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Publicado em 8/11/2017 as 10:00am

SEM PRAZO DEFINIDO

Brasileiro que enfrentava deportação em NH ganha direito de ficar no país.

Um imigrante brasileiro que enfrentava deportação e argumentou que os Estados Unidos não estavam honrando um acordo de 15 anos feito com ele, conseguiu o direito de ficar no país, pelo menos por agora. A decisão foi anunciada por um Tribunal Federal de Apelações na sexta, dia 03.

O 1º Circuito de Apelações em Boston (Massachusetts) afirmou que precisa demais tempo para rever o caso de Renato Filippi, 50 anos, que mora em Nashua (New Hamsphire). A saída do brasileiro dos Estados Unidos estava prevista para segunda-feira, dia 06. O painel formado por três juízes disse que concedeu a estadia “sem tratar de questões jurisdicionais ou aos méritos da petição para a revisão do caso”.

A duração desta estadia não foi especificada pelo tribunal. “É incomum porque as pessoas tentam fazer este tipo de coisa (apelação) todos os dias e raramente conseguem”, disse Robert McDaniel, advogado do brasileiro, logo após a decisão.

Filippi explica que entrou nos Estados Unidos, através da fronteira mexicana, em 2002 com a a ajuda de contrabandistas de pessoas. Ele foi preso, mas disse que as autoridades norte-americanas o recrutaram para servir como um informante confidencial sobre as pessoas que o ajudaram a entrar no país.

Ele ressaltou que lhe foi prometido que poderia ficar nos EUA permanentemente. Agora que enfrenta a deportação, o brasileiro disse que enfrenta ameaças de morte do Brasil e teme voltar. De acordo com as informações, pessoas ligadas aos coiotes que o ajudaram e ele ajudou a denunciar é que estariam por trás destas ameaças.

Filippi possui um cartão do Social Security e uma carteira de motorista e trabalha como gerente de uma empresa de armazenamento (depósitos). Ele trouxe a sua esposa e filha do Brasil e comprou uma casa. Mas quando solicitou asilo, o Conselho de Recursos de Imigração disse que não havia estabelecido um caso e negou o pedido em 2015.

Filippi visitava regularmente, por anos, funcionários do Immigration and Customs Enforcement (ICE) como parte do requisito de "ordem de supervisão". Durante uma visita de rotina ao escritório ICE, em Manchester (NH), em 5 de setembro, Filippi recebeu o aviso de eu tinha 60 dias para deixar o país ou seria deportado.

Ele processou o governo para que o seu caso fosse ouvido. Um juiz federal em New Hampshire disse que não tinha jurisdição, então o brasileiro levou o caso ao Tribunal de Apelações.

EM TEMPO

O Brazilian Times divulgou a história do brasileiro assim que ele recebeu a informação de que teria que sair do país. Alguns leitores o atacaram pelo fato da matéria relatar que Filippi era informante do ICE. Em momento algum na notícia foi relatado que ele denunciava brasileiros para a imigração e mesmo assim, alguns internautas o julgaram como tal.

Filippi fez um acordo com o ICE para ajudar no processo contra os coiotes que o colocou dentro do país e desta forma se tornou um informante sobre este caso.

Fonte: Redação - Brazilian Times

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