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Publicado em 13/10/2010 as 12:00am

Imigrante vive legal por 69 anos nos EUA pensando estar ilegal

Ela nos EUA mais de 60 anos, mas vivia com medo de ser deportada porque não sabia que estava legal

 

Eulália Garcia Maturey passou por dois casamentos, tem dois filhos e atravessou as leis de imigração da década passada. Agora aos 101 anos de idade, ela está prestes a se tornar cidadã dos Estados Unidos. Ela descreve esta sensação como “liberdade” e que tornar-se uma cidadã deste país nesta época da vida é muito importante. “Eu quero passar o resto dos meus dias nos Estados Unidos. Fui criada aqui e quero morrer aqui”, disse ela.

A história de Eulália começou dia 12 de outubro de 1909, quando ainda bebê, atravessou o Rio Bravo nos braços de sua mãe. Naquela época era muito comum cruzar a fronteira dos Estados Unidos e os oficiais de fronteira se atinham às questões aduaneiras.

A mãe ganhou dinheiro lavando roupas e Eulália abandonou os estudos após cursar a 3ª série do primário. A intenção era ajudar sua mãe no trabalho.

O primeiro casamento de Eulália aconteceu quando ela tinha apenas 16 anos de idade, mas o marido morreu cinco anos depois. Passou-se algum tempo e ela teve um segundo casamento, com quem teve dois filhos.

A legalização de Eulália foi iniciou em 1940, quando uma lei federal determinava que todas as pessoas não-cidadãs deveriam se registrar junto a algum órgão do Governo. Ela, junto com milhões de imigrantes preencheu o documento e dia 4 de abril de 1941 recebeu um certificado de entrada legal no país.

O problema é que o pouco estudo de Eulália fez com que ela pensasse que o documento tinha validade que estava vivendo ilegalmente no país. Ela temia perguntar para algum oficial da Imigração a legalidade do documento com medo de ser deportada. Durante décadas ela viveu achando que era uma imigrante indocumentada e agia como tal, evitando polícia e qualquer sinal da Imigração, fazia com que ela tremesse de medo.

A descoberta de sua legalidade no país aconteceu em 2008, quando ela decidiu perder o medo e ir a um escritório de Imigração para procurar informações. Acompanhada da sobrinha Yolanda Ovalle, Eulália contou sua história para a agente Sheila Lucio.

Segundo a agente, de início o nome de Eulália não constava no sistema de informações do órgão. Isso porque quando ela se registrou, não havia computadores. Neste momento ela retirou da bolsa um papel com 69 anos de idade. Era o tal certificado de entrada legal no país. “Graças a este documento conseguimos localizar, em Washington, os registros em nome dela”, fala salientando que a imigrante sempre viveu legalmente nos Estados Unidos.

Eulália passou no exame de cidadania e a cerimônia acontecerá em Brownsville, no Texas. Ela nunca chorou perto dos parentes e eles lhe perguntam se será desta vez. Ela responde: “quien sabe?”, mas assegura que este será o dia mais importante de sua vida.

Fonte: (Da redação)

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