Liberado recentemente pelo ICE em NY, entregador de pizza é preso por agredir a esposa

O entregador de pizza e imigrante indocumentado, que quase foi deportado após sua detenção por agentes do Departamento de Imigração e Fiscalização Aduaneira (ICE, sigla em inglês) em uma base do Exército do Brooklyn, New York, foi novamente preso por um suposto incidente de violência doméstica.

Pablo Villavicencio teria brigado com sua esposa, em sua casa em Hempstead, na quinta-feira (18), empurrando-a contra uma parede, batendo em seu corpo e tirando o telefone para que ela não chamasse a polícia, de acordo com uma queixa criminal.

Mais tarde, a polícia encontrou o telefone no bolso do calção de Villavicencio, disse um polícia que fez o relatório.

Ele foi processado no tribunal, sábado (20) por agressão e lesão corporal em quarto grau e teve uma fiança estipulada no valor de US$ 500.

Na segunda-feira (22) ele ainda estava sendo mantido sob custódia em um centro de detenção do condado de Nassau. O advogado de Villavicencio insistiu que ele não cometeu nenhum crime. "Eu fiz um pouco de investigação, ficou bastante claro que ele não cometeu um crime", disse o advogado de defesa criminal, Bruce Barket, que afirmou ter saído chamado pela Sociedade de Assistência Jurídica para "ajudar" no caso.

O entregador equatoriano, que é casado com uma cidadã norte-americana, foi manchete quando foi parado por agentes de imigração na base do Exército de Fort Hamilton, em junho, sendo então preso em virtude de uma ordem de deportação datada de 2010.

Um juiz o libertou quase dois meses depois e interrompeu sua deportação para que ele pudesse tentar lutar contra a ordem de remoção e buscar residência legal no país - dizendo na época que ele era um "cidadão modelo".

Uma porta-voz do ICE disse, na segunda-feira, que isso significa que os federais não podem colocá-lo sob custódia de imigração novamente até que todas as suas petições sejam julgadas, mesmo após essa nova detenção. "Não podemos tocá-lo porque ele tem essa petição. Ele não vai entrar sob custódia do ICE mesmo tendo com esta prisão”, disse.

A Sociedade de Assistência Jurídica, que representou Villavicencio em sua luta de imigração, disse que o pai de dois estava lidando com "trauma" que sofreu com a primeira prisão, feita pelo ICE. "Os últimos meses, incluindo a detenção e ameaças de deportação, foram traumáticos para a família Villavicencio", disse o porta-voz Redmond Haskins em um comunicado.

"Estamos esperançosos de que este assunto será resolvido e que ele garantirá um status válido com a assistência contínua de nosso advogado"

Fonte: Redação - Brazilian Times