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Publicado em 15/09/2022 as 9:00am

Coluna Esporte Total

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BRASILEIRO NA FÓRMULA 1

Paranaense Felipe Drugovich contratado pela Britânica Aston Martin na F1

Ser campeão da F2 não é garantia de entrada direta na cobiçada e desejada categoria principal da F1. Mas, o talento e competência  de Drugovich chamou atenção da Aston Martin. Campeão da Fórmula 2, o maringaense Felipe Drugovich, de 22 anos, terá um lugar na Fórmula 1 pela equipe britânica Aston Martin. Drugovich “o brabo” venceu antecipadamente o mundial de Fórmula 2 no GP da Itália. Quando estivemos em Miami na cobertura do GP de inauguração do circuito, ja ouvíamos no Paddock ( bastidores ) que Drugovich era nome certo para estrear na Fórmula 1 na temporada de 2023. E não demorou muito para já na segunda-feira (12) a Aston Martin confirmar a contratação do brabo.

Drugovich fará parte de um novo programa de desenvolvimento da equipe britânica. Em 2023, o piloto passará por um programa de testes com o carro de 2021, além de participar de corridas como reserva do time.

Hoje temos motivo de sobra para dar ênfase ao grande feito do jovem talento brasileiro campeão mundial de F2 faltando 3 GPs para encerrar a temporada 2022 da F2. Drugo, como é conhecido no paddock, conquistou no sábado (11), em Monza, Itália, de forma antecipada e com muito talento o campeonato mundial de F2.

Quem é o “BRABO” Felipe  Drugovich?

O Brasil não tem um piloto de ponta na F1 desde a aposentadoria de Felipe Massa em 2017. Felipe Drugovich ( o “BRABO”, batismo desse colunista ) nasceu em Maringá, Paraná, em 2000, iniciou a carreira no kart brasileiro em 2008, com apenas oito anos de idade, e competiu no Brasil até os 13 onde foi campeão nacional de kart. Entre 2013 e 2015, partiu para o kartismo internacional. Em 2016, o brasileiro fez a transição para o mundo das fórmulas, disputando a Fórmula 4 Alemã e o MRF Challenge.

Dois anos depois, Felipe sagrou-se campeão da MRF Challenge 2017/2018 com 10 vitórias e um desempenho espetacular. No campeonato Euro Formula F3 Open, o “brabo” conquistou o título, contabilizando 14 vitórias em 16 corridas, e 2 segundos lugares, atingindo o recorde absoluto de vitórias da história desta competição.

No ano seguinte, o piloto acelerou na FIA F3 pela equipe britânica Carlin Racing e, em 2020, fez sua estreia na Fórmula F2, com a holandesa MP Motorsport. Nesta temporada 2022, Felipe conquistou sua primeira vitória, em Spielberg, na Áustria, e faturou a sua primeira pole position, em Silverstone, na Inglaterra. E a temporada de 2022 vem com resultados extraordinários. O piloto é o único do Brasil a liderar o campeonato, com 5 vitórias na temporada. E agora, com o título, conquistou o acesso à elite do automobilismo mundial, que não tem um brasileiro titular desde que Felipe Massa se aposentou no fim de 2017. Dos seis campeões da Fórmula 2, quatro chegaram à F1: Charles Leclerc (2017), George Russell (2018), Mick Schumacher (2020) e Oscar Piastri (2021).

“Estarei trabalhando com a equipe da Aston Martin, mas meu objetivo principal é aprender e me desenvolver como piloto. Espero que isso me dê a oportunidade de correr na Fórmula 1 num futuro próximo.” O piloto brasileiro deve participar pela Aston do treino livre 1 do GP de Abu Dhabi, no dia 18 de novembro.

Verstappen põe a mão na taça

Falar das 5 vitórias consecutivas do futuro bicampeão mundial de F1 Max Verstappen, é chover no molhado. Max Verstappen faz as contas para celebrar a conquista do bi mundial. Com a vitória no GP da Itália no domingo (11), o piloto da Red Bull pode comemorar o título já na próxima etapa, em Cingapura. A superioridade do holandês nesta temporada se comprova pelos possíveis recordes que ele tem a chance de quebrar.

