natasha Ferreira, Michel Augusto, Ronald Lima, Shirlen Nascimento, Nauana Silva, Leonardo Gonçalves, Rafael Macedo e Gabriel Falcão.
No domingo, dia 27, foram realizadas as disputas mistas por equipes. A do Brasil levou o ouro ao vencer o Chile na semifinal por 4 a 0; e Cuba na final por 4 a 0. Com isso, os brasileiros encerraram a competição com dez ouros, sendo nove individuais e um por equipes. Agora, o próximo desafio da seleção brasileira de judô será no Grand Slam do Cazaquistão, de 9 a 11 de maio.
Equipe Mista do Brasil é campeã do Pan-Americano e Oceania — Foto: CBJ
LÁ EM MINAS
AMÉRICA – Em busca do acesso à Série A, o América volta a campo no domingo, dia 4, às 20h30m, contra o Operário, em Ponta Grossa. No último sábado, dia 26, o alviverde perdeu para o Avaí por 3 a 0 em Florianópolis, pela Série B.
ATLETICO – Com um gol no 2 a 2 com o Mirassol, fora de casa, no sábado, dia 26, o atacante Hulk se igualou a Neymar, do Santos, na liderança da relação de brasileiros em atividade com maior número de gols: 442. Depois, vêm Vagner Love, do Avaí (413); Nenê, do Juventude (279); e Gabigol, do Cruzeiro (258).
CRUZEIRO – Em Uberlândia, a Raposa venceu o Vasco por 1 a 0, no domingo, dia 27, com gol de Christian, pela sexta rodada do Brasileirão. Agora, a equipe está em quarto, com 10 pontos.
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