Chegou o Classificado do Brazilian Times. Divulgue ou busque produtos e serviços agora mesmo!

Acessar os Classificados

Publicado em 19/07/2022 as 7:00pm

ESPORTE TOTAL

Guerra no futebol Desde o racismo até a agressão física, o futebol hoje é marcado por uma...

Guerra no futebol

Desde o racismo até a agressão física, o futebol hoje é marcado por uma história de violência e repressão

É difícil imaginar o Brasil sem futebol. Da mesma maneira, parece ser difícil as pessoas pensarem no futebol sem a violência entre os torcedores, dentro e, mais ainda, fora dos estádios. Mais do que um fenômeno ligado ao esporte, ela é uma expressão da sociedade brasileira, de seus problemas e desafios, cuja superação faz parte da grande missão de educação e desenvolvimento do país.

Há um problema que acompanha a violência no futebol, e se chama "impunidade", a qual é um fator determinante para a continuidade deste quadro. Hoje, as autoridades evitam elaborar qualquer nova lei, mas, para controlar a violência no esporte, era necessário que fôssemos protegidos por leis e penas mais rigorosas.

Na Grécia Antiga, os esportes eram um momento de deixar as rivalidades entre as cidade de lado, cujo objetivo era promover um ambiente pacífico e agradável. Contrariando esse princípio, no entanto, o maior esporte nacional, o futebol, frequentemente, é acrescido da violência proveniente do fanatismo futebolístico do “torcedor” brasileiro, gerando violência nos estádios durante as partidas.

 

Contrariando o espirito esportivo da Grécia Antiga, Durante a época do Império Romano, o público assistia às lutas entre gladiadores como forma de entretenimento, um clássico exemplo do culto à violência entre torcedores. Fazendo uma analogia com os tempos de hoje no Brasil, os estádios de futebol se tornam verdadeiras arenas de combate no seu sentido mais agressivo, similar ao Coliseu de Roma, especialmente quando impulsionados pela mídia e facilitados pela ineficácia das punições.

Um pensador francês diz, a violência, independentemente da forma como se manifesta, é sempre uma derrota. Infelizmente, isso é observado na prática em nossa “Pátria de Chuteiras”, por meio de hostilidades verbais e físicas, muitas vezes estimuladas pela mídia, ao fomentar à guerra durante o anúncio das competições e nos comentários das jogadas. Dessa forma, esse “poder” incita, de modo indireto, o sentimento de rivalidade entre as torcidas, que passam a encarar as partidas como uma batalha e ver o adversário como um inimigo, dando um caráter bélico ao jogo.

O grande problema que acompanha a violência no futebol, se chama "impunidade", a qual é um fator determinante para a continuidade deste quadro. Hoje, as autoridades evitam elaborar qualquer nova lei, mas, para controlar a violência no esporte, era necessário que fôssemos protegidos por leis e penas mais rigorosas.

Como consequência, contrariando o espirito esportivo, os palcos do principal esporte nacional tornam-se ambientes não democráticos. Famílias e cidadãos de bem, por exemplo, temendo a violência nas partidas entre times rivais clássicos, optam por não irem aos estádios, constituindo, portanto, uma forma de exclusão. Além disso, ofensas machistas, homofóbicas e racistas emitidas por jogadores e, aos jogadores evidenciam o ambiente propicio para dar início a uma guerra sem precedentes . Para se ter uma ideia, a violência não é restrita apenas entre torcidas, mas também entre lideres que marcam encontros pelas redes sociais, para transformar os encontros em batalha de “imbecis”, com mortes muitas das vezes, de inocentes.

Em síntese, fica claro perceber que medidas são necessários a fim de se solucionar tal problema. Por isso, é necessário que as autoridades competentes criem medidas cujo objetivo seja democratizar o ambiente esportivo. Para isso, seria interessante barrar a entrada de torcedores com histórico de violência nos estádios, promovendo uma maior fiscalização quanto ao acesso mais rigoroso aos estádios, com identificação facial e biométrica. Bem como a instalação de câmeras para reconhecer os violentos. Assim, espera-se tornar o local seguro para quem joga e quem assiste.

Top News