Verstappen teve mais um desempenho brilhante no GP da Itália.

O holandês voltou a brilhar nas pistas e reafirmou a sua absoluta liderança no grid mesmo em meio as vaias dos fãs da Ferrari. Com muitos pontos à frente de seus concorrentes, o bicampeonato já é uma realidade para o piloto da Red Bull. 

Assim como outros pilotos do grid, o “Muleke Voador” largou do sétimo lugar ao ser penalizado por mudanças no carro. No entanto, a punição não afetou em nada o desempenho do piloto, que facilmente conseguiu ultrapassar os concorrentes e na 5ª vota já assumiu o segunda posição. 

Um dos fatos que impressionou os especialistas no fim de semana foi a gestão de pneus de Verstappen, já que o piloto holandês fez 24 voltas com o pneu macio. O feito foi um número sem precedentes de voltas naquele composto. 

O chefe da Red Bull, Helmut Marko, destacou que a sua gestão de pneus na corrida o deixou de boca aberta e destacou que este é o grande “segredo” para o sucesso de Verstappen: “É novamente um dos segredos de Max. Ele é extremamente rápido quando pode dirigir com segurança e domínio da situação. Quando os engenheiros lhe dizem que ele pode manter os pneus a uma certa temperatura. Se ele tiver que mantê-lo, ele o fará sem que os pneus sofram”.

 O nome de Max Verstappen se tornou um dos mais comentados no último fim de semana não só devido ao seu desempenho nas pistas, mas também por uma situação desagradável. Com a expectativa de vencer em casa, a torcida da Ferrari se revoltou com a derrota de Charles Leclerc que largou na frente em Monza e vaiou o holandês quando ele subiu ao pódio para receber o prêmio pela sua 31ª vitória na carreira.

 Fittipaldi 50 anos do título

No GP de inauguração do autódromo de Miami no mês de Maio, tive o privilégio de conhecer e entrevistar a maior lenda do automobilismo brasileiro. Na ocasião Emerson Fittipaldi foi super generoso e atencioso com a reportagem do Brazilian Times.

Já se vão 50 anos do dia 10 de setembro de 1972, quando Emerson Fittipaldi cruzou a linha de chegada do Grande Prêmio de Monza, na Itália, em primeiro lugar. Com essa vitória, histórica, diga-se de passagem, Rato, como era carinhosamente chamado pelos amigos na época, foi o primeiro piloto brasileiro a vencer o campeonato mundial de Fórmula 1.

Certamente, Emerson abriu as portas do automobilismo mundial para inúmeros pilotos brasileiros que se aventuraram nas corridas internacionais aonde quer que fosse o circuito.

O Lotus 72D preto que Fittipaldi guiou naquele 10 de setembro, foi guardado com carinho pela família do projetista Chapman, que também era o proprietário do carro/equipe. E, nesse mesmo 10 de setembro de 2022, 50 anos depois do grande evento em Monza, Clive Chapman (filho de Colin) cedeu o carro para que Emerson pudesse dar uma volta no mesmo circuito, logo antes do treino classificatório de sábado, e outra no domingo, antes do GP de Monza.

Emerson Fittipaldi, hoje com quase 76 anos, poder reviver um pouquinho da emoção que viveu há meio-século, quando, com 25 anos (o campeão mais jovem da F1 até então), venceu o GP da Itália, seu primeiro grande campeonato. Depois migrando para o mercado norte-americano, que, já na Fórmula Indy, foi campeão em uma temporada: 1989 (aliás, o primeiro não americano a vencer o campeonato). Depois, em outras duas oportunidades, a hoje trilionária e consagrada 500 Milhas de Indianápolis: também em 1989 e 1993.

Lá, nas 500 Milhas, passou a ter ainda mais respeito mundial e reconhecimento no automobilismo esportivo. Ser bi-campeão na Europa com a Fórmula 1 e bi-campeão nos EUA com a Fórmula Indy não é para qualquer um! Assim, nosso bi-campeão hoje monitora a carreira do filho Emmo Fittipaldi.

Coluna: Esporte Total

Texto by: Roberto Vieira

Jornalista e Comentarista Esportivo

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