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Publicado em 19/09/2023 as 10:00am

COLUNA ESPORTE TOTAL POR ROBERTO VIEIRA

Crashgate! Escândalo na F1 Felipe Massa foi o legítimo campeão de 2008 Depois de...

Crashgate! Escândalo na F1

Felipe Massa foi o legítimo campeão de 2008

Depois de “quebrar a banca” batendo recordes, vencendo 10 GPs consecutivos, ficou mais uma vez provado que na F1 existe duas competições totalmente distintas. No GP de Singapura, com problemas na performance do carro, Verstappen iniciou no meio do pelotão em décimo-segundo e mesmo com todos os problemas, terminou em quinto lugar. Na disputa dos quatro primeiros para vencer a prova, a diferença era no visual entre a Ferrari, McLaren e Mercedes.

Carlos Sainz largou na frente e fez uma corrida perfeita para vencer sua segunda na carreira. Essa foi a formula 1. Mas, a Fórmula Verstappen e completamente diferente. Quando ele tem o carro equilibrado e ajustado nas mãos, a verdade é que ele não tem concorrente e seu domínio e absurdo.

Mas, hoje vamos tratar de um assunto muito importante. Trata-se do maior escândalo da competição. Abaixo vc vai acompanhar como tudo aconteceu. O escândalo que tirou o título de Felipe Massa.  

Nelsinho Pequet bate e confirma a farsa

Crashgate! Não é uma frase que a maioria dos fãs de Fórmula 1 já tenha ouvido há algum tempo, especialmente se eles chegaram ao esporte em algum momento das últimas décadas.

Tenho um amigo que mora em Wilmington-NC, Carlos Calheiros, apaixonado pela F1 e consequentemente, “viúva confesso” de Lewis Hamilton. Ele adora verbalizar em alto e bom som que Verstappen levou o título de 2021 na “mão grande”. Mas, porém, ele esquece que em 2008 Hamilton ganhou seu primeiro título pela McLaren, se aproveitando do maior escândalo da F1. Que ironia não! Fique ligado e veja como Hamilton foi declarado campeão em 2008.     

Um dos maiores escândalos da história da F1 completou 15 anos, e está perto de ter um desfecho favorável ao verdadeiro dono do título de 2008, Felipe Massa. A primeira edição do GP de Singapura, no dia 28 de setembro de 2008, foi marcada pelo polêmico complô que resultou em uma batida proposital de Nelsinho Piquet, o que foi fundamental para que Fernando Alonso obtivesse uma improvável vitória naquele dia. O evento ficou conhecido como Crashgate.

No entanto, o assunto está de volta às manchetes, na forma de alguma nova controvérsia em torno da vitória de Lewis Hamilton no campeonato mundial de 2008, e especificamente no Grande Prêmio de Cingapura daquele ano.

Se você precisa de uma atualização, ou se está chegando completamente renovado e não tem ideia do motivo pelo qual Felipe Massa está tão bravo, seja bem-vindo! É uma história de violação de regras, quebra de regras e encobrimentos, e pode resultar na retirada do título mundial de Hamilton de 2008, 15 anos após o fato. Essa última parte é a coisa mais importante. Por causa das consequências de um incidente há uma década e meia, o co-detentor do recorde de títulos mundiais de F1 ainda pode ficar atrás de Michael Schumacher.

 

O incidente Crashgate

O maior encândalo da Fórmula 1

Cada história tem um momento em que tudo vira de cabeça para baixo e, neste caso, esse momento foi Nelson Piquet Jr. completando a curva 17 na volta 14 do Grande Prêmio de Cingapura de 2008. O brasileiro irresponsavelmente meteu seu Renault no muro na saída, provocando um safety car.

Isso deu uma enorme vantagem a exatamente um piloto, Fernando Alonso, companheiro de equipe de Piquet na Renault, que havia parado nos boxes pouco antes do acidente e foi “empurrado” para o topo do pelotão enquanto o resto do pelotão aproveitava a parada sob o safety car.

De repente, Alonso, que havia largado em 15º no grid, estava com uma enorme vantagem, já que as regras de 2008 determinavam que nenhum piloto poderia parar sob o safety car até que o pelotão estivesse todo reunido. Ele venceu a corrida, com Hamilton em terceiro e o rival do britânico pelo título, o brasileiro Felipe Massa, terminando totalmente fora dos pontos.

