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Publicado em 19/01/2009 as 12:00am

Administração Bush, agora, insiste em reforma imigratória

A poucos dias de deixar a Casa Branca, o presidente George W. Bush aconselhou a Barack Obama, que o próximo governo deve se esforçar para promover uma reforma imigratória justa e ampla

“É a melhor forma de aproximar os Estados Unidos da América Latina”, diz assessor

A poucos dias de deixar a Casa Branca, o presidente George W. Bush aconselhou ao futuro líder da nação, Barack Obama, que o próximo governo deve se esforçar para promover uma reforma imigratória justa e ampla. “A melhor forma de buscar uma aproximação com a América Latina é trabalhar, junto ao Congresso, uma saída para os mais de 12 milhões de indocumentados daquela região que vivem nos Estados Unidos”, disse o conselheiro em segurança nacional de Bush, Stephen J. Hadley. A administração do atual presidente americano, no poder desde 2001, fracassou em todas as tentativas de legalização de imigrantes.
A reforma esteve em pauta no Congresso por seis anos, mas jamais foi aprovada, especialmente pela rejeição à idéia por parte dos parlamentares republicanos. Em 2003, o próprio Bush recomendou uma iniciativa para conceder vistos temporários a três milhões de trabalhadores rurais, mas respaldou um projeto de lei em 2005 que previa a construção de um muro na fronteira e o aumento das operações do ICE, a polícia de imigração americana. Por isso, muitos ativistas acreditam que Bush não se esforçou o suficiente em favor dos indocumentados

No entanto, apesar da popularidade em baixa do atual presidente – a pior na história de qualquer dirigente das Américas – Hadley assegurou que o propósito de Bush foi demonstrar que a “liberdade é o melhor caminho para a prosperidade”. O assessor recomendou, ainda, que Obama ratifique os tratados de livre comércio com a Colômbia e o Panamá.

Por sua vez, a equipe do presidente eleito, que toma posse no dia 20 de janeiro, repetiu que o objetivo da futura administração é promover uma reforma na lei de imigração ainda no primeiro ano de mandato, conforme compromisso assumido na campanha. De acordo com um projeto publicado no material de campanha do democrata se baseia em aumentar a segurança nas fronteiras, evitando a entrada ilegal de imigrantes, mas menciona a contratação de trabalhadores estrangeiros qualificados, reunificação familiar e até a legalização de indocumentados, obedecendo, é claro, alguns critérios.

Ainda segundo este plano, as mudanças reparariam o atual sistema imigratório dos EUA, considerado pelo próprio Obama como “ultrapassado e inadequado”, mas principalmente responderiam às atuais necessidades do país, de forma “dura e prática”. “É fundamental acabar com a clandestinidade, especialmente daqueles que já vivem na América há muitos anos e não têm antecedentes criminais”, revelou um assessor de Obama, destacando que é provável que seja instituída uma multa para a legalização destas pessoas. A cidadania nestes casos poderia ser obtida depois de cinco anos da residência permanente.

Obama também quer reforçar a segurança nas fronteiras e, para tanto, incluiu em seu projeto a contratação de novos agentes. Ele, no entanto, acredita que as operações conduzidas pelo ICE não são eficazes, pois “causam grandes danos às famílias”. O governo tem incentivado as ações da polícia de imigração e o número de indocumentados detidos em média todos os anos já passa de quatro mil.
Para aprovar a reforma imigratória no Congresso, o futuro governo deve ter 60 dos 100 votos do Senado e dois terços dos 435 votos na Câmara de Representantes. Em caso de aprovação de projetos distintos, a presidência do Congresso – nas mãos dos democratas – convocará o chamado “Comitê de Conferência”, integrado por membros dos dois partidos, para harmonizar o texto e apresentar uma versão final. Vale lembrar que os democratas obtiveram, no Senado, 57 cadeiras nas últimas eleições em novembro e detêm ainda os votos dos dois parlamentares considerados independentes.

Fonte: (acheiUSA)

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