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Publicado em 18/05/2011 as 12:00am

Geórgia sanciona a mais dura lei anti-imigração da história

O governador da Geórgia, Nathan Deal, assinou na sexta-feira(13), a lei HB 87, uma medida anti-imigração similar à SB 1070 do Arizona, em meio a protestos de organizações civis e da comunidade imigrante e brasileira nos Estados Unidos.

O governador da Geórgia, Nathan Deal, assinou na sexta-feira(13), a lei HB 87, uma medida anti-imigração similar à SB 1070 do Arizona, em meio a protestos de organizações civis e da comunidade imigrante e brasileira nos Estados Unidos. A medida permite às autoridades locais verificar o status migratório de uma pessoa que aparente ser indocumentado e pune quem abrigar ou transportar imigrantes ilegais, cláusula que gerou preocupação entre congregações religiosas e organizações civis que atendem esta comunidade.

Além disso, a lei exigiria de empresas com mais de dez funcionários que utilizassem o sistema de verificação federal de dados "E-Verify" para checar a situação migratória de seus contratados. Após a promulgação, o governador declarou tratar-se de "um momento histórico para a Geórgia" e afirmou que a lei é uma resposta à falta de ação do governo americano com relação à imigração.

Enquanto o governador assinava a lei, acompanhado de seu autor, o republicano Matt Ramsey, do lado de fora um grupo de manifestantes protestava contra a ação de Deal. "Esta sexta-feira, 13 de maio, passará para história como um dia muito obscuro para a Geórgia", declarou Jerry González, diretor-executivo da Galeo, uma organização que busca aumentar a representação latina em órgãos públicos. "Estamos profundamente indignados e preocupados pelo fato de o governador ter decidido assinar a HB 87, porque vai causar graves danos à Geórgia hoje e em nosso futuro", indicou o ativista.

Outras organizações civis também condenaram nesta sexta-feira a promulgação da lei que entrará em vigor em 1º de julho e à qual qualificam como uma "cópia" da S.B. 1070 do Arizona. "É, sem dúvida, outro insulto à nossa comunidade, mas também é uma amostra da 'fanfarrice politiqueira' do governador e das maiorias na Câmara de Representantes e no Senado da Geórgia", avaliou Adelina Nicholls, da Aliança Latina da Geórgia pelos Direitos Humanos (GLAHR).

A organização pediu à comunidade que não se deixe levar pelo "pânico" diante da lei e advertiu que a combaterão em "todas as frentes", incluindo no plano legal. A proposta recebeu sinal verde no legislativo estadual em março, no último dia de sessões e depois de intensos debates e da forte oposição de organizações que lutam pelos direitos dos imigrantes, assim como de várias indústrias que serão afetadas, como a agricultura e o turismo.

A indústria agrícola, o principal motor econômico do estado com renda de cerca de US$ 68 bilhões ao ano e que emprega entre 50% e 70% de pessoas que fazem trabalhos por um dia, incluindo muitos imigrantes ilegais, foi uma das maiores opositoras da medida. Além disso, várias organizações convocaram ações de boicote econômico e designaram 1º de julho o "Dia sem Imigrantes" na Geórgia. O setor do turismo, que gera cerca de US$ 34 bilhões e emprega cerca de 250 mil pessoas na Geórgia, é um dos setores que poderia ser mais afetado por um boicote, segundo ativistas.

Fonte: (terra.com.br)

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