Publicado em 25/07/2008 as 12:00am
Membros do governo de Rhode Island criticam eficácia de nova medida de combate a imigrantes ilegais
Membros do governo de Rhode Island, sob comando de Don Carcieri, questionaram novas medidas de intensificação do combate ao imigrante ilegal.
Membros
do governo de Rhode Island, sob comando de Don Carcieri, questionaram novas medidas
de intensificação do combate ao imigrante ilegal. Em abril, o governo
republicano criou um grupo de ações especiais, após membros da igreja
criticarem uma ordem executiva assinada em março. A ordem exigia um estado policial e prisional apto
a identificar imigrantes ilegais para possível deportação. A ordem também obriga
as agências estatais e as empresas ligadas ao Estado Federal, de usar um banco
de dados chamado E-Verify, a fim de verificar o status de imigração de novos
empregados.
"Autoridades estatais estão gradualmente diminuindo o uso do E-Verify. Mesmo
assim, até o momento, o Estado contratou 359 novos empregados desde que a ordem
entrou em vigor" disse Jerome Williams diretor do Departamento de
Administração. Uma denúncia informou que os suspeitos não foram identificados
como imigrantes ilegais quando seus nomes foram executados através do banco de
dados federal.
"Onde eles querem chegar?" disse Dom Thomas Tobin, um membro pertencente
à Diocese Católica Romana da Providência. "Será que realmente fez a
diferença, principalmente em termos de práticas de emprego do Estado? Se nós
não encontramos nenhum problema, essa medida fez realmente fez algo que fosse
mais justo e eficaz?"
Quando o governador Don Carcieri assinou a ordem, já havia estudos
estimando entre 20000 e 40000 os imigrantes ilegais que vivem em Rhode Island.
Já o percentual de prisioneiros estaduais suspeitos de violar leis de imigração
se manteve em cerca de 5 por cento na última década, disseram os críticos das
medidas. Rev. Eliseo Nogueras, que criticou a ordem pouco após a sua
assinatura, apontou que as estatísticas questionam se Rhode Island realmente sofre
de um grave problema de imigração ilegal.
Em resposta aos seus comentários, Joseph
Strasser, o ex-presidente do Naval War College, em Newport, disse que o júri não
vai investigar se a lei foi no intuito de facilitar a repressão violenta contra
os imigrantes ilegais. "Isso não é o que estamos debatendo aqui, se o
governador deveria ter feito isso, se ele não deveria ter feito isso, se os
números divulgados estavam corretos ou não", disse Strasser.
Ele pediu os membros do grupo, que se
reuniu terça-feira, para transmitir as preocupações que recebem da comunidade
imigrante sobre como a lei é executada. Essas denúncias serão avaliadas por uma
pequena equipe, incluindo Strasser e um membro do pessoal do governo antes de
serem apresentados ao grupo responsável pelo caso.
Adeola Oredola, membro do grupo, que se sensibilizou pelo caso de uma
mãe que estava ilegal no país e foi deportada, disse que o grupo deve
considerar o que poderia acontecer para as crianças que estão como cidadãs nos
EUA, caso os seus pais fossem impedidos de ficar no país. O grupo do caso pretende
se reunir novamente em outubro.
Fonte: (Brazilian Times)