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Publicado em 14/04/2016 as 2:00pm

Em Nova York, fãs de Bernie Sanders esperam semana menor e maconha

Manifestantes pintam o rosto de azul e branco antes de comício de Bernie Sanders em Nova York

A paulista Rachel Maria, 26, tem uma tese para o sucesso de Bernie Sanders, um senhor de 74 anos que junta na mesma praça as bandas alternativas Vampire Weekend e Dirty Projectors, a atriz Rosario Dawson e os cineastas Spike Lee e Tim Robbins, mais milhares de simpatizantes —muitos dispostos a pagar US$ 5 em broches como "burn one for Bernie" (queime um por Bernie –estamos falando de maconha).

"É o efeito [Eduardo] Suplicy", diz a publicitária, que não vota nos EUA, mas apoia o pré­candidato democrata "que muito me lembra" o ex­senador petista famoso por incluir Racionais MCs e Bob Dylan em discursos. "Fofo."

Hillary Clinton pode estar dez pontos à sua frente nas pesquisas para a primária de Nova York, dia 19, mas o senador por Vermont nascido no Brooklyn predomina num grupo em que sua rival na disputa democrata à Casa Branca vai mal, os jovens.

E eles foram em peso ao comício no Washington Square Park, nesta quarta (13), em Nova York, para ouvir Sanders clamar pela "revolução política", defender igualdade salarial entre mulheres e homens e criticar o "1%" (parcela da população que teria mais dinheiro que os outros 99%).

"Ele é a cara do meu avô, e meu avô tem hemorroidas e um fraco por Ronald Reagan [ex­presidente republicano]. Quem diria que seria o meu cara", brinca o barista Yuri Durante, 28, que pedalou 13 km para chegar no local, com sua dachshund Nina Simone na cestinha.

Quatro dias de trabalho por semana, legalização da maconha e do aborto, maior salário mínimo e um "chute no traseiro de Wall Street" foram expectativas que a Folha ouviu sobre Sanders.

Uma porta­voz da campanha pede "amor e energia", mas lembra de uma dificuldade extra em Nova York: a primária é fechada –só vota quem tiver se registrado pelo partido até 9 de outubro de 2015 ou 25 de março (novos eleitores). Filhos do republicano Donald Trump, por exemplo, lamentaram ter perdido o prazo para se filiar à legenda do pai.

É o calcanhar de Aquiles do senador, popular entre eleitores sem filiação. ""Nem todos que querem votar no Bernie podem", diz a moça, que conta ainda ter largado um emprego para seguir a caravana de Sanders.

Enquanto ela fala, parte da audiência tenta derrubar o cercado que organiza a multidão na praça. "É o muro de Trump!", berra um, em referência à proposta do empresário de construir uma barreira entre EUA e México.

A luta da vez é contra Hillary, mas o alvo da plateia foi Trump. De máscara, terno e barriga falsa improvisada com papel amassado, o sósia Kalan Sherrard carregava o cartaz "Beat Up Trump" (trocadilho entre derrote/espanque Trump).

A performance incluía oferecer um flutuador de piscina para quem quisesse bater nele. Não faltaram voluntários

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br

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