 

Consequências do Crashgate

O golpe de sorte de Alonso foi levado ao pé da letra na época, e Piquet retornou à Renault para a temporada de 2009, apesar de um ano de maus resultados. No entanto, depois de não conseguir marcar um único ponto em 10 corridas em 2009, Piquet foi sumariamente demitido e o piloto de testes Romain Grosjean o substituiu.

Piquet joga “merda” no ventilador. A demissão da Renault não foi um assunto limpo e tranquilo, e na semana de sua saída anunciada no início de agosto, Piquet foi à FIA para alegar que a equipe havia ordenado que ele batesse deliberadamente de propósito para dar Alonso sua vantagem no pit stop.

A equipe foi acusada pela FIA no início de setembro, e uma semana depois anunciou que estava abrindo uma ação legal contra Piquet por tentar chantageá-los para deixá-lo manter seu lugar pelo resto da temporada. No entanto, poucos dias depois, eles recuaram, dizendo que não contestariam. O badalado diretor Flavio Briatore e o diretor de engenharia Pat Symonds deixaram a equipe imediatamente sem motivo aparente.

 

O que aconteceu depois?

Briatore foi banido de qualquer evento promovido pela FIA, enquanto Symonds, que admitiu irregularidades e expressou arrependimento, foi banido por cinco anos. Mais tarde, ele retornou como diretor técnico da William e agora ocupa a mesma função na Fórmula 1. A Renault foi suspensa do grid, enquanto Alonso e seus mecânicos foram considerados inocentes de qualquer irregularidade.

Na pista, os seis pontos conquistados por Hamilton sobre Massa na corrida afetada foram absolutamente cruciais, com o piloto da McLaren conquistando o título por um único ponto de diferença.

 

Por que isso importa agora?

Bernie Ecclestone, agora com 92 anos, era o CEO da F1 no momento do incidente, comandando a categoria com o então presidente da FIA, Max Mosley. Alegando proteção e evitar um escândalo na época, eles encobriram todo o episódio.

O assunto já havia sido deixado de lado por algum tempo até este ano, quando Ecclestone mencionou em uma entrevista que ele e Mosley sabiam dos erros de Piquet e Renault muito antes de o assunto vir à tona, e encobriram o assunto até como ele disse para protejer o esporte de um escândalo. Se a investigação tivesse sido iniciada quando os chefes da categoria realmente sabiam do delito, o resultado da corrida de Cingapura teria sido anulado e a corrida apagada dos livros de história, dando ao brasileiro Felipe Massa o título por cinco pontos.

Em vez disso, como explicou Ecclestone, as regras da época declaravam que a classificação era escrita em pedra após a cerimônia de premiação do final da temporada e não poderia ser alterada retroativamente.

Massa, compreensivelmente, não ficou muito satisfeito ao saber que os líderes do esporte colocaram um golpe de relações públicas sobre a integridade da competição. O brasileiro agora está explorando suas opções legais, e a saga ‘Crashgate’ vai mesmo acabar na Justiça.

 

O que eles disseram sobre Crashgate

Bernie Ecclestone: "Ainda sinto pena de Massa. Ele venceu sua final em sua corrida em casa, em São Paulo, fez tudo certo. Ele foi roubado do título que merecia, enquanto Hamilton teve toda a sorte do mundo e ganhou seu primeiro campeonato”.

"Hoje eu teria lidado com a situação de forma diferente. É por isso que, para mim, Michael Schumacher ainda é o único campeão mundial recorde. Mesmo que as estatísticas digam o contrário.”

Felipe Massa: “Isso é muito triste, saber que o resultado dessa corrida era para ser cancelado e eu teria o título. Estamos indo atrás para entender tudo isso.”

“Já vimos outras situações acontecendo no esporte, como a do Lance Armstrong (ciclista), que foi comprovadamente dopado e perdeu todos os títulos. Qual a diferença?”

“Tudo o que aconteceu foi roubo, mas nada aconteceu em termos de corrida. O resultado não mudou. Isso não está certo. O roubo mudou o campeonato. Perdi ( o título ) por um ponto”.

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