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Publicado em 26/02/2018 as 11:00am

'O que fizemos na NBA não é para qualquer um', diz Splitter

Aposentado das quadras após se render às dores no quadril, ex-pivô vê pressão sobre brasileiros na liga, aponta desafios para a nova geração, e fala de jornalismo e negócio.

'O que fizemos na NBA não é para qualquer um', diz Splitter Tiago Splitter se aposentou das quadras após se render às dores no quadril.

Com 18 anos de carreira no basquete, Tiago Splitter se abriu a experiências, acumulou conquistas e fez história. À medida que as dores no quadril o afastaram da quadra, o catarinense intensificou esse processo e hoje tem um futuro bem encaminhado, com foco na liga americana. Jornalismo, negócios e presença em uma comissão técnica são algumas metas.

Em entrevista ao site LANCE!, o primeiro atleta do país a se sagrar campeão da NBA, com o San Antonio Spurs, em 2014, analisou avanços e lacunas do basquete nacional, falou das perspectivas fora das quadras e alertou: os brasileiros hoje na liga têm de mostrar serviço "para ontem".

Acompanhe a seguir, parte da entrevista que pode ser lida na íntegra no link goo.gl/UUKCKm;

Com o fim da temporada 2016/2017, você queria jogar. Em que momento a ideia da aposentadoria ficou clara?

Joguei pelo Philadelphia, terminei a temporada em abril e comecei a me preparar para a temporada seguinte, a de agora. Na época em que joguei, só conseguia atuar de cinco a dez minutos. Só o último jogo que fiz 20 minutos, mas foi um exagero para o que eu podia no meu nível físico. Tentei forçar a máquina para chegar a um nível superior e poder atuar por 20 minutos. Foi quando comecei a sentir meu outro quadril. Até que começou a doer mais. Em um momento se tornou insuportável e tive de ir ao médico.

O que é preciso para que mais brasileiros consigam uma trajetória de sucesso como você teve na NBA? Vê nomes no país com chance de protagonismo?

Não é fácil conseguir o que fizemos. Repetir a carreira do Nenê, Anderson, Leandrinho e a minha não é fácil nem para um americano. Não digo só para um brasileiro. Jogar tantos anos e se manter no topo do basquete mundial não é para qualquer um. É difícil alcançar a a NBA. Nos que já estão, o Raulzinho e o Felício são os que têm mais chances. Depois, os meninos, o Lucas e o Bruno, mas ambos têm de provar que podem já, para ontem, pois eles estão em momento de assinatura de contratos. É preciso estar focado e bem preparado agora, enquanto estão lá.

O basquete brasileiro melhorou? Passamos por anos difíceis, crises e escândalos. Que balanço você faz da modalidade no país?

Eu diria que a estrutura do basquete brasileiro hoje está melhor. A Liga Nacional é bacana e organizada. Finalmente, ela deixou de ficar estancada e cresceu, como as outras ligas do mundo, com marketing, redes sociais, Facebook e tudo mais. Isso é muito importante para a garotada ter informações, ídolos, para que as cidades possam acompanhar seus times da melhor forma possível. Agora, estamos vendo frutos na garotada nova? Há menos jogadores do Brasil na NBA hoje? Sim. Mas são gerações. Viemos de uma muito boa, com Nenê, Leandrinho, eu, Anderson, Huertas, Alex e Marquinhos. A nova geração, do Raulzinho e do Felício, tem o seu espaço, mas tem de crescer mais. Eles estão cientes disso, da pressão. Terão de demonstrar que valem para seguir na liga.

Fonte: Redação - Brazilian Times

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