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Publicado em 16/05/2018 as 4:00pm

CNN denuncia que Patrulha não registra todas as mortes na fronteira

De sua pequena cidade montanhosa nos Andes Equatorianos, Darwin Cabrera fez a longa e perigosa...

CNN denuncia que Patrulha não registra todas as mortes na fronteira Muitas mortes não foram registrados nos relatórios dos agentes da Patrulha de Froteira.

De sua pequena cidade montanhosa nos Andes Equatorianos, Darwin Cabrera fez a longa e perigosa viagem pela América Central e México e finalmente cruzou o Rio Grande, nos Estados Unidos.

Mas em 3 de junho de 2014, pouco depois de cruzar ilegalmente para El Paso, no Texas, agentes da Patrulha da Fronteira o localizaram com outros imigrantes na Sixth Street. Enquanto eles o caçavam, o garoto de 18 anos mergulhou em um dos canais do rio no lado estadunidense e não mais voltou.

Dois dias depois, agentes da Patrulha da Fronteira em um helicóptero avistaram seu corpo, flutuando de bruços. Policiais de El Paso o retiraram do rio. O médico legista local registrou os detalhes da morte.

Mas, embora os agentes da Patrulha da Fronteira o tenham visto o corpo ser retirado da água, a morte não foi contava. O registro oficial da agência de mortes na fronteira no setor de El Paso naquele ano foi zero.

Depois que a CNN contatou as autoridades do setor com uma cópia do relatório do legista médico de El Paso, eles reconheceram o erro e disseram que acrescentariam a morte em seus registros.

Por 20 anos, como parte de sua missão, a Patrulha de Fronteira foi encarregada de rastrear e tentar evitar mortes nas imediações da das fronteiras. Mas uma investigação da CNN descobriu que a agência tem sido, na melhor das hipóteses, aleatória sobre este trabalho e o registro de mortes. Apesar de dizer ao Congresso e ao General Accounting Office que forneceria uma contabilidade abrangente das mortes de imigrantes, ela não conseguiu fazê-lo.

A agência excluiu as mortes relatadas por outros órgãos policiais, ao mesmo tempo em que alegou incluí-las, e até mesmo negligenciou a contagem de algumas mortes diretamente testemunhadas pelos agentes da Patrulha de Fronteira.

Ao longo dos 16 anos fiscais findos em setembro passado, a CNN identificou pelo menos 564 mortes de pessoas que atravessam ilegalmente na região de fronteira, acima do número de 5.984 divulgado pela Patrulha de Fronteira.

Esses óbitos não contados foram identificados através de uma revisão de registros e bancos de dados federais, estaduais e locais, e entrevistas com médicos-legistas, patologistas, xerifes e juízes da paz ao longo da fronteira. Não é de forma alguma uma contagem completa, e há fortes indícios de que o número real poderia ser de milhares.

Mais da metade das mortes não identificadas pela CNN ocorreram nos últimos quatro anos. Esses números espelham uma investigação recente da Arizona Republic, um material sobre condições de fronteira que ganhou o Prêmio Pulitzer de 2018 na categoria de reportagens explicativas. Essa história documentou uma significativa contagem de mortes de migrantes entre 2012 e 2016.

Fonte: Redação - Brazilian Times

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