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Publicado em 23/04/2019 as 2:47pm

EUA querem impedir a cidadania de imigrantes que trabalham no mercado legal de cannabis

Nos Estados Unidos, os imigrantes que consomem maconha ou que trabalham na indústria da...

EUA querem impedir a cidadania de imigrantes que trabalham no mercado legal de cannabis Política adotada pelo governo americano poderá negar cidadania a imigrantes que trabalham no mercado legalizado de cannabis Foto: shutterstock

Nos Estados Unidos, os imigrantes que consomem maconha ou que trabalham na indústria da cannabis, mesmo em estados onde o mercado é legalizado, podem ter a cidadania negada. A informação foi divulgada pelo Serviço de Cidadania e Imigração dos EUA na sexta-feira, 19.Parte superior do formulário

"A violação da lei federal sobre substâncias controladas, incluindo a maconha, continua sendo uma barreira condicional ao estabelecimento do bom caráter moral (GMC, na sigla em inglês) para naturalização mesmo que essa conduta não seja uma ofensa às leis estaduais", lê-se no documento divulgado pelo governo americano.

O uso recreacional da maconha é legalizado em 10 estados americanos e descriminalizado em outros 14, mas a substância ainda é classificada como ilegal pelas leis federais.

Coincidência ou não, a orientação foi emitida um dia antes da comemoração do 20 de abril, data celebrada pelos defensores da legalização do mercado canábico. Os ativistas classificaram a regra como uma ferramenta legal que penaliza os candidatos à cidadania.

Segundo o texto divulgado, a política se aplica a pedidos de cidadania plena, que é diferente do Green Card, documento que dá a residência permanente, mas não torna a pessoa uma cidadã americana. Para obter a cidadania é necessário atender a uma lista de exigências, como o critério de "bom caráter moral", além de ter o Green Card há pelo menos cinco anos e demonstrar conhecimento da história e do governo americanos.

O salvadorenho Oswaldo Barrientos emigrou com a mãe para os EUA 29 anos atrás, quando era apenas um bebê. Ele recebeu o green card aos 13 anos e, aos 30 anos, sentiu que era hora de finalmente trocá-lo pela cidadania.

Barrientos foi surpreendido durante sua entrevista no serviço de emissão de cidadania, quando o oficial de imigração começou a fazer perguntas sobre seu trabalho em um dispensário de maconha, sem explicar as potenciais consequências de suas respostas.

Advogado de Barrientos, Bryce Downer disse à ABC News que as entrevistas de cidadania normalmente têm uma dinâmica confortável até que, em algum momento, "dá uma virada".

"No final, eles levam o solicitiante por esse caminho de admitir abertamente estar envolveu em atividades criminosas, basicamente admitindo o tráfico, a distribuição ou a fabricação de drogas, que, para fins de imigração, podem ser vistos como uma agravante criminal ou como uma violação de substância controlada", explicou Downer.

Barrientos não foi acusado de nenhum crime, mass algumas semanas depois de sua entrevista, ele recebeu uma carta negando sua cidadania. A razão, segundo a carta, era que seu trabalho no mercado canábico constitui uma falta de "bom caráter moral". Ele permanece com o Green Card.

Fonte: Redação Braziliantimes

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