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Publicado em 3/03/2014 as 12:00am

Salgueiro, Mangueira e Beija-Flor são destaques no Rio

Salgueiro, Mangueira e Beija-Flor levantam público no 1º dia de desfiles

O primeiro dia do desfile de escolas de samba do Grupo Especial do Rio foi marcado por homenagens à História do Brasil e às tradições herdadas pelos povos africanos. Seis escolas passaram pela Sapucaí entre a noite de domingo (2) e madrugada desta segunda-feira (3).

Duas delas (Grande Rio e Mangueira) falaram sobre o Descobrimento do Brasil em suas comissões de frente. A cultura africana permeou a maior parte do desfile da Império da Tijuca, mas também foi retratado novamente na Mangueira e no desfile do Salgueiro. Todas as escolas mostraram criatividade na hora de trazer elementos acrobáticos e efeitos especiais. Na São Clemente, até piscinas de plástico subiram nas alegorias. Acrobatas se apresentaram em um canhão humano na Grande Rio. Houve tirolesa na Mangueira e uma artista chegou a "levitar" em uma alegoria do Salgueiro, graças a um truque mecânico.

Sem atrasos, os imprevistos foram pequenos: na Mangueira, um carro alto demais ficou entalado na avenida, e acabou com peça arrancada. No Salgueiro, uma das alegorias soltou fumaça, mas não teve os movimentos comprometidos, e um dos carros, dedicado ao elemento fogo, teve problemas na iluminação. A Beija-Flor fechou os desfiles versando sobre comunicação, com homenagem a Boni, ex-diretor da TV Globo, e muitos famosos.

A escola da Zona Norte do Rio abriu os desfiles com o enredo "Batuk", que mostrou a força do batuque que chegou ao Brasil com os negros africanos e se disseminou em festas. A Império lembrou os ritmos que vieram da África e também apostou em ritmos mais novos, representados pela figura de Chico Science e Nação Zumbi, Filhos de Gandhi e AfroReggae. O desfile falou ainda a formação do samba, do jongo e do maxixe.

Empolgante, a apresentação da escola marcou sua volta ao Grupo Especial, depois de 16 anos no Grupo de Acesso. Ela foi assinada por Júnior Pernambucano, carnavalesco mais jovem entre as 12 escolas do Rio, com 34 anos.

Para comemorar os 200 anos de fundação da cidade de Maricá, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, a Acadêmicos do Grande Rio levou à avenida um samba-enredo poético e diversas surpresas nas alegorias. Além de carros com detalhes articulados e um show de bailarinos, a escola arrancou aplausos do público ao levar, como parte da comissão de frente, um canhão humano, com a participação de um artista chileno profissional.

A cantora Maysa, moradora de Maricá, foi a principal personalidade homenageada pela Grande Rio. O naturalista inglês Charles Darwin, que participou de uma expedição à cidade, inspirou boa parte dos carros alegóricos e fantasias, com alusões à flora e à fauna locais. Uma enorme locomotiva com fumaça e som contou a história do progresso da cidade, que passou a transportar seus produtos agrícolas após a construção da estação de trem.


Com o tema "Favela", a São Clemente escolheu um belo samba-enredo e abusou das cores e da criatividade para falar dos hábitos nos morros. Usando muito humor, abordou a pobreza, falou de esperança, justiça social e contou detalhes da história desses locais. Entre os 3.200 componentes pôde se ver detalhes divertidos do cotidiano das comunidades: churrasquinho na laje, pipas, piscininhas de plástico e latas d'água ganharam espaço na Marquês de Sapucaí.

A escola homenageou diversas favelas do Rio em suas alas, com fantasias originais e diferentes uma das outras. A da Rocinha trouxe bastante verde nas roupas de seus integrantes, a da Mangueira tinha a árvore que dá nome ao lugar e a do Complexo do Alemão mostrava postes e fios emaranhados em cada componente. Mais criativa de todas era a que representava o Morro Santa Marta, com a enorme pedra que existe no local e uma alusão ao astro Michael Jackson, que gravou um clipe ali quando esteve no Brasil, em 1996.


Fonte: (g1)

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