Campanha para comprar escadas para imigrantes pularem muro na fronteira ultrapassa US$153 mil

Em edições anteriores, o jornal Brazilian Times abordou a campanha feita pelo ex-veterano da Força Aérea dos Estados Unidos, Brian Kolfage, para arrecadar dinheiro para a construção de um muro na fronteira com o México. Mas uma ação completamente inusitada está combatendo tal iniciativa.

Criada pela ativista Charlotte Clymer e pelo usuário do Twitter @HoarseWisperer, a campanha satírica "Escadas para superar o muro de Trump"(tradução livre) foi criada em resposta a campanha de Brian.

A campanha de Charlote pede para que as pessoas doem dinheiro para a compra de escadas para ajudar imigrantes a escalarem a muro proposto por Trump. O objetivo é levantar US$100 milhões e na tarde desta quarta-feira, dia 26, ultrapassou US$153,421 mil oriundos de quase sete mil doadores.

De acordo com os criadores, a campanha "não é só sobre escadas", mas pretende ressaltar o ridículo da campanha original iniciada por Brian, que disse que o povo americano é quem vai construir o muro.

"Vimos algumas pessoas arrecadando dinheiro para um muro de fronteira para barrar nossos irmãos imigrantes e outros seres humanos, que estão fugindo da violência e da perseguição, e cujo trabalho tragicamente mal pago é essencial para a economia dos EUA”, escreveram os criadores da campanha em sua página GoFundMe. "Parece uma má ideia em inúmeros níveis para todos os envolvidos. Talvez devêssemos nos concentrar nos direitos humanos e criar uma comunidade que reflita nossos supostos valores”.

Os criadores dizem que, se não atingirem sua meta todo o dinheiro arrecadado será destinado ao Centro de Refugiados e Imigrantes para Educação e Serviços Jurídicos (ROOTS), uma organização sem fins lucrativos com sede no Texas que presta serviços jurídicos para imigrantes.

A organização também administra a Casa RAICES, que fornece moradia para imigrantes indocumentados e requerentes de asilo. Quem quiser colaborar com a campanha, o link é goo.gl/eAj2Ln.

Fonte: Redação - Brazilian Times