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Publicado em 12/12/2018 as 6:00pm

CRUEL E DESUMANA

Proposta anti-imigrante de Trump pode acabar com MassHealth para indocumentados em Massachusetts.

CRUEL E DESUMANA Se entrar em vigor, imigrantes que usarem auxílio do governo serão barrados em processo de legalização

Mesmo em comparação com outras propostas radicais anti-imigração do presidente Donald Trump, seu plano de expandir dramaticamente a chamada “investimento público” vai além da consciência. A proposta do governo é tão arrepiante e cruel que, mesmo antes de se tornar lei, já está pressionando as pessoas a tomarem decisões que ponham em risco sua saúde e a de seus filhos.

A regra destina-se a impedir que pessoas que possam e tenham direito a benefícios públicos entrem ou estabeleçam residência legal nos Estados Unidos. Historicamente, a verificação era restrita, projetada para identificar aqueles que confiariam no governo como sua principal fonte de apoio. A análise considerava apenas o auxílio baseado em dinheiro, que apenas 3% dos indocumentados usam.

Trump quer expandir os fatores considerados como incluindo cheques de alimentação e programas de assistência habitacional, como a Seção 8 e o Medicaid, entre outros. Além disso, estabelece novos fatores que seriam contra imigrantes indocumentados: obter uma renda inferior a 125% do nível federal de pobreza, sem proficiência em inglês, com baixa pontuação de crédito ou com mais de 61 anos ou menos de 18 anos. Estas regras se aplicariam a pessoas nascidas fora dos Estados Unidos que procuram Green Card e a alguns imigrantes que solicitam vistos.

Documentos apresentados pelas autoridades de Massachusetts que coletaram informações sobre o assunto mostram o quão prejudicial é esta proposta. Mais de 500 mil imigrantes indocumentados que moram no estado seriam afetados, incluindo 20 mil em Boston. O prefeito Marty Walsh advertiu, em sua carta, que a cidade perderia cerca de US$ 500 milhões para a economia de Boston, anualmente, em atividades trabalhistas e econômicas como resultado desta política.

Monica Bharel, comissária de saúde pública do estado, disse que a matrícula no Women, Infants, and Children (WIC), um programa federal de nutrição, já perdeu duas mil pessoas em comparação a 2017. Segundo ela, o WIC não foi incluído na proposta do presidente, mas o medo levou muitos imigrantes o abandonarem.

À medida que os imigrantes perdem sua cobertura do MassHealth, espera-se um aumento significativo no atendimento não pago em todo o estado. Cerca de 264 mil membros do programa têm status de imigração ilegal, segundo Daniel Tsai, secretário-assistente do MassHealth.

A secretária de Saúde e Serviços Humanos, Marylou Sudders, disse que até mesmo o Homeland Security reconheceu em sua própria análise que a política poderia produzir efeitos negativos, incluindo piores resultados de saúde, aumento da taxa de pobreza e redução da produtividade.

Fonte: Redação - Brazilian Times

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