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Publicado em 20/06/2018 as 6:00pm

"Estou com muita saudade", diz brasileira de 8 anos separada da mãe nos EUA

"Estou com muita saudade", diz a menina ao telefone, entre soluços, para o desespero da mãe, a...

Política de separação das famílias está chocando o mundo.

"Estou com muita saudade", diz a menina ao telefone, entre soluços, para o desespero da mãe, a mineira Paula (nome fictício), que não aguenta e chora também. O diálogo é o retrato da política anti-migração do governo de Donald Trump, que tem sofrido duras críticas, inclusive da ONU, por, ente outras medidas, permitir a separação das crianças e dos pais detidos por entrar no país ilegalmente.

Entre 5 de maio e 9 de junho, 2.342 crianças e adolescentes foram separados das famílias. Foi o que aconteceu com Paula e a filha, de 8 anos, presas três semanas atrás porque estavam ilegalmente nos Estados Unidos. Elas cruzaram a fronteira do México em 1º de maio e, depois, se apresentaram voluntariamente às autoridades de migração. A mãe foi detida e ficou presa no Texas por cinco dias, enquanto a criança foi enviada a um abrigo em Chicago, no estado de Illinois, onde permanecia até esta terça-feira (19/6), quando Paula falou com o Correio Braziliense.

Desde então, a brasileira só conseguiu falar com a filha por duas vezes ao telefone. O Correio teve acesso a parte da última conversa, que aconteceu no domingo (17/6). A criança chora ao telefone, pede que a mãe entre em contato com uma assistente social para que sua liberação ocorra, conta como é sua vida no abrigo e diz que sente muitas saudades.

Segundo disseram a Paula, ela precisa, agora, por meio de documentos e entrevistas com assistentes sociais, comprovar que é apta a cuidar da filha. "É a coisa mais absurda. Criei ela por oito anos e, agora, tenho de provar se posso cuidar dela", diz. "Até lá, não tenho autorização para viajar a Chicago e ver minha filha", desespera-se.

A brasileira acredita que não será deportada, ao menos não imediatamente. Segundo ouviu de autoridades americanas, quando provar que pode cuidar da filha e elas estiverem juntas novamente, será aberto um processo migratório, que deve durar alguns meses. Assim, tem esperanças de morar na América. "Está nas mãos do Senhor."

Fonte: Redação - Brazilian Times

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