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Publicado em 14/02/2018 as 8:00am

Americano diz que prisão de avós brasileiros foi último esforço para reaver a guarda dos filhos

O advogado de Carlos Otávio e Jemima Guimarães afirma que a prisão é “absurda” e que não trará a criança de volta aos EUA.

Americano diz que prisão de avós brasileiros foi último esforço para reaver a guarda dos filhos Bann e o filho Nicolas.

Um doutor do Texas, que ficou preso cinco anos a uma batalha judicial internacional pela custódia do filho, disse que a prisão dos ex-sogros pelo FBI por suposto envolvimento na remoção do garoto dos Estados Unidos foi seu último esforço para trazer a criança de volta do Brasil.

Doutor Chris Brann, de Houston, disse em uma entrevista ao “Good Morning America”, da ABC News, que os ex-sogros, Carlos Otávio Guimarães, 67, e Jemima Guimarães, 65, deveriam “realmente” serem presos. Ele acrescentou que os dois são usados pela sua ex-esposa para mantê-lo longe do filho.

Os ex-sogros foram detidos no dia 7, no aeroporto internacional de Miami (Flórida) e estão sob custódia federal por acusações de sequestro e conspiração parental internacional.

“Não há dúvidas de que eles devem estar envolvidos nisso”, disse Brann sobre a prisão dos pais de sua es-esposa, Marcelle Guimarães. “Vocês temque entender que eu não tomei esta decisão. Certamente não é algo que eu queria fazer, mas senti que não tinha outras opções”.

Rick Flowers, um advogado de Houston que representa Carlos e Jemima Guimarães, em um caso movido contra eles por Bann, disse que a prisão do casal é “absurda” e afirmou que “o direito internacional dá ao Brasil o poder de decidir onde a criança deve morar”.

"Foi chocante", disse ele, acrescentando que a prisão foi claramente planejada por Brann para "aproveitar" uma resolução no caso da custódia da criança.
Ele afirma que seus clientes não têm nada a ver com o fato da criança ser mantida no Brasil. O advogado ainda não fez um apelo da prisão.

Entenda o caso

Em julho de 2013, Brann, que compartilhava a custódia do filho com Marcelle, deu a sua ex-esposa a permissão para ela levar a criança para o Brasil, onde ela prestigiaria um casamento familiar.

De acordo com a denúncia criminal, que incluiu as descobertas do agente do FBI Christopher Petrowski, a brasileira levou Nicolas para o Brasil no dia 2 de julho e deveria retornar até 20 de julho de 2013.

Mas a mãe não trouxe mais a criança para os Estados Unidos.

Em sua declaração voluntária feita sob juramento e por escrito, o agente Petrowski disse acreditar que Marcelle Guimarães e seus pais haviam removido Nicolas dos Estados Unidos "com a intenção de obstruir o exercício legal dos direitos dos pais" e "conspirou para cometer qualquer ofensa contra os Estados Unidos ou para defraudar as leis do país".

O agente do FBI disse que sua investigação determinou que Marcelle havia premeditado o suposto “sequestro”. Ela matriculou a criança na escola de sua mãe no Brasil, em abril de 2013, para cursar o ano letivo 2013-2014, de acordo com Petrowski, e foi ganhou um emprego na mesma escola no mês seguinte.

Enquanto isso, Petrowski disse que Carlos Guimarães inventou desculpas por que sua filha não havia retornado aos Estados Unidos, dizendo a Brann que ela estava doente ou aguardava testes médicos. O ex-sogro também enviou a pai da criança um e-mail dizendo que o menino voltaria para casa em 4 de agosto de 2013, no mesmo dia em que o advogado de Marcelle informou a Brann, que ela e a criança estavam trabalhando para “estabelecer residência permanente no Brasil”.

Brann logo soube que pouco depois que ela chegou ao Brasil, recebeu a custódia exclusiva de Nicolas dada por um juiz brasileiro, sem sequer ter avisado o pai sobre a audiência, de acordo com a declaração do agente Petrowski.

Desde então iniciou-se uma dura batalha judicial pela guarda do filho, que já dura cinco anos. “Nomeu trabalho, eu tento animar os meus pacientes, mas no fundo estou sofrendo muito”, disse.

A última vez que ele viu o filho foi há duas semanas, quando foi ao Brasil em uma das mais de 20 viagens que fez. “Como em todas as ocasiões, o meu encontro comeu filho acontecia de acordo com os critérios da minha ex-esposa”, disse. “Os encontros aconteciam sempre na presença de guardas armados”.

Brann descreveu a sua casa em Houston como "um mausoléu do seu filho". "Você sabe, tudo aqui me lembra dele, mas fiquei nesta casa com a esperança de que, quando voltar, ele terá algo que vai lembrar, que irá desencadear a resposta emocional do que era quando estava aqui", disse.

Fonte: Redação - Brazilian Times

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