Chegou o Classificado do Brazilian Times. Divulgue ou busque produtos e serviços agora mesmo!

Acessar os Classificados

Publicado em 14/11/2018 as 10:10am

Mulher “inocenta” brasileiro acusado de assassinato e deportado dos EUA

Segurança Luciano Carvalho Couto foi morto em dezembro de 2015, em Goiânia. Defesa de Varley Ramos da Costa nega que ele tenha ordenado o crime,

Mulher “inocenta” brasileiro acusado de assassinato e deportado dos EUA Mulher diz que pedreiro deportado é inocente.

A empresária Sueli Gomes, de 48 anos, disse em audiência nesta segunda-feira (12), que o marido, Varley Ramos Costa, de 53, é inocente da acusação de matar o segurança Luciano Couto, com quem teve um namoro durante dois anos, quando estava separada. Segundo a denúncia do Ministério Público, familiares da vítima relataram que a Luciano Couto recebia ameaças de Varley. Porém a mulher nega, pois diz que o marido nunca soube do relacionamento dos dois. "Ele não sabia de nada", disse.

O denunciado foi deportado dos Estados Unidos, onde morava, em outubro deste ano. Ele estava preso desde maio de 2017 por estar em situação irregular no país. Ele voltou para Goiânia no dia 23 e está preso desde então.

“Ele é inocente, eu tenho certeza. Me dói muito ver ele nessa situação. Eu não o traí, a gente estava separado na época, mas eu sempre escondi dele, dos meus filhos, da minha família esse namoro. Como ele ia ameaçar alguém que ele não sabia quem era e de algo que ele também não tinha conhecimento”, disse Sueli.

Os dois estão casados desde 1986. Em 2002, o relacionamento entre os dois estava em crise e eles se separaram, mas não legalmente. Nessa data, Varley se mudou para os Estados Unidos, onde passou a viver ilegalmente. Sueli continuou no Brasil com os dois filhos do casal e começou a se relacionar com Luciano.

Em dezembro de 2004, Sueli foi para os EUA, onde também passou a residir de maneira ilegal. Ela conta que já tinha terminado o relacionamento com Luciano e, alguns meses depois, reatou o casamento com Varley.

Luciano foi morto em dezembro de 2015, quando o casal estava nos EUA. Sueli e Varley foram presos em maio de 2017 por estarem ilegais. Quando passaram por audiência na Justiça norte-americana em 2018, foram informados que havia um mandado de prisão contra Varley. Os dois foram deportados em outubro.

Durante a audiência, Sueli disse que, ao contrário do que a família da vítima disse à polícia, não mantinha contato com Luciano enquanto estava nos Estados Unidos. “Não sei quem matou o Luciano, mas ele jogava muito apostado, discutia direto, ficava agressivo”, disse.

A defesa do casal disse que vai provar a inocência de Varley durante o processo. “Não há prova alguma e nem indícios de que contratou ou pagou alguém para cometer esse crime. Não tem registro telefônico, prova de transação bancária, nada”, disse o advogado Mário Rocha.

Além de Sueli, apenas outra testemunha foi ouvida. Jucilene Soares, tia da vítima, disse que tinha conhecimento das ameaças sofridas pelo sobrinho apenas por meio de outras pessoas. Além disso, ela disse que o pai de Luciano, que também foi baleado no braço durante o crime, morreu e a mãe está com processo de demência, não se lembrando do caso.

O Ministério Público insistiu em tentar ouvir uma testemunha do caso que não compareceu a audiência. “Ele é quem diz que conhecia o autor do crime, conhecia a vítima e falou que o crime foi cometido a mando do Varley. Então ainda vamos tentar localiza-lo”, disse o promotor Aguinaldo Bezerra.

Com isso, Varley não foi ouvido nesta segunda-feira. “Mesmo assim, a audiência foi muito positiva, pois ouvimos a Sueli, que é peça chave nessa situação e esclareceu muito detalhes. Ainda vamos esperar a manifestação do Ministério Público para definir a data da nova audiência”, disse o juiz Jesseir Coelho de Alcântara.

CRIME

O crime aconteceu no dia 15 de dezembro de 2005, no Setor Capuava, em Goiânia. Luciano estava em casa quando dois homens chegaram em uma moto. Um deles desceu, pediu para falar com o segurança e, quando ele saiu, foi baleado e morreu.

Segundo a denúncia do Ministério Público, Sueli ligou para a família da vítima e disse que o mandante do crime seria Varley. Porém, ela negou esse contato.

Ainda de acordo com o documento, o crime aconteceu porque o pedreiro não aceitava o relacionamento de sua mulher, Sueli Gomes, com a vítima.

Fonte: Redação - Brazilian Times

Top News