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Publicado em 23/04/2011 as 12:00am

Filme sobre imigração conquista Cannes

Após o surpreendente e polêmico A Árvore da Vida (Tree of Life), de Terrence Malick, o 64º Festival de Cannes recebeu com aplausos entusiasmados nesta terça-feira (17) Le Havre, um filme repleto de humor e fraternidade do finlandês Aki Kaurismaki, que dis

Após o surpreendente e polêmico A Árvore da Vida (Tree of Life), de Terrence Malick, o 64º Festival de Cannes recebeu com aplausos entusiasmados nesta terça-feira (17) Le Havre, um filme repleto de humor e fraternidade do finlandês Aki Kaurismaki, que disputa a Palma de Ouro.

Filmado na cidade de Le Havre, o longa-metragem, no qual Andre Wilms interpreta um lustrador de sapatos que tenta salvar um menino africano que chega clandestino a este porto do norte da França, foi um dos mais aplaudidos até o momento no festival, no qual os críticos já foram submetidos a fortes doses de filmes deprimentes.

Apoiado por amigos e comerciantes em um bairro de Le Havre - que Kaurismaki recria nos anos 50 e 60 -, o protagonista protege o menino e o ajuda a viajar, de forma clandestina, a Londres, onde está sua mãe. "Filmei um conto de fadas, mas a realidade é muito mais triste", afirmou Kaurismaki, na entrevista coletiva no Palácio dos Festivais de Cannes após a exibição do filme, que é interpretado em francês.

O cineasta finlandês admitiu que o mundo é mais obscuro que o mostrado no filme, marcado por belas imagens e um clima de ternura e nostalgia. "Tinha 10 anos quando me decepcionei com a vida, mas decidi dizer que não estou (decepcionado), e criar esperança para os outros".

"Quanto mais cético e cínico me torno, mais ternos são meus sentimentos, não posso mudar. Com a idade, me tornei mais suave e até gosto dos meus personagens", disse o diretor.

Le Havre
Terceiro filme do cineasta finlandês em Cannes, o longe vem depois de O Homem sem Passado (2002) e Luzes na Escuridão (2006) - aborda o tema da imigração, um dos mais atuais na França e na Europa. Além disso, o filme de Kaurismaki é um dos três procedentes de países escandinavos na disputa da Palma de Ouro, ao lado de Melancholia, de Lars von Trier, e Drive, de Nicholas Winding Refn, duas fitas dinamarquesas faladas em inglês.

O programa desta terça-feira inclui ainda a exibição do filme Pater, do francês Alain Cavalier, também na disputa do prêmio principal. Além disso, fora de concurso, foi exibido o filme americano Um novo Despertar (The Beaver), dirigido e protagonizado pela vencedora do Oscar Jodie Foster, no qual Mel Gibson, que se viu no meio de um escândalo por gritar frases antissemitas e por gravações nas quais ofendia a esposa, interpreta um homem depressivo à beira da loucura.

O festival assiste ainda, também fora de concurso, um documentário em forma de homenagem sobre a carreira de Jean Paul Belmondo, um dos atores mais importantes do cinema francês, que completou 78 anos em abril.

Fonte: (AFP / Terra)

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