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Publicado em 10/06/2019 as 10:00am

Após marido ser deportado, brasileira decide voltar ao Brasil

Gernúbia usando tornozeleira. O sonho americano se concretizou na vida de milhares de...

Gernúbia usando tornozeleira.

O sonho americano se concretizou na vida de milhares de brasileiros e outros, mesmo não alcançando o objetivo, se sentem realizado por morar em um país que lhe dá oportunidades e uma condição de vida que não teria no Brasil. Mas este não foi o caso da mineira Gernúbia, que afirma que sua vida foi só sofrimento.

Em uma entrevista dada ao G1, ela destacou que sua vida no país não foi exatamente como imaginava. Ela, seu marido e três filhos deixaram o Brasil há cerca de dois anos com o objetivo de um futuro melhor para as crianças. “Mas a maior parte do tempo lá foi de sofrimento” afirma ela.

Um vídeo publicado no site G1 a mostra retornando ao Brasil após dois anos morando nos Estados Unidos. Esta volta aconteceu depois que o marido, chamado de Alemão, foi deportado há duas semanas depois de ficar preso por três meses. A família morou ilegalmente no país.

Agora, o casal vai recomeçar a vida no Brasil. Antes de se aventurar nos Estados Unidos, eles tinham casa própria e carro e uma vida estável, apesar de simples. Gernúbia conta que por vontade do marido, venderam tudo e pagaram um coiote que levou a família através da fronteira com o México.

Ela relata que desde o começou foi um sofrimento. A família foi de avião até o México, depois seguiram, por três duas, até Ciudad Juárez que fica na fronteira.

Quando chegaram à fronteira, a família se separou. Alemão atravessou primeiro e, um mês depois, Gernúbia passou. Os dois disseram aos agentes de imigração que deviam dinheiro a agiotas e que não poderiam voltar para o Brasil, o que não era verdade.

"Todo mundo que vem pra cá inventa. Na hora eles não pediram prova, a gente tinha que provar depois", disse a mineira.

Depois de entrar, eles tinham um ano para conseguir um advogado e dar prosseguimento à solicitação de asilo no país, mas não continuaram com o processo. Para conseguir a proteção, é preciso ter sofrido perseguição por pertencer a uma raça, religião, nacionalidade, grupo social ou ter uma opinião política específica, segundo a imigração americana.

O casal foi morar em Newark (New Jersey) e logo que chegaram, ela e o marido precisaram usar tornozeleiras eletrônicas por três meses e receber visitas de agentes de imigração, em casa, todas as segundas-feiras.

Eles não podiam sair de casa na segunda-feira por nenhum movito. A tornozeleira, quando descarregava, apitava, e uma voz falava 'bateria baixa, bateria baixa.' Todo mundo olhava para eles.

Mesmo assim, a família criou uma rotina: as crianças foram matriculadas na escola e Alemão conseguiu um emprego, como operador de escavadeira, que lhe dava uma renda mensal de US$ 7,5 mil (cerca de R$ 29 mil), segundo ela relatou ao site.

Eles não informaram como as crianças entraram no país.

Fonte: Redação Braziliantimes

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