Publicado em 11/11/2009 as 12:00am
Candidato ao Senado é contra a anistia para imigrantes
Marco Rubio, um candidato ao Senado dos EUA e que recentemente começou a cortejar a ala conservadora do Partido Republicano, tomou uma posição firme contra a imigração ilegal
Faz sentido essa posição, pois quando ele era o poderoso presidente da Câmara da Flórida e por diversas vezes teve às mãos projetos de lei para controlar a imigração ilegal, nunca os levou à votação.
"Muitos estão com raiva dele por ter bloqueado aqueles projetos de lei'',
disse David Caulkett, fundador do Floridians for Immigration Enforcement. “Rubio
afirma que se opõe à anistia, mas ainda não sei se devemos acreditar nele''.
Rubio disse que não mudou a sua posição à concessão de cidadania aos imigrantes
ilegais, mas que o problema deve ser solucionado pelo governo federal, não
pelos estados. O Legislativo se concentrou em reformas tributárias e de
seguros.
"Nós escolhemos uma ou duas questões fundamentais'',
Rubio disse em uma entrevista recente. "Estados não podem resolver o
problema da imigração ilegal”.
O histórico desse candidato em matéria de imigração está sendo estudado,
no momento em que o problema está na sua
agenda e na campanha que desencadeou contra o governador Charlie Crist, a qual
está ganhando terreno.
O tema Imigração não aparece em nenhuma parte do estudo: "100 idéias inovadoras para o futuro da Flóridah, que Rubio compilou quando era presidente da Câmara. No entanto, agora, está entre os nove temas listados no site de sua campanha.
Ele é filho de exilados cubanos de Miami e diz que se opõe à proposta
apresentada em 2006 pelo ex-senador Mel Martinez - cujo abandono precoce fez
com que Rubio adiantasse sua campanha para o Senado em 2010. A proposta de Mel
Martinez sugeria a permissão para que imigrantes ilegais solicitassem a
cidadania. Crist aprovou o projeto de lei.
Em sua campanha, Rubio por diversas vezes, menciona o termo "estrangeiros
ilegais'', um termo jurídico que pode ser ofensivo, no ponto de vista de muitos
ativistas.
"O tom dele sobre o assunto mudou, por motivos políticosh, disse o
deputado Juan Zapata, membro do comitê executivo do Conselho Nacional Hispano
de Legisladores Estaduais, que apóia o governador Crist.
Depois que a reforma das leis de imigração entraram em colapso no Congresso, as
assembléias estaduais de todo o país foram convidadas a tomar medidas sobre o
assunto. Em 2008, foram estudados 1,305 projetos e 206 entraram em vigor, de
acordo com a Conferência Nacional dos Legisladores Estaduais.
Em 2009, os seis projetos de lei na Flórida penalizavam os agricultores que
contratavam trabalhadores ilegais, exigiam prova de cidadania para que um
empregado recebesse benefícios do governo, pediam à polícia para entregar os
suspeitos de serem imigrantes ilegais e permitiam a deportação de
indocumentados que cumpriam penas de prisão.
Como presidente da Casa, Rubio decidia se os projetos de lei eram apresentados ao plenário ou não. Os projetos de lei de imigração foram debatidos, então, em plenário público, permitindo aos legisladores ouvirem ativistas de ambos os lados, sem que tivessem que votar.
Fonte: (Tradução - Phydias Barbosa)