Mãe de 3 é presa pelo ICE durante check-in de rotina

Uma mãe de três filhos, de 48 anos, foi levada sob custódia por agentes do Departamento de Imigração e Alfândega (ICE, sigla em inglês) na terça-feira (12), depois que ela se dirigiu ao escritório da agência para o que pensava ser um check-in de rotina. Ilsa Guzman entrou ilegalmente nos Estados Unidos em 1999, cruzando a fronteira do país, pelo estado da Califórnia.

Ela voluntariamente se entregou aos agentes federais na época e solicitou asilo, o que não foi concedido. No entanto, ela tentou seguir a lei, usando um monitor de GPS no tornozelo e fazendo os check-ins de rotina.

Guzman, que mora na área de Saint Louis desde 2000, se casou com um cidadão norte-americano no ano passado, não tem antecedentes criminais e pagou impostos para cada um dos três empregos que trabalhou, de acordo com sua advogada.

"Vá atrás dos verdadeiros criminosos, deixe minha esposa em paz. Ela fez o que deveria", disse o marido Steve Miller.

Seus check-ins geralmente eram feitos com uma empresa contratada pelo ICE, mas lhe disseram para se apresentar ao escritório da agência, na terça-feira, às 9:00 am.

Guzman e sua advogada, Evita Tolu, chegaram para a consulta e os agentes disseram a Tolu que precisavam falar com Guzman. Eles a levaram para uma sala, de portas fechadas, e ela nunca mais voltou.

Quando os agentes voltaram, tinham os pertences pessoais de Guzman em uma sacola.

Ela está agora agendada para ser deportada para Honduras esta semana.

O marido de Guzman entrou com uma petição de pedindo de residência permanente (Green Card) para ela, logo após o casamento, mas o processo ainda está pendente. Tolu disse que a residência de Guzman teria sido resolvida dentro de seis meses se os eventos de terça-feira não tivessem acontecidos.

Se Guzmán for deportada antes que a petição seja aprovada, segundo Tulo, não há chance dela voltar aos Estados Unidos. A advogada preencheu toda papelada de emergência para atrasar a deportação da imigrante.

O ICE divulgou mais tarde um comunicado dizendo que seus agentes prenderam Guzman "com base em uma ordem final de remoção pendente (ordem de deportação) emitida por um juiz federal de imigração em 26 de janeiro de 2000”.

Em 21 de outubro de 2014, oficiais do ICE encontraram a imigrante em St. Louis, como fugitiva da imigração (pessoa com uma ordem final que nunca deixou os EUA) e a levaram sob custódia.

O ICE a liberou da custódia em uma ordem de supervisão baseada em razões humanitárias. Em dezembro de 2018, um juiz federal de imigração negou sua moção para reabrir seu caso. Como resultado, ela foi levada sob custódia e permanece sob custódia do ICE enquanto aguarda sua deportação para Honduras.

Fonte: Redação Braziliantimes