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Publicado em 29/03/2017 as 1:30pm

Brasileira leva duas filhas pequenas para marcha pró-imigrantes em Michigan

"Queria que elas entendessem a atual situação política do país", disse Andréia em meio às centenas de manifestantes que gritavam pelos direitos dos imigrantes.

Centenas de manifestantes enfrentaram a chuva no sábado (25/03) para se reunir em frente ao Edifício Federal em Ann Arbor (Michigan) e marchar pelos direitos dos imigrantes à luz da proibição de viagens do presidente Donald Trump, que foi bloqueada por juízes federais no Havaí e Maryland na semana passada.

A missão da Marcha dos Imigrantes em Ann Arbor, organizada pelo residente Brad Adam e uma organização chamada Stop Trump Ann Arbor, incluiu a promoção da mensagem compartilhada na página do evento: "Nenhum ser humano é ilegal".

A marcha também teve como objetivo remover o Immigration and Customs Enforcement (ICE) de comunidades vizinhas e desafiar as políticas de imigração da administração Trump. O evento foi similar a um evento programado para acontecer em Washington, DC, num futuro próximo.

A voluntária da Marcha, Alexandria Schulz, aluna da Universidade de Michigan UM), juntou-se ao grupo por causa de sua própria cultura. O pai dela é um imigrante de Trinidad e Tobago, e acredita que a imigração é um tema que afeta todos os americanos. "A menos que você seja nativo-americano, você é imigrante ou descendente de imigrantes", disse ela.

Debbie Dingell (Democrata/Michigan) esteve presente e agradeceu aos manifestantes por unirem-se nesta luta pelos direitos de todos os americanos, exortando-os a não serem divididos pelo ódio e pelo medo. "Estamos na chuva e no frio, porque estamos protegendo a Constituição", exclamou a legisladora para a multidão que a aplaudiu fervorosamente.

Dingell prometeu defender os direitos dos imigrantes quando retornar a Washington, D.C.

Lin Wang, um calouro de LSA, também deu o seu apoio porque acredita que é importante para ele defender os direitos dos imigrantes. "Eu sou filho de imigrantes, então sinto que devemos apoiá-los", disse. "Tudo o que está acontecendo na política não representa o que de fato é a América".

A multidão consistia em estudantes da UM, professores, residentes de Ann Arbor e até estudantes de Albion. Entre eles estava Allegra Graf, de seis anos, filha do professor de Arte e Design Roland Graf. Seu pai é de origem austríaca, e sua mãe, que é do Brasil, deu à luz Allegra em Viena (Áustria).

Andréia Graf explicou que trouxe Allegra e sua outra filha, Vida, que tem três anos de idade, para a marcha para ajudar as filhas a entender as questões que o país está enfrentando.

Quando perguntado por que ela se juntou à marcha, Allegra - segurando um cartaz que dizia "não é bom Sr. Trump"- respondeu: "Porque Donald Trump não está deixando todas as pessoas de diferentes terras viverem aqui".

Os demais residentes da cidade pararam para assistir a procissão marchar pela Liberty Street antes de virar para State Street e seguir ao Diag. Durante o percurso alguns se juntaram aos cantos dos manifestantes: "Sem ódio, sem medo, os imigrantes são bem-vindos aqui" e "Nenhuma cooperação com a deportação de Trump."

Antes e depois da marcha, os oradores contaram suas histórias para os manifestantes. Voluntários de Stop Trump Ann Arbor também falaram, discutindo seus esforços para ajudar vítimas de detenções e deportação. A sênior de Art & Design, Keysha Wall, falou sobre a importância da ação no clima político atual.

"Ganhamos a liberdade para Yousef, que é pai de quatro filhos em Ann Arbor, que estava sendo mantido preso em Kalamazoo", disse. "Nós também estamos trabalhando para obter fiança para outro morador de Ann Arbor. Estamos dizendo que não há cooperação com a ICE. Ann Arbor precisa se tornar uma cidade santuária e a Universidade de Michigan precisa se tornar um campus santuário".

Cartazes levantados pelos manifestantes diziam "famílias não têm fronteiras" e "sem imigrantes, Trump não poderia ter tantas esposas", incluindo uma faixa que dizia, "os imigrantes fazem a América grande" segurada por um homem usando um uniforme de prisioneiro nas cores preto e branco e ostentando uma máscara de papel machê da cabeça de Trump com uma expressão mal-humorada.

Fonte: Brazilian Times

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