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Publicado em 8/11/2017 as 4:00pm

Imigrantes indocumentados procuram refúgio no futebol em Baltimore

O jogador de futebol da Patterson High School tirou o moletom para revelar uma camisa azul...

Imigrantes indocumentados procuram refúgio no futebol em Baltimore Casey Thomas dirige o Futebol sem Fronteiras.

O jogador de futebol da Patterson High School tirou o moletom para revelar uma camisa azul escuro com o nome do craque Neymar, seu jogador favorito, e se juntou a seus colegas no campo.

Enquanto a caminha oferece ao jovem de 17 anos de idade uma conexão, se não a maior parte dos seus sonhos para se tornar como a super estrela brasileira, o próprio esporte oferece aos imigrantes indocumentados da Guatemala algo mais tangível: uma pausa da ansiedade deste momento em que as leis de imigração são duramente aplicadas.

“Talvez eles possam me separar da minha mãe. Isso me deixa com medo”, disse o jogador que pediu para ser identificado apenas como Duglas por causa do seu “status imigratório”.

O presidente Donald Trump pediu uma aplicação mais agressiva das leis de imigração para reduzir o número de imigrantes indocumentados no país, estimado pelo Pew Research Center em 11,3 milhões de indocumentados em 2016.

O medo da prisão ou a deportação entre imigrantes indocumentados é evidente nas comunidades de futebol da área. O esporte mais popular do mundo atrai jogadores que cresceram praticando o esporte em outros países e consideram a parte desportiva o seu patrimônio cultural.

“Observamos uma tendência de muita ansiedade ou medo", disse Casey Thomas, diretora do escritório do Soccer Without Borders (Futebol sem Fronteiras), em Baltimore.

A organização sem fins lucrativos de cunho internacional ajuda os refugiados e outros imigrantes a se adaptarem aos Estados Unidos através do esporte. O programa de Baltimore tem 350 participantes - meninos e meninas -, a maioria na faixa etária de 6 a 12 anos.

Uma vez que algumas famílias possuem membros que estão no país legalmente e outros que estão ilegalmente, Thomas disse: "um estresse grande preocupa a todos os jogadores se quando chegarem em casa encontrarão seus pais, tios ou avós”.

O programa inclui refugiados da Síria e outros países. Alguns passaram períodos prolongados em campos de reassentamento antes de entrarem nos Estados Unidos.

Devido à sua localização em uma região densamente povoada em Washington a New York e a reputação de ser acessível para imigrantes, Baltimore é um ponto de desembarque para muitas famílias que fogem de conflitos em seus países de origem ou que buscam melhores oportunidades educacionais ou de trabalho nos Estados Unidos.

As escolas de Baltimore atendem cerca de 1.700 imigrantes - estudantes nascidos fora do país que estiveram em escolas nos EUA menos de três anos. O valor representa 2,1 por cento da matrícula total, de acordo com uma análise realizada recentemente para o sistema escolar.

Mais de 1.400 estudantes de Baltimore nasceram em Honduras, El Salvador, Guatemala ou República Dominicana. Não há informações disponíveis sobre quantos são indocumentados.

O “Futebol sem Fronteiras”, que recebe financiamento de fundações locais, doadores individuais e outras fontes, organiza sessões para ouvir imigrantes da cidade e aconselhá-los sobre seus direitos. No início deste ano, Thomas disse que acompanhou um menino indocumentado de 16 anos de Honduras em um check-in com autoridades de imigração. O menino não tinha um advogado.

Muitos dos jovens que chegaram aos EUA sofreram "viagens traumáticas", de acordo com Thomas e agora estão sujeitos a bullying ou isolamento em suas escolas em Baltimore. Ela disse que o programa oferece "a oportunidade de jogar - para ter um espaço onde eles podem agir como crianças”.

Apesar do Immigrantion and Custons Enforcement (ICE) negar, alguns funcionários afirmam que não são apenas imigrantes que oferecem perigo à segurança pública os alvos das ações. De acordo com eles, todos os imigrantes indocumentados serão presos se forem encontrados pelos agentes.

Fonte: Redação - Brazilian Times

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