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Publicado em 23/01/2009 as 12:00am

Prefeitura de Nashua - NH ensina "competência cultural"

Lideranças imigrantes e um capitão da polícia debatem sobre qual seria a recepçãoideal para imigrantes e refugiados que chegam a Nashua, em New Hampshire

Num workshop de duas horas, a prefeitura da cidade reuniou 20 lideranças locais para debater “competência cultural.”

Dito assim, o tema pode parecer filosófico demais. Mas, dois exemplos da vida real foram usados para ilustrar como se adaptar à vida nos EUA não é tão simples. “Às vezes os brasileiros se sentem isolados e não sabem onde buscar serviços de saúde,” disse Gilson de Souza, pastor da Igreja Grace Fellowship.

Souza foi um dos panelistas do encontro “Cultural Integration,” organizado pela cidade de Nashua, com apoio de várias ONGs locais.

A instrutora da ONG New Hampshire Minority Coalition, Lynn Clowes, falou sobre os vários aspectos da relação entre os recém-chegados e os cidadãos nativos. Lynn apresentou um gráfico em que descreve a interação entre os povos em New Hampshire em 5 estágios: apreciação, aceitação, tolerância, indiferença e repulsa.

É preciso a aprender a ver o outro sob o olhar do outro. E se depois da sua tentativa de ajudar o estrangeiro reage mal, você não deve se ofender, porque os objetivos da relação não é manter os seus sentimentos intactos, mas sim a comunicação efetiva,” disse ela.

Apesar de pequeno, New Hampshire, um Estado conservador ao nordeste dos EUA, tem altos níveis educacionais, e foi apontado em estudo recente do governo federal, como o Estado que menos vê casos de gravidez na adolescência, 11 em cada 1 mil adolescentes.

Não me tratem como cidadão americano. Me dêem ajuda, porque no meu país, eu não estava acostumado a pagar aluguel. Aqui não tenho nem acesso aos transportes públicos,” disse Daniel Daniel Nyabenda, africano que viveu toda sua vida em campos de refugiados no Burundi.

Pouca gente sabe disso, mas toda família de refugiados que chega aos EUA com ajuda da ONU tem a responsabilidade de pagar os custos da viagem de volta. Para uma família de quatro pessoas a dívida fica em torno de US$4 a 5 mil.

Quando você isola o recém-chegado nos EUA, você torna ele um refugiado em pleno primeiro mundo,” Samba Halkose, professora oriunda da República Democrática do Congo, na África.

Fonte: (Eduardo A. de Oliveira - EthnicNewz.org)

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