Chefe do serviço de Cidadania e Imigração dos EUA renuncia ao cargo

O diretor do Serviço de Cidadania e Imigração dos Estados Unidos (USCIS, em inglês), Lee Francis Cissna, apresentou sua renúncia e deixará o posto em 1º de junho, em um momento no qual o presidente Donald Trump endureceu a política migratória. O USCIS, que conta com 240 mil funcionários, é o órgão que regula o sistema legal de migração aos EUA através da concessão de vistos, asilo e também de cidadania.

Na sexta-feira, dia 24, o jornal "The Washington Post" afirmou que Trump pensava em designar como próximo diretor do USCIS o ultraconservador Ken Cuccinelli, procurador-geral do estado de Virgínia entre 2010 e 2014. Em 2014, Cuccinelli incentivou uma onda de candidatos conservadores nas primárias republicanas para desafiar o poder do partido, o que lhe rendeu a inimizade do líder da maioria republicana do Senado, Mitch McConnell, e de outros legisladores.

Diante da possibilidade de Cuccinelli assumir a chefia do USCIS, o sindicato majoritário de trabalhadores da agência criticou Trump e o acusou de querer "destruir" a mesma. Cissna não explicou porque decidiu renunciar ao cargo e, em carta dirigida aos funcionários, limitou-se a parabeniza-los por terem estabelecido "com cuidado" as bases para "reformas legais muito necessárias que acontecerão em um futuro próximo".

O diretor do USCIS é a última vítima do expurgo dos últimos meses dentro do Departamento de Segurança Nacional, responsável pela política migratória, e que levou à renúncia da secretária de Segurança Doméstica dos EUA, Kirstjen Nielsen, a quem Trump tinha pedido maior rigidez no combate à imigração irregular. Em meados deste mês, Trump apresentou um plano de reforma do sistema legal de imigração no qual seu genro, Jared Kushner, trabalha há meses.

O plano pretende mudar o atual sistema migratório, baseado no reagrupamento familiar, para baseá-lo no mérito dos solicitantes e admitir nos EUA mais trabalhadores qualificados e menos famílias.

Fonte: Redação Braziliantimes