Publicado em 23/11/2008 as 12:00am
São Paulo afunda o Vasco e precisa de apenas uma vitória para ser hexa
Tricolor vence em São Januário e coloca a mão na taça. Dois empates nos últimos jogos também garantem o título
O São Paulo
segue na caminhada rumo ao título. Neste domingo, o Tricolor ignorou a
pressão dos torcedores vascaínos em São Januário e, com uma bela
atuação de Rogério Ceni, venceu por 2 a 1. Com a vitória, o time de
Muricy Ramalho garantiu a classificação para a Taça Libertadores 2009
pelo sexto ano seguido.
Com a derrota do Grêmio para o Vitória,
o Tricolor está muito perto do tricampeonato consecutivo e do sexto na
soma total. O time paulista abriu cinco pontos do rival e já pode
soltar o grito de campeão na próxima rodada, contra o Fluminense, no
Morumbi. Já o Vasco fica
em situação complicada na luta contra o rebaixamento. O time carioca
segue com 37 pontos, em 18º lugar, três pontos atrás do primeiro clube
fora da zona. O Náutico tem 40 pontos.
Na
penúltima rodada do Campeonato Brasileiro, o duelo entre tricolores,
que pode dar o título ao time de Muricy, acontece no domingo, às 17h .
No mesmo dia e horário, o Vasco encara o Coritiba, no Couto Pereira.
Antes
do jogo, muita confusão. O ônibus do São Paulo teve dificuldades para
chegar no estádio de São Januário, mas a ação da Polícia Militar evitou
qualquer incidente. Dentro do estádio, bate-boca entre os dirigentes.
Ao encontrar a porta para o gramado fechada, os tricolores arrombaram o
cadeado e foram aquecer no campo. O presidente do Vasco, Roberto
Dinamite, se irritou e foi cobrar satisfações. O dirigente cruzmaltino
levou um documento assinado por representantes tricolores em que foi
combinado que não haveria aquecimento no gramado. O motivo: no Morumbi,
o São Paulo não permitiu que o Vasco subisse para o campo antes da
partida do primeiro turno. Seguranças dos dois times chegaram a se
desentender. E um torcedor tricolor foi preso ao ser pego pichando um
banheiro de São Januário.
Jorge Wagner abre o placar de falta
O
Vasco começou agressivo. Com 15 mil apitos, que foram distribuídos
antes da partida, os torcedores faziam muito barulho. Em cinco minutos,
o time carioca teve três escanteios seguidos. Mas o Vasco não conseguia
espaços para finalizar. Só aos 12 minutos ocorreu o primeiro chute
cruzmaltino. Wagner Diniz aproveitou sobra na área e bateu forte. Mas a
bola tocou na cabeça de Leandro Amaral e saiu. Mas foi o São Paulo que
quase marcou. Em um ataque rápido, Dagoberto tocou para Hernanes, que
chutou rasteiro da entrada da área. O goleiro Rafael fez uma difícil
defesa e espalmou para escanteio.
A chuva apertou. E os
jogadores passaram a ter dificuldade de tocar a bola. Aos 16 minutos,
outro susto para os vascaínos. Wagner Diniz foi tentar afastar o perigo
e deu um bico contra o gol. Rafael defendeu no reflexo. Mas aos 21, não
teve jeito. Mateus fez falta boba em cima de Hernanes na entrada da
área. Alguns torcedores vascaínos ficaram rezando e preferiram nem
olhar o lance. Pareciam adivinhar. Jorge Wagner cobrou muito bem no
ângulo esquerdo de Rafael, que pulou e não tocou na bola: São Paulo 1 a
0.
O Vasco quase empatou rapidamente. Primeiro, Wagner Diniz
cruzou rasteiro. Anderson foi cortar e quase fez contra. Rogério Ceni
espalmou para escanteio. Logo depois, Leandro Amaral recebeu livre na
área e chutou rasteiro para fora. Vieram, então, os primeiros gritos de
"Ah, é Edmundo", que estava no banco de reservas.
O empate
veio com Madson aos 30 minutos. O meia encarou a defesa tricolor e
arrancou. Ele chegou na entrada da área e soltou a bomba. A bola
desviou em Miranda e encobriu o goleiro Rogério Ceni, que caiu para
atrás. A torcida cruzmaltina voltou a cantar. Tudo igual: 1 a 1. E o
primeiro tempo terminava com o Grêmio, que vencia o Vitória, em
Salvador, como o novo líder do Campeonato Brasileiro.
- Nosso time está deixando o Vasco jogar - reclamou Dagoberto no intervalo.
Hugo faz o segundo gol tricolor
O
Vasco voltou para o segundo tempo ainda sem Edmundo. E o São Paulo não
deu tempo nem para aquecer. Jorge Wagner cobrou escanteio, a defesa do
Vasco ficou olhando. Hugo apareceu de surpresa e teve tempo de dominar,
ajeitar e chutar para fazer o segundo gol. Mateus ficou imóvel, sem dar
o combate. São Paulo 2 a 1. A alegria tricolor não se resumia apenas a
São Januário. No Barradão, o Vitória empatava a partida com o Cruzeiro.
O terceiro gol tricolor quase surgiu em um chute de Hernanes. A
bola desviou e saiu para escanteio. Neste momento, o técnico Renato
Gaúcho chamou Edmundo, que entrou no lugar Edu.
Aos 11
minutos, um lance que gerou muitas reclamações dos vascaínos. Wagner
Diniz dividiu com Miranda na área. O árbitro Leonardo Gaciba não deu
nada.
O Vasco foi para o tudo ou nada. E passou a tentar
cruzar bolas para a área. Em uma delas, Eduardo Luiz cabeceou e Rogério
Ceni salvou o São Paulo com uma defesa complicada no canto direito.
O
clima era tenso. Edmundo reclamou da arbitragem e levou o cartão
amarelo. Um torcedor jogou uma garrafa no gramado e foi preso pelos
policiais. Aos 18 minutos, Leandro Amaral recebeu na área e chutou.
Rogério Ceni espalmou para escanteio. Aos 22, Alex Teixeira aproveitou
rebote da defesa e chutou para fora.
Aos 29, nova chance de
ouro para os vascaínos. Wagner Diniz recebeu na área e chutou na saída
do goleiro Rogério Ceni. O camisa 1 defendeu bem. Logo depois, Edmundo
novamente falhou em um momento decisivo do Vasco. A bola sobrou limpa
para o Animal na marca do pênalti. Mas ele isolou e colocou a mão na
cabeça. Era a imagem do Vasco, desesperado na luta contra o
rebaixamento. No fim, Leandro Amaral, muito mal na partida, era vaiado
pelos torcedores. Já a torcida tricolor soltava o grito de campeão.
Fonte: (Globoesporte.com)