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Publicado em 24/11/2014 as 12:00am

Brasileiros comentam Ordem Executiva de Obama

O presidente Barack Obama anunciou na noite de quinta-feira (20), as medidas que estarão em sua Ordem Executiva

O presidente Barack Obama anunciou na noite de quinta-feira (20), as medidas que estarão em sua Ordem Executiva, que prevê corrigir alguns pontos das leis de imigração dos Estados Unidos. Uma das principais foi dar Autorização de Trabalho para pais de crianças nascidas nos Estados Unidos. Apesar de não ser o que todos esperavam, cerca de cinco milhões de imigrantes festejaram, pois se incluem nestas novas medidas.

O Brazilian Times conversou com alguns brasileiros para saber o que eles pensam sobre o assunto.

Kágila Colombo, que trabalha com organização de casamentos em Massachusetts, hesitou em dar a entrevista devido a sua timidez. Mas no final acabou revelando o que pensa e que se sente grata ao presidente Obama. “Eu fui agraciada pelo DACA, a ordem que ele assinou e beneficiou milhares de jovens”, disse.

Para ela, estas ações do presidente Obama pode não ser uma ampla reforma nas leis de imigração, mas estão beneficiando milhões de trabalhadores e imigrantes que só querem viver neste país. “Por menor que seja a Ordem Executiva, ela sempre trará resultados positivos”, continua.

Kágila, que mora em Revere (Massachusetts), foi uma das beneficiadas com o Deferred Action for Childhood Arrivals, assinada em 2012 pelo presidente Obama, que concedeu benefícios à milhares de jovens. Graças ao programa, ela conseguiu Social Security, Carteira de Motorista, Work Permit e Travel Authorization.

Ela lembrou que tem um amigo da Guatemala, que trabalha em uma joalheria. “Ele tem dois filhos pequenos e mora nos EUA há oito anos. Agora ele também poderá ter os mesmos direitos que eu tenho”, comemora.

A produtora de Eventos, Márcia Pretto, também defende que a ação de Obama foi fraca, comparada ao que ele promoveu em suas campanhas. “Não vejo isso como anistia e nem caminho para cidadania, como está sendo divulgado”, fala.

Márica, que mora em Everett (MA), tenta entender porque o presidente deixou fora deste programa, pessoas que moram há anos no país, pagam seus impostos corretamente e não possuem problemas com a justiça. “Todos deveriam ser beneficiados”, fala ressaltando que os republicanos, a partir de agora, vão usar tudo isso contra os Democratas e ganhar cada vez mais votos. “Aí sim, coitado dos outros imigrantes”, conclui.

A ativista Lídia Souza, que mora em Stoughton (MA), afirma que o Presidente Obama “realmente mostrou firmeza, clareza e muita sensibilidade”. Ela explica que ele ouviu o apelo dos grupos pós-imigrantes, que por sinal mais uma vez mostraram força e união. Segundo ela, Obama priorizou a “não separação das famílias”.

Lídia disse entender que muitos ficaram frustrados, pois esperavam algo mais abrangente. “Infelizmente o presidente criou um funil onde só passa quem tiver filhos nascidos no país, ou quem chegou antes de completar 16 anos de idade de 2010 para trás”, lamenta.

Mas ela tranquiliza os mais de seis milhões de imigrantes que ficaram de fora. “Quem não se encaixou agora, precisa esperar por uma mudança do congresso”, finaliza.

O empresário do ramo gráfico, Daniel Maximus, destacou que as deportações de imigrantes atingiram números recordes nos Estados Unidos durante o governo de Barack Obama, considerado até mais rígido que os anteriores. “Espero que o presidente use de sua autoridade e ajude milhões de pessoas que sofrem com a ilegalidade”, disse.

A Ordem, segundo ele, não beneficia todos, mas abrirá caminho para uma possível reforma imigratória. “Temos que confiar e esperar”, fala.

O ativista brasileiro Carlos AF Da Silva disse que ficou chateado com a mídia e as pessoas que criticaram a iniciativa de Obama, dizendo que ele não fez nada. “O presidente deu o passo conforme a sua perna”, afirma ressaltando que “nem Jesus agradou a todos, em todos os momentos, da mesma forma que esta ação executiva não agradou e realmente não beneficiará a todos”.

Porém, segundo ele, é preciso aplaudir a coragem do presidente por tomar tal ação em momentos difíceis de sua administração e tirar milhões de famílias das sombras e das garras dos leões.

Carlos fala que enquanto Jornais, emissores de TV e radialistas estão furiosos com o Presidente, o mais importante neste momento de ódio dos Republicanos, é a união dos imigrantes. “Esta ação do Presidente só está acontecendo devido à nossa pressão fazendo lobby em Washington e marchando pelas ruas dos Estados Unidos, onde contamos com apoio geral dos líderes comunitários, sindicais, políticos, religiosos, acadêmicos e mídia comunitária”, acrescenta.

Fonte: Da Redação do Brazilian Times | Texto de Luciano Sodré

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