Estudo revela que perseguição pais imigrantes afeta crescimento das crianças

Um estudo realizado no Valley (Texas) descobriu que a ameaça de deportação afeta a saúde de uma criança.

À medida que o cenário político continua a mudar, as famílias com status misto (nem todos na família são cidadãos americanos), convivem com o medo em seu cotidiano.

“Toda vez que saio, nunca fico tranquila porque estou sempre preocupada com o que vai acontecer”, disse uma mulher de origem latina, que não quer ser identificada por sua proteção. “Eu nunca sei se vou estar em casa quando meus filhos voltarem da escola".

A mulher disse que as leis de imigração, como o Senate Bill 4, que incluem a polícia local trabalhando em parceria com funcionários de imigração, afetam não apenas ela, mas também seus filhos.

"Estou com um pouco de medo e triste porque não consigo me imaginar sem minha mãe", disse a filha da mulher.

A família participou de um estudo realizado pela Human Impact Partners (HIP) - em parceria com a La Union Del Pueblo Entero (LUPE).

A partir deste estudo, eles descobriram que uma em cada cinco crianças no Valley estão experimentando sintomas de Transtorno de Estresse Pós-Traumático.

"O que nos chocou com essa descoberta foi que isso não era específico para crianças que tinham pais sem documentos", disse Anna Tellez, diretora de comunicações do HIP. "Também afetaram pais protegidos por algum programa e pais que são cidadãos e, portanto, as práticas anti-imigração estão tendo um efeito não apenas nas crianças que têm pais sem documentos, mas em todas as crianças do Valley".

Isso traz a preocupação pois coloca em risco a saúde das crianças. "Para as crianças, o que isso significa é que realmente afeta o seu desenvolvimento", explicou Tellez. "Isso afeta sua capacidade de se concentrar na escola e pode ter impactos de longo prazo para aumentar o risco de doenças crônicas".

Com os resultados, o LUPE planeja chamar a atenção da polícia local.

Fonte: Redação - Brazilian Times