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Publicado em 17/07/2017 as 5:00pm

Brasileira quer criar grupo de apoio ao imigrante em Framingham (MA)

Margareth Shepard disputa um cargo como vereadora da cidade e quer buscar apoio aos indocumentados de sua região.

Shepard quer mais empenho em defesa dos imigrantes

 A goiana Margaret Shepard está na corrida por uma cadeira como vereadora pela cidade de Framingham (Massachusetts). Além de abordar assuntos de interesse para o desenvolvimento da região, ela também está imbuída em criar projetos que protejam e ajudem os imigrantes indocumentados.

“Todos sabem que nossa cidade foi reconstruída com o apoio desta classe e sem a presenta deles aqui, Framingham não seria o que é hoje”, afirma.

A candidata ressalta que, devido às ações impostas pelo presidente Donald Trump, a vida do imigrante se tornou muito difícil, “inclusive a dos brasileiros”. Ela ressalta que os agentes de imigração estão indo além do que é divulgado pela mídia. “Eles estão prendendo e deportando todos que encontram pelo caminho”, afirma.

Por isso, Shepard vai realizar uma reunião, no dia 8 de agosto, na Biblioteca de Framingham para organizar a criação de um grupo que vai discutir assuntos ligados às recentes ações do Immigration and Customs Enforcement (ICE), bem como as novas ordens de prender qualquer imigrante, independente do recorde criminal. “Temos que encontrar um meio para barrar a separação das famílias e a deportação de trabalhadores honestos que contribuem para o crescimento da sociedade”, afirma.

Ela explica que a reunião do dia 8 servirá, também, para discutir como ajudar as pessoas que estão sendo vítimas destas ações. “Famílias ficam enquanto seus entes queridos são separados pela deportação. Temos que ajudá-las”, afirma.

Shepard ressalta que é importante que os ativistas as pessoas envolvidas denunciem o que está acontecendo para que as histórias cheguem ao conhecimento do maior número de cidadãos norte-americanos possível. “Digo isso pelo fato de estarmos próximos das histórias, pensamos que todos no país sabem disso. Mas não é verdade e precisamos criar meios para mostrar que o ICE está agindo diferente do que é divulgado pelo presidente na mídia”, continua.

Ela cita alguns exemplos que tomou conhecimento sobre imigrantes deportados sem a chance de se defender e que não tinham nenhum recorde criminal. “Uma pessoa que morou em Framinhgam por 13 anos, trabalhava como cozinheiro e tinha uma filha de 12 anos nascida aqui, foi preso por uma infração de trânsito e sem nenhum julgamento os agentes do ICE o levaram até o aeroporto e o forçaram a assinar um documento onde concordava em sair do país voluntariamente. “Ele não teve nem o direito a um telefonema”, disse. “Foi forçado psicologicamente a assinar o papel e sair”, continua.

Histórias como esta, de deportação sumária, estão acontecendo com frequência na comunidade e Shepard afirma que por isso é preciso, em caráter de urgência a criação de um grupo. “Neste caso, específico, eu contei com uma grande ajuda do Senador Jamie Eldrige, de Malrborough (MA). Ele deu total suporte para a família e tem sido um dos políticos que mais lutam pela defesa do imigrante”, disse.

Outro caso citado por Shepard para provar que o ICE está prendendo imigrantes aleatoriamente foi a de um brasileiro que viveu por 19 anos nos Estados Unidos. Ele trabalhava como garçom e há 18 anos teve um processo por dirigir embriagado, logo que chegou do Brasil. “Ele foi ao tribunal, pagou todas as taxas e multas e cumpriu todas as determinações judiciais. Ou seja, não devia mais nada para a justiça e até agora não cometeu nenhuma irregularidade e até ganhou uma Autorização de Trabalho”, fala. “Mas na quarta-feira, dia 12, um juiz de imigração lhe deu dois meses para deixar o país”, continua.

Histórias como esta foram o que motivaram a candidata a criar o grupo de apoio. Ela ressalta que já acionou diversas autoridades, pediu ajuda, e quer encontrar um caminho para impedir que casos de injustiça contra trabalhadores imigrantes continuem a acontecer. “Mas para isso, eu preciso que as pessoas envolvidas entrem em contato comigo. Podem enviar uma mensagem de texto para o número (508) 922-7358. Todas as informações serão mantidas em sigilo”, finaliza.

Fonte: Redação - Brazilian Times

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