Chegou o Classificado do Brazilian Times. Divulgue ou busque produtos e serviços agora mesmo!

Acessar os Classificados

Publicado em 1/08/2016 as 1:00pm

Pedidos de asilo representam desafio ao sistema migratório

Imigrantes se entregam em postos da Alfândega na fronteira com o México na esperança de aplicarem para asilo nos EUA

Enquanto fica cada vez mais difícil pular as cercas ou atravessar o deserto sem ser detectado, cada vez mais imigrantes estão tentando conseguir asilo nos pontos legais de entrada nos EUA. O fenômeno representa um novo desafio às leis migratórias atuais. Desde 2010, os “inadmissíveis”, termo usado pelo Departamento de Alfândega e Proteção das Fronteiras (CBP) para as pessoas detidas quando tentam entrar clandestinamente nos EUA, aumentou 30% na divisa com o México. As áreas mais críticas são: San Diego, Tucson, El Paso e Laredo.

A região de Laredo é a mais movimentada, com quase 50 mil pessoas que já passaram por esse ponto de entrada no Texas com apenas 2 meses para o fim do ano fiscal, em contraste com 24.500 em 2010. Já em Tucson, o número de guatemaltecos aumentou de 28 em 2010 para 2.323 até agora em 2016. Entretanto, no geral o índice permaneceu quase inalterado, em virtude da queda do número de mexicanos que tentam cruzar clandestinamente a fronteira do Arizona.

Assim que as pessoas se entregam em um ponto da Alfândega, elas alegam que têm medo de retornarem aos seus países de origem e isso dá início ao processo de asilo, que pode demorar vários anos para ser concluído.

“Cada vez mais na fronteira sul, o novo desafio é o fluxo misto”, disse Doris Meissner, antiga comissária do Serviço de Imigração e Naturalização (INS) e colaboradora do Instituto de Política Migratória (MPI). “A imigração clandestina de homens jovens e mexicanos adolescentes que basicamente estão vindo em busca de emprego basicamente já passou”.

As tendências migratórias recentes foram dominadas por famílias centro-americanas e menores de idade que possuem motivos mais complexos para tentar entrar nos EUA: O medo da violência, gangues de rua e outros perigos, acrescentou Meissner.

Os cubanos foram os responsáveis por grande parte desse crescimento. Desde o ano fiscal de 2010, o número de cubanos que se entregam em postos da Alfândega cresceu de 5.500 para quase 34 mil até junho desse ano fiscal. Eles se beneficiam da lei conhecida como “pé molhado, pé seco”, que os permite ficar no país e pedir asilo, uma vez que pisem em território dos EUA. No passado, a rota principal era Miami, mas o fluxo diminuiu em decorrência do aumento da vigilância no litoral da Flórida. A prática se tornou tão comum que os cubanos receberam outro apelido: “Pés empoeirados”.

Enquanto as relações entre Cuba e os EUA melhoram, muitos cubanos temem que tal mude. Meissner acrescentou que o número de cubanos também possa impactar os fluxos vindos de outros países.

“Os cubanos se apresentam nos pontos de entrada porque sabem que serão admitidos”, disse ela.

Com a divulgação dessa notícia, acrescentou Meissner, os outros imigrantes tendem a fazer a mesma coisa na esperança de conseguirem uma audiência migratória.

Fonte: braziliantimes.com

Top News