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Publicado em 4/11/2008 as 12:00am

Para evitar polêmica, candidatos ignoram tema da imigração

Durante a campanha presidencial americana deste ano, o democrata Barack Obama, 47, e o republicano John McCain, 72, raramente falaram sobre a imigração

Durante a campanha presidencial americana deste ano, o democrata Barack Obama, 47, e o republicano John McCain, 72, raramente falaram sobre a imigração. O assunto tampouco foi levantado nos debates entre ambos.

Segundo reportagem do jornal "The New York Times", Obama tem engrossado o tom em relação a imigrantes ilegais e McCain definiu como prioritária a imposição de regras para legalização de estrangeiros no país, em acordo com a linha adotada pelo atual presidente dos EUA, George W. Bush. Ambos os candidatos estão lidando com o sentimento de raiva entre os americanos em relação a imigrantes.

Devido à insistência das duas campanhas em enfocar planos para a economia e invasão do Iraque, consultores das campanhas dizem que é cada vez mais improvável que o presidente eleito, seja qual for, proponha ao Congresso uma mudança na política de imigração ainda no primeiro ano de governo, ao contrário do que prometem Obama e McCain.

Em entrevista ao "NYT", Doris Meissner, que trabalhou no setor de imigração na Presidência do democrata Bill Clinton, conta que trabalha ao lado de um grupo bipartidário de especialistas com o objetivo de identificar mudanças que o próximo presidente poderá fazer, sem depender de maioria no Congresso. "As reformas que precisamos colocar em prática são tão vastas e o ambiente político tão hostil quanto a um consenso que acredito que teremos que passar por uma fase de construção de entendimento público sobre o assunto", afirmou.

Reacionários

Tanto Obama quanto McCain apóiam uma legislação que garanta a legalização de 12 milhões de imigrantes no país. Em reação à postura dos candidatos, grupos opostos se distanciaram da campanha presidencial. O alvo, agora, é o Congresso, onde eles esperam impedir que democratas conquistem grande maioria.

"Vamos ter uma Casa Branca incrivelmente ruim, estamos nos preparando para duras batalhas", afirmou ao "NYT" Roy Beck, presidente do NumbersUSA, que luta pela redução da imigração. "Temos que garantir ao menos 41 senadores para bloquear projetos de anistia de Obama ou McCain", afirmou.

Buscando ampliar o apoio à legalização, Obama se baseia nas novas regras da plataforma adotada na Convenção Democrata. Ela afirma que, apesar de os americanos se mostrarem "receptivos e generosos", as pessoas que desrespeitam a lei não são bem-vindas. Ao invés de continuar a defender a integração dos imigrantes à sociedade --como no ano passado--, os democratas incentiva, a legalização para as que as pessoas possam "sair das sombras e ficar em acordo com a lei".

Na campanha de McCain, houve uma mudança brusca em relação ao passado. O candidato não pôde evitar que o Partido Republicano defendesse, na plataforma definida na convenção de setembro passado, a rejeição ao incentivo à legalização. O partido confirmou sua posição contrária à anistia dos imigrantes ilegais e ressaltou "a rejeição dos americanos quanto à legalização em massa".

Fonte: (Folha Online)

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