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Publicado em 6/10/2017 as 10:00am

Deportado, pai não sabe como vai ajudar família que ficou nos EUA

Um homem que passou 30 anos vivendo na área de San Diego (Califórnia) está tentando imaginar...

Deportado, pai não sabe como vai ajudar família que ficou nos EUA Cazares com a sua família.

Um homem que passou 30 anos vivendo na área de San Diego (Califórnia) está tentando imaginar como vai ajudar sua família, incluindo um filho autista, que dependia dele, depois que ele foi deportado na quinta-feira, dia 28 de setembro.

Gaston Cazares, 45 anos, não tem registros criminais, exceto o delito de ter entrado ilegalmente nos Estados Unidos. Há seis anos, ele, que trabalhava em um restaurante e mercado de frutos do mar foi preso por agentes do Immigration and Customs Enforcement (ICE) e implorou para ficar no país. Devido ao fato de seu filho ser autista, ele conseguiu converter as autoridades a permitirem que ele ficasse. Desde então era obrigado a comparecer fazer o “check-in” na imigração uma vez por ano.

Mas em janeiro, com a investida impetuosa do Presidente Donald Trump contra a imigração ilegal, e uma ordem executiva acabou com os sonhos de Cazares. Muitos imigrantes como ele foram deportados depois de fazerem o registro anual, sem a menor chance de mostrar a importância de suas permanências nos EUA para cuidar de suas famílias.

Cazares fez o seu registro em abril, quando funcionários do ICE lhe informaram que ele seria deportado. O imigrante passou seis meses tentando mudar a decisão e fazer com que as autoridades federais reconsiderassem. Mas na quinta-feira, quando ele foi ao escritório da Imigração em San Diego, foi preso e levado para Tijuana. "Eu quero uma oportunidade de ajudar minha família", disse. "Nós nunca pedimos nada. Tudo o que fiz foi trabalhar por eles”, continuou.

A porta-voz do ICE, Lauren Mack, disse que o pedido de Cazares para permanecer nos EUA foi negado por causa das atuais prioridades impostas pelo presidente à agência. "Enquanto o ICE continua a priorizar seus recursos de fiscalização para se concentrar em pessoas que representam uma ameaça à segurança nacional, à segurança pública e à segurança das fronteiras, o diretor interino da agência deixou claro que não isentará as classes ou categorias de imigrantes indocumentados”, disse. "Todos aqueles que violam as leis de imigração podem ser submetidos à prisão, detenção e, posteriormente deportados", acrescentou.

Cazares chegou aos EUA em 1989, quando ele tinha mais ou menos 17 de idade. Ele foi visitar a família no México em 1998, pouco depois do Congresso criar penalidades mais severas por violações de imigração.

Quando Cazares tentou atravessar um posto de entrada e mostrou a sua carteira de motorista da Califórnia, o funcionário determinou que Cazares havia afirmado falsamente ser um cidadão norte-americano e deportou-o. Com as novas leis, que criaram um processo chamado de remoção acelerada, o funcionário não precisou enviar o imigrante a um juiz de imigração antes de deportá-lo. Mais tarde, ele entrou no país ilegalmente.

Sua advogada, Nicole Leon, disse que a única maneira pela qual Cazares pode voltar é através de um ato no Congresso. Por enquanto, ele não sabe como vai continuar a manter a sua família que ficou nos EUA.

Fonte: Redação - Brazilian Times

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