Publicado em 6/04/2012 as 12:00am
Brasileiro esconde-se em lata de lixo quando vê o ICE
Brasileiro esconde-se em lata de lixo quando vê o ICE
Era uma quinta-feira, parecia ser mais um dia como outro qualquer na vida de Wanderley (nome fictício). Semanalmente quando é dia de lixo, ele sai andando pelas ruas coletando alguns utensílios os quais envia para o Brasil, onde um irmão vende como objeto usado. Desta forma consegue levantar um bom dinheiro.
Mas nesta quinta-feira (05), algo diferente aconteceu e Wanderley contou à redação do jornal Brazilian Times que nunca havia passado tanto medo quanto desta vez. “Nem mesmo quando atravessei o rio Bravo no México para chegar a este país”, disse.
Ele entrou em uma determinada rua para pegar uma impressora e duas molduras de quadro que estavam em um lixo numa casa que faz esquina com a Broadway na altura do Foss park, em Somerville – Massachusetts. Até ai tudo bem, mas o que ele não sabia é que na esquina do outro lado entraria uma viatura do ICE.
Quando ele avistou, por cima de um arbusto o veículo, imediatamente retirou um saco de lixo de um tambor e entrou. Para garantir a sua proteção, colocou a sacola retirada por cima. Como não sabia se os agentes iriam parar nas proximidades, Wanderley ficou por mais de uma hora escondido. “Eu suava frio e o medo me fazia tremer todo”, fala ressaltando que entrou no país através da fronteira mexicana e que tem corte de imigração vencida.
Durante uma conversa divertida na redação do jornal, ele topou contar esta história, mas sem divulgar seu nome verdadeiro. Ele é natural de Minas Gerais e vive nos Estados Unidos há mais de seis anos. Coletar lixo e enviar para o Brasil já faz parte de sua vida há alguns anos. “Eu pego coisas usadas que podem ser reaproveitadas e envio por caixas para a minha cidade”, fala. Depois o irmão de Wanderley recebe os produtos e revendo em uma loja de produtos usados. “Nós ganhamos mais de 200% em cima, pois a única despesa é os custos do envio”, explica.
Wanderley disse que mais dois amigos que moram com ele sabem da história e por isso teme que vire motivo de piada entre os brasileiros. Ele frequenta todos os dias o “Dunkin Donutus” para conseguir alguns bicos como pintor e por isso sabe que se seu nome for divulgado, se tornará o assunto do momento.
Ele conta que existem muitos brasileiros que vão ao Dunkin somente para “bisbilhotar” a vida das pessoas e depois sair contando por ai. “Pegar uma impressora usada ou uma televisão no lixo não é vergonha, mas muita gente não pensa desta maneira.
Depois que passou mais de uma hora, ele levantou com calma a sacola de lixo e ao perceber que não havia mais sinal da viatura, correu em busca de um esconderijo mais sewguro. Ele entrou na redação do jornal Brazilian Times onde permaneceu até o fechamento da edição e entre um textoe outro, todos se divertiam com a história.Fonte: (da redação)