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Publicado em 8/01/2012 as 12:00am

Brasil vira 'menina dos olhos' dos agentes para os atletas sul-americanos

Turbinado pelas cotas polpudas da TV Globo, o mercado da bola brasileiro virou centro das atenções dos seus vizinhos menos abastados. Ávidos por negociação, os empresários tentam explorar a nova vitrine que surgiu para colocar vários atletas sul-americano

Turbinado pelas cotas polpudas da TV Globo, o mercado da bola brasileiro virou centro das atenções dos seus vizinhos menos abastados. Ávidos por negociação, os empresários tentam explorar a nova vitrine que surgiu para colocar vários atletas sul-americanos em clubes brasileiros.

Mas aí é que está o dilema: este mercado cada vez mais crescente faz com que jogadores de qualidade discutível passem a disputar as competições brasileiras. Tudo isto tem um responsável: o empresário, que 'ao cumprir o seu papel' oferece dezenas de atletas em condições facilitadas aos clubes, que acabam cedendo.

"Uma coisa é o empresário ligar oferecendo, outra é o jogador ser contratado. Tem que avaliar, saber como ele está. Não adianta. Jogar no Brasil é uma boa para eles, pois os países deles estão em crise", detonou Paulo Pelaipe, diretor executivo de futebol do Grêmio.

Atualmente, os jogadores que chegam ao Brasil provenientes de países latinos se enquadram em três perfis: os destaques dentro de cada país (caso do meia cruzeirense Montillo), os meros desconhecidos (como o zagueiro Adalberto Román, do River Plate) e os conhecidos que já estão em fim de carreira (zagueiro mexicano Rafa Marquez, que chegou a estar na mira do Flamengo).

Um dos precursores da prática de contratar jogadores estrangeiros foi o Inter, que em 2007 foi buscar o volante brucutu Guiñazu no Paraguai. Um ano depois, foi a vez do meia argentino D’Alessandro ser contratado junto ao River Plate. Hoje em dia, o time de Porto Alegre tem outros dois latinos no elenco: o atacante Dellatorre e o volante Bolatti. Na maioria dos casos recentes, o clube foi bem sucedido.

A experiência aprovada dos gaúchos animou outros clubes do país a voltarem suas atenções para o futebol sul-americano. E os bons resultados estão aparecendo: casos do meia argentino Conca, que virou ídolo do Fluminense (campeão brasileiro em 2010) e rendeu retorno financeiro quando se transferiu para o futebol chinês, e de Montillo, principal alvo dos clubes brasileiros no mercado pela boa atuação no Cruzeiro em 2011.

“Acho que a vinda de outros jogadores vem sendo beneficiada pelas condições oferecidas no futebol brasileiro. O próprio Conca iniciou isso de forma mais intensa. Os quatro clubes grandes do Rio de Janeiro estão muito bem. Vejo que o mercado brasileiro está aberto. Existe uma credibilidade e uma confiança atualmente”, ponderou o presidente do Vasco, Roberto Dinamite.

Uma rápida olhada no mercado de 2012 mostra que não somente os times considerados grandes que estão de olho nos estrangeiros: os menores também. Os mineiros são bons exemplos disso, pois o América-MG contratou o meia argentino Sebastian Sciorilli (Independiente Rivadávia-ARG). O Boa Esporte fechou com o atacante Caicedo, da seleção do Equador. O Democrata contratou três atletas sul-americanos: o lateral-esquerdo Jorge García e o armador Luis Oyarbide (ambos uruguaios) e o atacante argentino Adrián Malvarez.

Este êxodo dos atletas sul-americanos também para clubes menores tem também o mesmo ‘culpado’: o empresário, fato que já irrita alguns clubes. “Apenas para vocês terem uma ideia, o zagueiro Juan (da Roma-ITA) nos foi oferecido mais de 30 vezes. E isso, na verdade, é uma grande sacada de marketing, pois valoriza o jogador. Afinal, outras equipes estão buscando zagueiros como o Flamengo e Internacional”, criticou Adalberto Batista, diretor de futebol do São Paulo. 

Fonte: uol.com.br

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