Brasileiro que interferiu em voo nos EUA vai ser deportado após cumprir pena

Um brasileiro foi condenado na terça-feira (26) a mais de um ano em uma prisão federal pelas acusações de intimidar uma tripulação e comissários de bordo em um voo. De acordo com a denúncia, a atitude diminuiu a capacidade da equipe em desempenhar suas funções.

Este caso foi investigado por agentes especiais com apoio de investigadores do Departamento de Segurança Interna e do Departamento de Imigração e Aduaneira dos Estados Unidos.

O caso aconteceu no dia 23 de junho de 2018, e Guilherme Alves De Melo, 34 anos, era passageiro de um voo internacional da American Airlines, com origem em Calgary, no Canadá, e destino a Chicago (Illinois).

Durante o voo, Alves se tornou perturbador e foi repetidamente informado pelos comissários de bordo que precisava se acalmar e que sua conduta era potencialmente uma violação de lei federal.

Os comissários de bordo levaram a conduta do brasileiro ao conhecimento do piloto. Cerca de uma hora antes do voo chegar em Chicago, o brasileiro novamente se tornou perturbador e assustava outros passageiros. Menos de um minuto depois, ele teria "se alterado", o que levou alguns passageiros a prendê-lo com “algemas de plástico” fornecidas pela tripulação.

O comportamento de Alves no avião incluiu as seguintes ações:

• Bater-se em si mesmo repetidamente;
• Cantar alto e bater os pés;
• Fazer estranhos gestos com as mãos para uma mulher sentada do outro lado do corredor e, por fim, sentar-se em um assento ao lado dela e colocar a mão no braço dela antes de ser redirecionada para seu assento por uma comissária de bordo e outro passageiro;
• Escrever no rosto com um marcador preto;
• Destruir vários documentos de identificação pessoal, incluindo passaporte, visto, carteira de motorista brasileira e cartão de embarque;
• Quebrar uma caneta e destruir seus fones de ouvido e óculos;
• Fingir que outros o haviam atingido e que ele estava sangrando;
• Fazer movimentos de cortar o punho;

Como resultado do comportamento de Alves, os comissários de bordo e a tripulação não puderam cumprir suas tarefas normais, e o voo foi desviado para o Aeroporto de Iowa, em Cedar Rapids, depois de ter começado a descida final para Chicago.

Após a aeronave pousar, em Cedar Rapids, o brasileiro foi retirado do avião pela polícia. No entanto, ele novamente tornou-se barulhento e inconveniente. Alves foi acusado de conduta desordeira e, em 24 de junho de 2018, se declarou culpado pela acusação em Tribunal Distrital do Condado de Linn. Em 23 de agosto de 2018, ele se declarou culpado de acusações federais de uma acusação de intimidar uma tripulação de voo e comissários de bordo e diminuir e interferir em suas capacidades de desempenhar as funções.

O brasileiro foi condenado pela juíza do Tribunal Distrital dos EUA, Linda Reade, a um período de prisão de um ano e um dia. Ele também foi condenado a pagar restituição à American Airlines no valor de US $ 4.790 pelos custos incorridos em desviar o voo.

O tribunal ordenou que Alves pagasse uma restituição de US $ 455 a dois passageiros por serviços de aconselhamento resultantes da conduta dele.

O tribunal também ordenou que Alves fosse removido dos Estados Unidos para o Brasil depois de completar sua prisão.

Fonte: Redação Braziliantimes